Especialistas afirmam que é possível ganhar até 1,4% ao mês com aluguel de imóveis no Airbnb. Selic a 15% preocupa setor da construção civil, alerta presidente da CBIC. Boom imobiliário na Barra Funda impulsiona lançamentos de compactos e unidades de luxo para a região.
- Especialistas afirmam: é possível ganhar até 1,4 por cento ao mês com aluguel de imóveis no Airbnb
- Selic a 15 por cento preocupa setor da construção civil, alerta presidente da CBIC
- Boom imobiliário na Barra Funda traz compactos e luxo para a região
- QuintoAndar investirá R$ 100 milhões para crescimento em BH
Especialistas afirmam: é possível ganhar até 1,4 por cento ao mês com aluguel de imóveis no Airbnb
Investimentos em aluguel de imóveis via Airbnb podem render até 1,4% ao mês, segundo Victor Crus, economista da Smartbrain. A estratégia envolve desde a escolha do imóvel até a apresentação ao público.
Em 2024, o valor médio da locação residencial no Brasil subiu 13,5%, quase três vezes o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,83%. Crus aponta que o mercado imobiliário rende em média de 0,4% a 0,7% ao mês, mas o aluguel de temporada eleva esse percentual.
Crus destaca que imóveis para curta temporada, principalmente em áreas turísticas, geram retorno superior ao aluguel convencional, com precificação dinâmica via plataformas como Airbnb e Booking.
Pedro Ros, CEO da Referência Capital, orienta negociar descontos na compra à vista e investir em locais com fluxo constante de visitantes, como Florianópolis e Rio de Janeiro. “Esses locais têm demanda contínua, impulsionada tanto pelo turismo quanto por viagens corporativas”, afirma.
Decoração, fotos profissionais e a localização do imóvel perto de pontos turísticos são cruciais. Ros ressalta que fotos de qualidade elevam a taxa de ocupação em até 40%. Gestão profissional, precificação dinâmica e descontos para estadias longas também são estratégias importantes para maximizar a rentabilidade.
As avaliações dos hóspedes são fundamentais para garantir a visibilidade e o bom desempenho do imóvel nos rankings do Airbnb, apontam os especialistas. Para alcançar e manter uma média superior a 4,8 estrelas, é essencial oferecer uma experiência excepcional, como brindes personalizados, café, chocolates ou um guia turístico da região.
Por fim, é importante cativar hóspedes e transformá-los em “recorrentes”. Eles desempenham um papel crucial na redução da vacância e no aumento da rentabilidade. Para isso, o investidor pode cortar as taxas de comissão das plataformas e oferecer descontos especiais. Parcerias com empresas também são uma excelente estratégia, permitindo estadias prolongadas para funcionários em viagens.
Fonte: E-investidor
Selic a 15 por cento preocupa setor da construção civil, alerta presidente da CBIC
“A expectativa de chegarmos a uma taxa básica de 15% ao ano tem um impacto muito forte no setor”. A frase é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, que, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, destacou os desafios que o setor enfrentará em 2025, principalmente devido à alta da taxa básica de juros. “O cenário para 2025 é desafiador para o país todo, e em especial para a construção civil, no que tange ao impacto da taxa básica de juros, a Selic.”
O dirigente alertou que a elevação dos juros dificulta o acesso ao crédito para a classe média e pode resultar em redução de lançamentos imobiliários. Além disso, Correia mencionou a pressão nos custos de produção e materiais, impactando as margens de lucro das empresas. Outro ponto de preocupação é a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para outros fins, reduzindo os recursos disponíveis para habitação.
“A CBIC defende que os recursos do FGTS sejam aplicados até que a gente possa vencer esse desafio do déficit habitacional”, ressaltou. Correia também criticou o empréstimo consignado do FGTS, afirmando que “o trabalhador entrega para os bancos, em juros, 40% do valor” em um empréstimo de cinco anos. Ele argumenta que isso afasta o trabalhador da possibilidade de adquirir a casa própria.
