Aluguel residencial desacelera em maio, mas sobe acima da inflação em 12 meses. Imóveis de luxo na Vila Madalena, em São Paulo (SP), acumulam valorização de 44,5% em um ano. Fazenda pode discutir mudanças no mercado de crédito imobiliário se houver “disfuncionalidade”, diz secretário.
Aluguel residencial sobe 6,50 por cento no ano, supera IPCA, mas mostra desaceleração em maio
O preço do aluguel residencial avançou 1,25% em maio, uma desaceleração na comparação com o aumento de 1,38% registrado em abril. No acumulado do ano até o mês passado, o índice registrou alta de 6,5%, superando os índices de inflação IPCA (2,27%) e IGP-M (0,28%) do período, segundo o índice FipeZap, que coleta dados de 25 cidades brasileiras.
Campinas, no interior paulista, teve o maior aumento mensal (4,03%). Entre as capitais, Salvador (BA) ficou em primeiro (2,96%), seguida por São Paulo (1,28%). São José do Rio Preto (SP) foi a única cidade com queda, de 0,83% no mês.
Já no acumulado de 12 meses, Campinas também liderou o aumento com 24,27%, enquanto a valorização nacional foi de 14,8%, superando o IPCA (3,93%) e o IGP-M (-0,34%) no mesmo período. A capital com maior variação em um ano foi Curitiba (22,03%). Em São Paulo, o crescimento do preço foi de 12,69%.
O preço médio do aluguel residencial no país foi de R$ 45,29 por metro quadrado (m²) em maio, e a capital paulista aparece como a primeira no ranking do m² mais caro, com R$ 54,37/média. A rentabilidade do aluguel ficou em 5,89% ao ano, com Recife liderando entre as capitais (7,45%). Já a cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, registrou o maior preço entre as 25 cidades pesquisadas (R$ 60,11 por m²).
Fontes: Valor Investe e Money Times
Imóveis de luxo na Vila Madalena acumulam valorização de 44,5 por cento em 1 ano
Em um dos bairros mais populares da capital paulista, a Vila Madalena, os imóveis de luxo ficaram mais caros. Em um ano, o preço do metro quadrado de propriedades avaliadas em mais de R$ 2 milhões aumentou 44,5%, segundo levantamento realizado pela Bossa Nova Sotheby’s International Realty, especializada em alto padrão.
No primeiro trimestre de 2023, o custo do metro quadrado era de R$ 15,7 mil, enquanto no primeiro trimestre deste ano, o número saltou para R$ 22,7 mil.
“Observa-se um aumento na demanda por imóveis deste segmento na região. Para atender esta vazão, estão surgindo empreendimentos cada vez melhores”, analisa Denise Ghiu, Chief Data Officer da Bossa Nova.
O valor médio pago para comprar um imóvel de alto padrão na Vila Madalena saltou de R$ 3,65 milhões para R$ 3,92 milhões em um ano – uma alta de 7,4%. O fenômeno no bairro boêmio da zona Oeste contrasta com outros eixos da cidade que tiveram altas bem menores, como Vila Nova Conceição (de R$ 20,5 mil para R$ 25 mil por m²), Jardins (de R$ 16 mil para R$ 20,6 mil por m²) e Perdizes (R$ 12,2 mil para R$ 12,5 mil por m²).
Por outro lado, outros bairros nobres apresentaram queda no preço do metro quadrado, como Morumbi (-3,5%), Brooklin (-1,2%) e Moema (-19,6%)
Fonte: Estadão
Fazenda pode discutir mudanças no mercado de crédito imobiliário
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a pasta acompanha os efeitos de mudanças implementadas na Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e pode discuti-las em caso de “disfuncionalidade”. A declaração foi dada durante o CNN Talks Crédito para o Brasil, realizado em Brasília.
No começo do ano, o prazo mínimo para investimento em LCI passou de 90 dias para 12 meses, mas o setor imobiliário alertou que, com as mudanças, os resgates de investimentos em LCI aumentaram, impactando negativamente o crédito imobiliário.
“Esses títulos vinham crescendo em um ritmo acelerado e não necessariamente se refletia em incremento ao crédito imobiliário. Estamos acompanhando os efeitos, e caso se perceba disfuncionalidade, isso pode ser discutido”, disse Mello.
Segundo o secretário, a Fazenda vem se debruçando em um debate sobre como atrair mais investidores institucionais para o mercado imobiliário e disse ver o momento atual como positivo para o avanço do crédito no país.
Fonte: CNN Brasil
Investir em imóveis nos EUA sem ter residência no país
É possível investir no mercado imobiliário dos Estados Unidos (EUA) sem precisar comprar uma casa lá, por meio dos REITs (Real Estate Investment Trusts), considerados os irmãos mais velhos dos FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) brasileiros.
Os REITs reúnem o dinheiro de vários investidores, permitindo que pessoas comuns recebam dividendos desses investimentos imobiliários sem precisar comprar, administrar ou financiar propriedades por conta própria no país estrangeiro.
Uma das grandes vantagens dos REITs é que eles abrem as portas para um mercado imobiliário maior e mais maduro, expondo o investidor ao dólar e a uma economia estrangeira. Para investir nos REITs, é preciso abrir conta em uma plataforma com acesso a corretoras americanas e fazer remessas para a sua conta de investimentos.
Existem três tipos de REITs: Equity REIT, que investem em imóveis físicos, Mortgage REIT, focados em hipotecas e recebíveis ligados aos imóveis, e Hybrid REIT, que podem investir tanto em imóveis físicos quanto em títulos ligados ao setor imobiliário.
Fonte: Exame