Governo federal fará compra assistida de imóveis usados para desabrigados do RS. Índice Preço Real EXAME-Loft mostra Água Rasa, na zona Leste de São Paulo, como bairro com a maior diferença entre preço anunciado e vendido. Em Florianópolis, mercado de imóveis de luxo mais que dobra em 12 meses.
- Governo federal fará compra assistida de imóveis usados para desabrigados do RS e bancos pausam financiamentos
- Água Rasa, na zona Leste de São Paulo, tem maior diferença entre preço anunciado e vendido
- Em Florianópolis, mercado de imóveis de luxo mais que dobra em 12 meses
- Desaceleração da Selic: mercado imobiliário não deve ser afetado, mas especialistas sinalizam cautela
Governo federal fará compra assistida de imóveis usados para desabrigados do RS e bancos pausam financiamentos
As fortes chuvas que devastaram cidades no Rio Grande do Sul, com milhares de desabrigados e prejuízos incalculáveis, movimentam governos e instituições, principalmente em relação à moradia. Enquanto o governo federal anuncia compra “assistida” de imóveis usados, instituições financeiras começam a congelar as parcelas de financiamentos imobiliários para as famílias gaúchas que perderam suas casas.
Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o auxílio para compra de um imóvel usado será limitado ao teto das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida. “As pessoas podem elas mesmas procurar [por uma casa] para a gente atender essa demanda imediata. As pessoas que quiserem vender suas casas também podem procurar a Caixa porque vamos repassar às famílias”, disse Costa, acrescentando que, se necessário, o governo lançará um novo chamamento ao mercado imobiliário e estudará a possibilidade de reformar prédios comerciais para transformá-los em residenciais.
Além disso, o ministro anunciou a suspensão por seis meses do pagamento de parcelas do Minha Casa, Minha Vida nas cidades afetadas, a quitação de 600 casas que estavam para leilão e a identificação de 14 mil imóveis em construção na região.
A compra de usados também é defendida pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). Em entrevista à Folha de S.Paulo, Melo disse que a questão habitacional na capital gaúcha é um enorme desafio, já que não há imóveis suficientes neste momento para abrigar cerca de 15 mil pessoas, (número que pode chegar a 30 mil pessoas).
Segundo o prefeito, Porto Alegre também não tem imóveis populares prontos para atender essa demanda, portanto o governo deve tentar comprar o “maior número de imóveis já prontos, em vez de construir”.
Do lado da iniciativa privada, ao menos cinco bancos oferecem a possibilidade de pausar o pagamento das parcelas do financiamento imobiliário para os clientes afetados. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander e Banrisul suspendem as prestações por períodos que variam de dois a seis meses, dependendo do banco. As parcelas serão incorporadas ao saldo devedor ou diluídas nas prestações seguintes, sem alteração no prazo total do contrato.
Fontes: Valor Econômico, Zero Hora e Folha de S.Paulo
Água Rasa, na zona Leste de São Paulo, tem maior diferença entre preço anunciado e vendido
Em maio, o Índice Preço Real EXAME-Loft (IPR) médio para a cidade de São Paulo foi de 18,22%, com redução de 0,40 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esta é a terceira queda consecutiva na diferença entre preço anunciado e preço real.
No entanto, o bairro da Água Rasa, na Zona Leste da capital, apresentou a maior disparidade: 31,74%, o IPR mais alto da pesquisa que avalia mensalmente 50 bairros da capital paulista. Água Rasa teve a quarta maior diferença em abril e subiu para a primeira colocação em maio.
Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, explicou que a mudança ocorreu porque os preços anunciados não se alteraram na região, mas o valor transacionado diminuiu de R$ 6,51 mil para R$ 6,27 mil. “Como não houve alteração importante no perfil dos imóveis vendidos nos dois períodos, é possível que tenha havido uma pequena desvalorização real na região. Mas é necessário aguardar os próximos meses, para termos mais segurança desse movimento”, explicou.
O levantamento também apontou que o Jardim Europa, na Zona Oeste, continua sendo o local mais caro para adquirir um imóvel, com o metro quadrado a R$ 21,77 mil. Já os menores preços estão nos bairros de Sacomã (R$ 4,41 mil), São Lucas (R$ 4,48 mil) e Tremembé (R$ 4,93 mil), nas Zonas Sul, Leste e Norte, respectivamente.
Fonte: Exame
Em Florianópolis, mercado de imóveis de luxo mais que dobra em 12 meses
O mercado de imóveis de luxo em Florianópolis apresentou um crescimento significativo entre 2022 e 2023, de acordo com o Anuário DataZAP. As ofertas deste segmento aumentaram 107%, e o preço médio do metro quadrado alcançou R$ 19.314, o maior valor entre as capitais do Sul, com uma valorização de 13% em um ano.
Segundo o gerente de Inteligência de Mercado no Grupo OLX, Coriolano Lacerda, o aumento foi impulsionado por fatores como o crescimento populacional da cidade, a geografia limitada da ilha – que dificulta a expansão urbana – e o desenvolvimento do mercado de trabalho local. Florianópolis é a terceira capital com maior taxa de crescimento populacional e a quarta que mais concentra a força de trabalho localmente, segundo dados do Censo de 2022 e da PNAD.
O levantamento também revelou que os bairros mais procurados pelos compradores são Ingleses e Centro, concentrando 11,1% e 7,7% da demanda, respectivamente. Imóveis de luxo com dois dormitórios foram os mais procurados na ilha, representando 48% das buscas.
Fonte: NSC
Desaceleração da Selic: mercado imobiliário não deve ser afetado, mas especialistas sinalizam cautela
Apesar da redução da taxa básica de juros (Selic) de 10,75% para 10,50% na última semana, o mercado imobiliário demonstra otimismo com o cenário, embora a decisão do Banco Central sinalize cautela. Especialistas acreditam que o cenário ainda é favorável para o setor, impulsionado pela acessibilidade do crédito e pela demanda reprimida por moradia.
O diretor geral da América Latina na Ivanhoé Cambridge, Adriano Mantesso, diz que a redução dos juros aumenta a demanda e valorização dos imóveis, obrigando investidores a tomarem decisões estratégicas. Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, destaca que a Selic também impacta a rentabilidade dos projetos imobiliários e, do lado do incorporador, a taxa de juros influencia na viabilidade e no preço final dos imóveis.
Apesar do otimismo geral, é preciso estar alerta, pondera Gustavo Favaron, CEO do GRI Club. Para o executivo, a desaceleração na queda da Selic indica um momento de atenção e cautela, mas não significa uma crise. Favron acredita que o mercado continuará em crescimento, ainda que em um ritmo mais lento, já que juros mais baixos torna o financiamento imobiliário mais barato, aquece o mercado e beneficia compradores e vendedores.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) destaca a necessidade de o Banco Central seguir comprometido com a redução sustentável da taxa no longo prazo, uma vez que o Brasil ainda possui a segunda maior taxa de juros real do mundo.
Fonte: Estadão