Diante do avanço do crédito, investidores apostam em imóveis de luxo. FGTS Futuro deve ser aprovado em março para facilitar compra da casa própria. Retiradas da poupança pressionam mercado imobiliário voltado para classe média.
- Diante do avanço do crédito, investidores apostam em imóveis de luxo
- FGTS Futuro deve ser aprovado em março para facilitar compra da casa própria
- Retiradas da poupança pressionam mercado imobiliário voltado para classe média
- Estrondo e tremor: moradores de prédio no litoral paulista são retirados às pressas
- Saiba quais são as cidades onde o aluguel está mais barato
Diante do avanço do crédito, investidores apostam em imóveis de luxo
O crédito imobiliário para propriedades de alto padrão está em alta. Para 2024 a previsão é que a demanda permanecerá forte, impulsionada pela preferência dos compradores por financiamento em vez de pagamento à vista. Especialistas como Roberto Sampaio, da Unitas Real Estate Investment Advisors, destacam que as taxas de juros no setor são mais atrativas em comparação com a Selic, incentivando investidores a financiar a compra de imóveis.
A projeção da taxa básica de juros para 2024 é de cerca de 9%, mas as taxas de financiamento não devem diminuir a curto e médio prazos, na avaliação de Sandro Gamba, da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Por outro lado, espera-se um novo recorde no volume total de empréstimos imobiliários, com estimativa de cerca de R$259 bilhões em 2024, representando um aumento de 3% em relação ao ano anterior.
Além disso, o mercado de capitais tem desempenhado um papel significativo no financiamento imobiliário, com um aumento surpreendente na captação de recursos por meio de instrumentos como letras de crédito imobiliário (LCI), certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e fundos de investimento imobiliário (FIIs). Ainda de acordo com analistas do mercado, a redução da Selic também impulsiona o interesse dos investidores em FIIs, especialmente no segmento residencial de alto padrão, incluindo novos modelos de locação, como contratos de curta duração para apartamentos mobiliados.
Fonte: Valor Econômico
FGTS Futuro deve ser aprovado em março para facilitar compra da casa própria
O FGTS Futuro, proposta implementada pelo governo brasileiro, pretende facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda, inicialmente focando nos beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. A medida permitirá que trabalhadores com carteira assinada comprometam parte do depósito mensal do FGTS, de 8% do salário, para complementar a renda na obtenção do financiamento habitacional. Assim, trabalhadores poderão optar por unidades de maior valor, pagando prestações menores.
A nova modalidade está em processo de regulamentação pelo Conselho Curador do FGTS e deve ocorrer sem polêmicas na próxima reunião do Conselho em março. Se aprovado, famílias que ganham até R$2.640 mensais poderão complementar o pagamento de prestações habitacionais com o valor que o empregador ainda vai depositar na sua conta vinculada do FGTS, demonstrando capacidade de pagamento para conseguir um financiamento.
A expectativa é que o uso do FGTS Futuro ajude a diminuir o déficit habitacional e melhore a vida para milhares de famílias em todo o país. Fontes consultadas pelo jornal Valor Econômico, e que participam da elaboração da resolução, afirmam que a mudança fará com que uma família possa comprometer até 30% de sua renda com o financiamento do imóvel no FGTS futuro. Hoje essa porcentagem está em 25%.
Fonte: O Globo e Valor Econômico
Retiradas da poupança pressionam mercado imobiliário voltado para classe média
A saída contínua de recursos da caderneta de poupança está impactando diretamente o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), tradicional fonte de recursos para financiamentos imobiliários.
Em janeiro, os saques superaram os depósitos em R$20,1 bilhões, após três anos consecutivos de saques (a aplicação perdeu R$87,8 bilhões em 2023 e R$103,2 bilhões em 2022). Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos da poupança ao SBPE, que cobrem até 80% de imóveis de até R$1,5 milhão, com juros limitados a 12% ao ano.
Apesar do baixo risco de inadimplência, esse sistema tem sofrido perda de atratividade como investimento e, como consequência, o mercado imobiliário enfrentou uma redução estimada de lançamentos (pelo SBPE), entre 20% e 30% no ano passado.
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a previsão para 2024 ainda é incerta, mas há uma possível recuperação no segundo semestre se o volume de lançamentos permanecer estável. Já a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) prevê crescimento de 3% no crédito imobiliário em 2024, impulsionado pelo FGTS.
Com a diminuição da relevância do SBPE, mutuários de classe média têm duas alternativas: os financiamentos com o FGTS, que também financia imóveis de até R$ 1,5 milhão, mas com exigências adicionais e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que obedece às taxas e condições de mercado e permite financiamento acima de R$ 1,5 milhão.
No entanto, o SFI geralmente tem juros mais altos. A mudança na composição dos fundos para financiamento imobiliário, com um crescimento dos títulos privados, pode resultar em um aumento no custo do crédito para a compra de imóveis não abrangidos pelo SBPE.
Fonte: Exame
Estrondo e tremor: moradores de prédio no litoral paulista são retirados às pressas
Um prédio residencial com 133 apartamentos em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, foi evacuado neste fim de semana, devido a um colapso estrutural em três colunas no subsolo, identificado pela Defesa Civil.
Vizinhos gravaram imagens de uma poeira saindo do prédio e os moradores em pânico sendo retirados às pressas. Equipes colocaram estacas de ferro na garagem para sustentação emergencial.
Moradores relataram sons similares a explosões, causados por uma cisalhamento – termo da engenharia para deformação de pilares – que danificou o concreto próximo às ferragens.
Segundo o corpo de bombeiros, o edifício não corre risco imediato de desabar, mas apenas um laudo após investigações mais aprofundadas poderá determinar a causa do incidente.
Fontes: G1 e CNN
Saiba quais são as cidades onde o aluguel está mais barato
Apesar da escalada dos valores de aluguel residencial por todo país em 2023, principalmente nas capitais, é possível encontrar cidades onde os valores estão abaixo da média geral, como Niterói (R$26,81 por m²), no Rio de Janeiro, Salvador (R$33,10), na Bahia, e Guarulhos (R$33,52) na Grande São Paulo.
O aluguel para novos contratos residenciais no final de 2023 sofreu um aumento de 17,24%, marcando o maior avanço anual desde 2008, segundo o Índice FipeZAP.
Mesmo nas cidades com menor acréscimo, como Goiânia (37,28%) e Florianópolis (27,68%), os valores surpreendem. Por outro lado, Pelotas (RS) se destaca como a cidade mais acessível, com R$17,59 por metro quadrado, seguida pelas cidades paulista de São José do Rio Preto (R$21,83) e Ribeirão Preto (R$23,82).
Entre as 10 cidades com aluguel mais barato do Brasil em 2024 ainda estão Fortaleza no Ceará (R$ 28,36), Joinville em Santa Catarina (R$ 28,39), São Bernardo do Campo em São Paulo (R$ 29,76) e Porto Alegre no Rio Grande do Sul (R$ 31,67).