Para enfrentar os desafios, a CBIC busca diálogo com o governo, incluindo a redução do Custo Brasil e ajustes na nova lei de licitações para obras públicas. A entidade também pleiteia junto ao Banco Central a liberação do compulsório da poupança, cerca de R$ 40 bilhões, para recompor a redução causada pelo aumento da taxa de juros.
Apesar das preocupações futuras, Correia avaliou 2024 como positivo para o setor, com aumento de 20% nas vendas do mercado imobiliário, redução de 10% no estoque de imóveis e investimentos de R$ 264 bilhões em infraestrutura. O setor também gerou quase três milhões de empregos com carteira assinada no ano passado.
Fonte: Correio Braziliense
Boom imobiliário na Barra Funda traz compactos e luxo para a região
A Barra Funda, na zona Oeste de São Paulo, tem passado por um crescimento imobiliário rápido que acompanha as transformações urbanas motivadas pelo Plano Diretor e investimentos do setor. Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revelam que, de janeiro a setembro de 2024, foram lançadas 3.484 novas unidades na região, um aumento de 1.787% em relação ao mesmo período de 2023.
Os apartamentos compactos dominam os lançamentos, com tamanho médio de 61 m² e preço de R$ 680 mil, segundo levantamento da plataforma Zap. A maioria dos novos projetos oferece unidades entre 27 e 40 m².
“As revisões do Plano Diretor e da lei do zoneamento favoreceram o aproveitamento desses terrenos, combinado com incentivos para unidades compactas”, explica Cyro Naufel, gerente institucional do Grupo Lopes.
O fácil acesso ao transporte é um dos atrativos do bairro. A região, conta com o Terminal Intermodal Barra Funda e ganhará a estação Água Branca da Linha 6-Laranja do metrô. O Censo 2022 mostrou um aumento populacional de 132,5% em 12 anos, chegando a 33.436 moradores.
O mercado local abrange desde projetos do Minha Casa, Minha Vida até empreendimentos de luxo, mostrando a pluralidade do bairro. “Você paga o preço do Minha Casa, Minha Vida, se utiliza das vantagens das taxas de juros, mas mora num CEP de rico”, diz Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano.
Na outra ponta, está o empreendimento de luxo, Reserva Flamboyant da Tecnisa, com apartamentos de até 377 m² e preços que chegam a R$ 5,4 milhões. “É sobre você poder descer com o seu filho para fazer um piquenique e estar aqui na porta de casa, sem precisar pegar o carro”, explica Miele Abrão, diretor comercial da Tecnisa.
Fonte: Estadão
QuintoAndar investirá R$ 100 milhões para crescimento em BH
Em 2025, o QuintoAndar planeja investir R$ 100 milhões em Belo Horizonte para dobrar seus negócios na cidade. Como parte da estratégia, o objetivo é aumentar em 20% o número de corretores associados.
Segundo Lucas Lima, vice-presidente da empresa, com esses investimentos, Belo Horizonte poderá alcançar 70% dos resultados de São Paulo, onde a empresa tem a maior concentração de atividades. Desde 2018 na capital mineira, o QuintoAndar já atua em mais de 200 bairros da cidade, que possui 487 no total.
Em 2024, a plataforma registrou uma média mensal de 300 vendas e 500 contratos de aluguel. “Aqui começa a nossa oportunidade, porque o mercado é muito maior do que isso”, afirma Lucas Lima.
Atualmente, a base tem pouco mais de 520 corretores, e a empresa planeja eventos para atrair novos profissionais, destacando suas ferramentas de mídia e comunicação. Segundo Lima, “a filiação a QuintoAndar oferece uma produtividade três vezes maior.”
O investimento inclui campanhas de marca e tecnologia, como o uso de Inteligência Artificial.
Fonte: O Tempo