Com medo de eventos climáticos extremos, um terço dos brasileiros considera mudar de casa. Com Minha Casa, Minha Vida, venda de imóveis novos bate recorde mais uma vez. Estimativas da Febraban apontam crescimento do crédito em maio.
Com medo de eventos climáticos extremos, um terço dos brasileiros considera mudar de casa
O temor de eventos climáticos extremos, como as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, tem provocado em brasileiros o desejo de mudar de casa em busca de áreas seguras. Foi o que revelou a pesquisa realizada pela plataforma Loft e pela empresa Offerwise.
De acordo com o levantamento, 27% dos brasileiros disseram que “talvez” mudem de endereço diante de fenômenos como chuvas intensas, secas prolongadas ou ondas de calor e frio. 7% dos ouvidos afirmaram que pretendem se mudar, no entanto, apenas 17% disseram ter recursos suficientes para tal.
“Em todos os recortes que fizemos, como classe social ou região do país, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido efeito de algum evento climático extremo”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. “Já é elevada a quantidade de pessoas que consideram se mudar para evitar eventuais danos, mas aí faltam recursos para muitas delas”, completa.
Dos entrevistados, 30% afirmaram que a tragédia no Rio Grande do Sul afetou de alguma forma o desejo de sair de onde vivem, aumentando para 38% entre as pessoas com 18 a 24 anos.
Levantamento da Place e do Instituto Cidades Responsivas identificou que 437,6 mil domicílios gaúchos foram afetados por enchentes. Mesmo assim, a região Sul apresenta a maior parcela de entrevistados que não pretendem se mudar (71%), enquanto o Nordeste tem a menor proporção de recusa (60%).
Fonte: Valor Econômico
Venda de imóveis novos bate recorde histórico, impulsionada por Minha Casa, Minha Vida
A venda de imóveis novos bateu recorde nos 12 meses encerrados em março, segundo o indicador Abrainc-Fipe, que utiliza dados de 20 empresas.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi o principal responsável pelo resultado, com um incremento de 56,4% das unidades vendidas, somando 128.023 imóveis.
No total, foram comercializadas 177.350 unidades no ano, com aumento de 43,1% em relação ao período anterior. O valor das vendas cresceu 47,4%, totalizando R$ 54,3 bilhões. O segmento de médio e alto padrão também registrou crescimento de 15,2%, com 44.953 unidades vendidas.
Em relação a valores, o MCMV movimentou R$ 28,9 bilhões, com alta de 66,4%. Ainda no segmento, os lançamentos cresceram 27,3% em volume e 43,6% em valor.
Já o segmento de médio e alto padrão somou R$ 23,3 bilhões, alta de 27%. Em relação aos lançamentos, apresentou queda de 17% no volume lançado. Por outro lado, as vendas subiram 18,5% em valor.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas de imóveis novos cresceram 43,9% em unidades e 71,1% em valor, comparado ao mesmo período de 2023. O setor de média e alta renda teve um aumento de 145,7% no volume lançado, e as vendas subiram 45,6% em valor.
Mesmo diante dos números positivos, o presidente da Abrainc, Luiz França, defende a necessidade de ampliar o financiamento para a classe média e a liberação de 5% do compulsório bancário sobre depósitos de poupança.
Fonte: Valor Econômico
Estimativas da Febraban apontam crescimento do crédito em maio
A carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deve atingir crescimento de 0,7% em maio comparado a abril, segundo a Pesquisa Especial de Crédito da Febraban. Em relação a maio de 2023, o crescimento previsto é de 8,9%, marcando a quarta aceleração consecutiva.
A pesquisa da Febraban, baseada nos dados dos maiores bancos do país, é divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Crédito do Banco Central. A próxima divulgação será em 26 de junho.
Rubens Sardenberg, diretor de Economia Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, afirmou que “todas métricas seguem apontando para uma melhora no mercado de crédito em 2024, com maior volume de concessões e do saldo de crédito, beneficiados pela queda da taxa de juros e moderação das taxas de inadimplência”. No entanto, ele alerta para possíveis impactos da deterioração das expectativas macroeconômicas.
Segundo as estimativas, o crédito para pessoas jurídicas deve subir 0,3%, sustentado pela carteira de recursos direcionados, com alta de 0,9% em relação ao mês anterior. Anualmente, a pesquisa aponta um crescimento de 11% no crédito para pessoas físicas e de 5,6% para pessoas jurídicas, puxado pelas linhas com recursos direcionados, como o crédito imobiliário.
As concessões de crédito devem subir 0,6% em maio comparado a abril, ou 5,4% se excluída a sazonalidade, puxadas pelas linhas com recursos direcionados, com alta de 6,5% sem ajuste sazonal. Em relação a maio de 2023, a projeção é de alta de 8,5% nas concessões, ou 14,7% com ajuste.
Fonte: CNN
Aluguel em Porto Alegre atinge maior alta em quase 1 ano
Os preços da locação residencial em Porto Alegre subiram 1,71% em maio, a maior variação em 11 meses, segundo o Índice FipeZap. No acumulado desde junho de 2023, a alta é de 15,68%, superando a média das capitais avaliadas, que é de 14,80%.
O custo médio por metro quadrado na capital gaúcha está em R$ 33,51, o segundo menor entre as capitais analisadas. Por outro lado, Porto Alegre registrou o quarto maior crescimento no mês de maio. A demanda aquecida é um dos fatores que impulsionam os preços.
Imobiliárias relataram um aumento de até 67% na procura por aluguel residencial em maio. Durante o período de enchente, a busca por imóveis aumentou ainda mais, com moradores tentando fugir das áreas de risco. A rentabilidade do mercado de locação em Porto Alegre é de 5,94%, ligeiramente acima da média das cidades pesquisadas, que é de 5,89%.
Fonte: GZH