Aluguel cai em cinco capitais e média nacional desacelera em julho. Moura Dubeux registra lucro recorde de R$ 120 milhões no segundo trimestre. Compactos impulsionam mercado imobiliário do Rio com crescimento de 194%.
Aluguel cai em 5 capitais e média nacional desacelera em julho
O preço do aluguel caiu em cinco capitais em julho, segundo o Índice FipeZAP divulgado nesta quinta-feira (14). As quedas ocorreram em Manaus (-2,49%), Aracaju (-0,92%), Fortaleza (-0,32%), Rio de Janeiro (-0,12%) e Campo Grande (-0,02%), contrastando com a alta nacional de 0,45%.
O avanço mensal desacelerou em relação a abril (1,15%), maio (0,59%) e junho (0,51%), mas superou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 0,26%, e o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que recuou 0,77%. O FipeZAP monitora 36 cidades, incluindo 22 capitais.
Na contramão, 26 cidades registraram alta, sendo 17 capitais. Teresina, no Piauí, liderou os aumentos (+3,16%), seguida por Recife, em Pernambuco (+1,78%) e Goiânia, em Goiás (+1,51%). Imóveis de três dormitórios tiveram maior alta (+0,59%) ante unidades de um dormitório (+0,26%).
O preço médio nacional ficou em R$ 49,46/m² no mês passado. Por tipologia, imóveis com 1 dormitório custaram R$ 66,65/m², enquanto unidades com 3 dormitórios saíram por R$ 42,22/m².
Entre as capitais, São Paulo lidera com R$ 61,63/m², seguida por Recife (R$ 59,83/m²) e Belém (R$ 59,40/m²). No ranking geral, Barueri(SP) ocupa o topo com R$ 69,25/m², enquanto Pelotas (RS) tem o menor valor – R$ 20,93/m².
Fonte: Valor Investe
Moura Dubeux registra lucro recorde de R$ 120 milhões no 2º trimestre
A construtora Moura Dubeux reportou lucro líquido recorde de R$ 120 milhões no segundo trimestre, superando em 60,6% o mesmo período de 2023 e batendo a expectativa de mercado de R$ 106 milhões.
Para o CEO (Chief Executive Officer) Diego Villar, as ações da incorporadora, que subiram 119% no ano, ainda estão “de graça”. “Na época do nosso IPO (Initial Public Offering), o múltiplo de lucro de consenso no mercado girava em torno de 15x. A Moura Dubeux hoje faz um múltiplo de 7x”, disse ao portal Metro Quadrado.
Os lançamentos quase triplicaram na base anual, somando R$ 1,8 bilhão de VGV (Valor Geral de Vendas) no trimestre. Já as vendas saltaram 142,5% e ultrapassaram R$ 1 bilhão.
A companhia planeja lançar R$ 4 bilhões anuais: metade da operação core (alto e altíssimo padrão) e 50% de produtos para classe média e segmento econômico.
A marca Única, criada para a Faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV ), voltado a famílias com renda de R$ 4,7 mil a R$ 8,6 mil, deve somar R$ 200 milhões em VGV este ano. “Ano que vem pretendemos dar um salto para próximo dos R$ 600 milhões”, afirmou Villar.
A margem bruta da empresa caiu 3,4 pontos percentuais para 33,3%, abaixo do consenso de 35,3%, resultado da aquisição de um terreno, destinado ao modelo de condomínio fechado, pago em dinheiro, o que impactou a margem, por causa dos fees – taxas ou honorários por serviços prestados – incluídos no negócio, como taxa de administração.
A construtora encerrou o trimestre com 53 terrenos totalizando R$ 9,5 bilhões em VGV bruto potencial.
Fonte: Metro Quadrado
Compactos impulsionam mercado imobiliário do Rio com crescimento de 194 por cento
O mercado imobiliário carioca registrou crescimento de 4% nos lançamentos no primeiro quadrimestre, puxado pelos apartamentos compactos, chamados estúdios, e pelo segmento de luxo. Os lançamentos das unidades com pouca metragem dispararam 194%, com alta de 98% no VGV (Valor Geral de Vendas), segundo pesquisa da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
“O avanço nestes dois nichos mostra um setor dinâmico e atento às transformações demográficas”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc. A aprovação do novo Plano Diretor do Rio em 2023 trouxe maior previsibilidade para novos empreendimentos.
Na Barra da Tijuca, o Niemeyer 360º, da Capital 1, exemplifica a tendência. Com 448 apartamentos e entrega prevista para dezembro, já terá direito de aluguel por temporada na convenção. “Quase 80% dos compradores são investidores e 68% optaram pelo estúdio”, diz Antônio Carlos Osorio, sócio da Capital 1.
Outra empresa do segmento, a Calper, lançou o Arte Wave Surf Residences na Barra Olímpica, primeiro condomínio com piscina de surf indoor do Rio. Das 1.551 unidades, 85% foram vendidas em quatro meses. “Temos demanda latente de 25 mil imóveis compactos no Rio”, explica Niceli Maini, diretora da Calper.
Já a Start Investimentos aposta no Sky Barra, com 104 unidades voltadas para locação de curta temporada. “Cerca de 20% foram vendidos para estrangeiros, a maioria portugueses”, afirma Eric Labes, CEO da empresa.
Fonte: O Dia
Incorporadora gaúcha é acusada de desviar recursos de investidores e compradores
Um empreendimento em Porto Alegre (RS) está no centro de uma disputa que ameaça o mercado imobiliário local. Milhares de investidores e compradores acusam a Infinita Incorporadora de desviar recursos destinados ao edifício Life.co, no bairro Jardim do Salso.
A empresa captou recursos via fundos imobiliários geridos pela HabitaSec, securitizadora com mais de 250 operações em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Os valores das vendas deveriam ser depositados em conta centralizadora para reembolso dos investidores, mas foram desviados.
“A Infinita pegou o dinheiro dos investidores e dos compradores dos apartamentos e colocou no bolso. E tem feito de tudo para não devolver os valores, lesando pessoas de todo o país que colocaram seu dinheiro nisso, seja para investir em um fundo imobiliário, seja para ter seu próprio imóvel”, afirma Tiago Munoz, advogado da HabitaSec.
A securitizadora tenta recuperar os recursos via leilão extrajudicial dos apartamentos, argumentando que a empresa não pretende prejudicar os compradores dos imóveis do Life.co. “Estamos seguindo o que diz a lei para recuperar os valores que nos são devidos. Os investidores e os compradores são vítimas dos atos da Infinita e queremos somar forças para assegurar os direitos legais e contratuais de todos os afetados”, enfatiza Tiago.
Um leilão, marcado para janeiro e depois alterado para 8 de agosto, foi suspenso por decisão judicial. Os envolvidos aguardam julgamento da 17ª Câmara Cível do TJRS. O caso envolve também os projetos Infinita Parque e Town.co.
Compradores que quitaram suas unidades usando uma conta centralizadora não terão unidades leiloadas. “É uma situação que traz enorme insegurança jurídica, que pode encarecer ou afastar investimentos no Estado”, argumenta Munoz sobre os riscos ao mercado gaúcho.
Fonte: Terra