Preços de casas em São Paulo (SP) têm queda em 2024. Mercado imobiliário busca alternativas para financiar casa própria. Em São Paulo (SP), Liberdade, Bosque da Saúde e Cambuci lideram ranking de bairros que mais se desvalorizaram.
- Preços de casas em São Paulo (SP) têm queda em 2024; valores ficam entre R$ 2,3 mil e R$ 31 mil por metro quadrado
- Mercado imobiliário busca alternativas para financiar casa própria
- Em SP, Liberdade, Bosque da Saúde e Cambuci lideram ranking de bairros que mais se desvalorizaram
- Falta de terrenos em áreas nobres leva imóveis de luxo a novos bairros de SP
Preços de casas em São Paulo (SP) têm queda em 2024; valores ficam entre R$ 2,3 mil e R$ 31 mil por metro quadrado
Valorizadas durante a pandemia, as casas continuam sendo uma fatia importante do mercado secundário. Os preços em 2024, porém, estão mais baixos. Morar em uma casa na capital paulista pode custar de R$ 2,3 mil a R$ 31 mil por metro quadrado (m²), dependendo do bairro escolhido. É o que revela um levantamento feito pelo Estadão e o professor da FGV Alberto Ajzental, com base em cerca de 600 anúncios disponíveis na plataforma Loft.
O estudo aponta um preço médio de R$ 7.868 por m² para residências com, em média, 260 m², atingindo R$ 1,75 milhão por residência. Enquanto a região dos Jardins lidera o ranking dos bairros mais caros, com o Jardim Europa chegando a R$ 31 mil por m², áreas como Jaraguá, Parque do Carmo e São Miguel Paulista oferecem opções mais acessíveis (R$ 2,3 mil, R$ 2,9 mil e R$ 3,1 mil, respectivamente).
A Vila Nova Conceição aparece em segundo lugar entre as casas com metro quadrado mais valorizado (R$ 24 mil), seguida do Alto de Pinheiros (R$ 18,4 mil) e Moema (R$ 16,7 mil). As casas de rua ainda representam uma parcela importante dos negócios imobiliários no mercado secundário, segundo o Cresci, embora este segmento passe por um período difícil desde a escalada da taxa de juros, iniciada em 2022.
Segundo Cyro Naufel, diretor institucional do Grupo Lopes, “a queda de juros que já aconteceu foi benéfica”, mas “no mercado secundário, a pessoa que faz a aquisição do imóvel paga a parcela da entrada e toma o financiamento na hora. Se o financiamento está mais alto, isso pode influenciar ou até inviabilizar a compra”, argumenta.
Fonte: Estadão
Mercado imobiliário busca alternativas para financiar casa própria
Com a poupança – principal fonte de recursos para ofinanciamento imobiliário – sendo esvaziada e a taxa Selic alta, o mercado imobiliário e os bancos buscam fontes alternativas para financiar imóveis com taxas mais atraentes, em meio à crescente demanda por crédito. Se as taxas aumentarem muito, o acesso à casa própria pela classe média pode cair.
A Caixa, líder em crédito habitacional, já está “sobreaplicada” em poupança e alerta para possíveis dificuldades em 2025. Para resolver o problema, os bancos pedem uma redução do compulsório da poupança – porcentagem que as instituições financeiras são obrigadas a manter no Banco Central – mas o BC não está inclinado a alterá-lo. O governo aposta no incentivo ao mercado secundário de crédito imobiliário, por meio da ampliação do escopo da estatal Emgea, que poderia atuar como securitizadora.
Especialistas, no entanto, alertam para os riscos da operação, que podem acabar sendo repassados ao Tesouro Nacional. A Abrainc sugere criar uma linha de crédito em IPCA subsidiada com recursos do compulsório da poupança e que a Emgea atue como compradora dos títulos de outra securitizadora, adquirindo a cota subordinada. Já o economista Marcos Lisboa alerta para a insegurança jurídica nos contratos imobiliários no Brasil, devido à dificuldade de recuperar garantias.
Fonte: O Globo
Em SP, Liberdade, Bosque da Saúde e Cambuci lideram ranking de bairros que mais se desvalorizaram
Mesmo com o aquecimento do mercado imobiliário em uma metrópole como São Paulo, transformações constantes provocam cenários de desvalorização em algumas regiões. Neste sentido, um estudo da Loft mostrou os bairros da capital que mais sofreram com quedas no preço do metro quadrado nos primeiros quatro meses de 2024. Liberdade, Bosque da Saúde e Cambuci registraram reduções de 7% a 10% no valor do metro quadrado. A variação também pode ser interpretada como uma acomodação dos preços.
Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, explica que bairros como o Bosque da Saúde e Vila Nova Conceição passaram por uma alta valorização em janeiro e uma desvalorização em abril, indicando uma acomodação do mercado.
Já bairros centrais, como a Liberdade e o Cambuci, enfrentam instabilidade e desaceleração das vendas. Takahashi ressalta que a desvalorização dessas regiões não apresenta, necessariamente, uma ameaça, já que possuem boa localização e estrutura.
“Como não aparenta ser uma queda duradoura, esses bairros tendem a valorizar futuramente. O que faz dessa uma oportunidade para investir”, afirma Takahashi.
Entre os 10 bairros que mais desvalorizaram estão Liberdade (-10%), Bosque da Saúde (-9%), Cambuci (-7%), Vila Nova Conceição (-7%) e São Lucas (-6%).
Fonte: Casa Vogue
Falta de terrenos em áreas nobres leva imóveis de luxo a novos bairros de SP
Projetos imobiliários de luxo em São Paulo estão buscando novas regiões, fora dos tradicionais bairros onde empreendimentos deste segmento costumam se concentrar. A Cyrela, por exemplo, prepara um projeto de sete torres e um parque de 10 mil metros quadrados na região do Brooklin, perto de centros comerciais.
Segundo Efraim Horn, copresidente da empresa, a falta de terrenos em bairros tradicionalmente valorizados, como Jardins, Vila Olímpia e Alto de Pinheiros, obriga que os projetos se espalhem pela cidade. Ele aponta ainda uma tendência de projetos de grande porte com prédios comerciais, fachadas ativas e parques integrados.
“São Paulo é tão grande que tem gente que mora numa região e não quer ir para outra. Elas avaliam seus bairros como nobres”, diz Horn, destacando a existência de “miolos de nobreza” em diversos bairros da capital.
O diretor de locação e pesquisa da CBRE, Felipe Giuliano, aponta que o polo comercial do Brooklin tem se beneficiado da retomada do trabalho presencial pós-pandemia, valorizando os imóveis residenciais do entorno.
Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), ressalta que iniciativas com comércios e parques abertos ao público tendem a gerar benefícios a todo o bairro, valorizando ainda mais os imóveis.
Fonte: Estadão