Com mercado aquecido em São Paulo (SP), saiba onde há imóveis ‘sobrando’. Preço médio de imóveis em Belo Horizonte sobe 14,9% em 2024. Leblon (RJ) abriga nove das 20 ruas mais caras da capital.
Com mercado aquecido em São Paulo, saiba onde há imóveis ‘sobrando’
O mercado imobiliário de São Paulo passou por um 2024 dinâmico, com uma grande procura por imóveis, mas também um ritmo de lançamentos acelerado, criando pequenas áreas de concentração de imóveis não vendidos. De acordo com levantamento da Brain Inteligência, a Barra Funda, na zona Oeste, lidera com 2.170 unidades em estoque, seguida por Vila Mariana (2.060), entre o Centro e o Sul, e Pinheiros (2.024), também na zona Oeste.
O volume de lançamentos em um bairro é o principal fator que determina o estoque. Os imóveis que ainda sobram, geralmente são aqueles em andares mais baixos, com vista comprometida ou problemas de ruído. Em alguns casos, podem refletir uma oferta superior à demanda ou à capacidade de compra dos interessados na região.
Completando o ranking dos bairros com maior estoque de imóveis feito pela Brain, a Vila Prudente ocupa a quarta posição, com 1.995 unidades não vendidas. Em seguida, aparecem Mooca (1.828), Santa Cecília (1.550), Vila Andrade (1.509) e Santo Amaro (1.487).
A lista dos 10 bairros com apartamentos sobrando se encerra com a Bela Vista (1.260 unidades) e Perdizes (1.238). O fenômeno, portanto, não se restringe a uma única região da cidade, abrangendo bairros tradicionais e áreas em desenvolvimento, em diferentes regiões da cidade
“O estoque de imóveis não deixa de ser igual ao de uma loja de roupas. Se você vendeu bem a coleção de verão, a prateleira ficou vazia e você pode lançar a coleção de inverno”, compara Cyro Naufel, diretor de relações com investidores da Lopes.
Por outro lado, o ritmo de vendas em 2024 deixou os estoques em “um dos menores patamares já vistos na cidade”, afirma Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain. “A velocidade de vendas cresceu muito em 2024 em relação a 2023 na cidade de São Paulo, o que ajudou a escoar o estoque. Na capital paulista, no período de 12 meses até novembro, foram 106 mil unidades lançadas e 113 mil unidades vendidas. Neste ritmo, em 7 meses e 24 dias de 2024, o estoque acabaria.
Especialistas alertam que a compra de imóveis de estoque deve ser feita com cautela. Carlos Castro, planejador financeiro, explica que “podem representar uma boa oportunidade, desde que sejam avaliados aspectos como rede elétrica, hidráulica e infraestrutura da região”.
Para quem deseja comprar um imóvel em 2025, no caso de estoque, é crucial entender os motivos que levaram à não venda rápida, avaliando questões como barulho, vista, posição da vaga de garagem e tamanho da planta, para verificar se atendem às necessidades do comprador.
Ainda de acordo com a reportagem, a recomendação é optar rapidamente pelo financiamento imobiliário. O atual ciclo de alta na taxa de juros pode reduzir ainda mais a quantidade de imóveis de estoque em São Paulo, pois as construtoras podem enfrentar dificuldades para viabilizar novos projetos, além dos juros elevados que restringem o acesso ao crédito.
Fonte: Estadão
Preço médio de imóveis em BH sobe 14,9 por cento em 2024
O preço médio de venda de imóveis em Belo Horizonte (MG) registrou um aumento de 14,9% em 2024 comparado a 2023, passando de R$ 466.896 para R$ 536.376. Os dados são resultado de uma pesquisa realizada pela Loft, baseada em transações imobiliárias registradas no ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).
O estudo, que considerou transações de casas e apartamentos, revelou ainda que os imóveis de tamanho médio (91 m² a 139m²) apresentaram a maior variação na média de preço, com um aumento de 25,5%, saindo de R$ 356 mil para R$ 447 mil. O número total de vendas nessa categoria cresceu 5,5%.
Imóveis pequenos (até 90 m²) tiveram uma leve queda de 0,3% no número de vendas, mas o preço médio subiu 10,4%, de R$ 233 mil para R$ 257 mil. Já os imóveis grandes (acima de 140 m²) tiveram o maior aumento no número de vendas, com 7,2%, totalizando 5.802 transações em 2024, contra 5.411 em 2023. O preço médio nesta categoria subiu 11,5%, de R$ 811 mil para R$ 904 mil.
“Houve crescimento em vendas e, especialmente, no preço dos imóveis vendidos. Isso pode ser um indicador de que a oferta não conseguiu atender completamente a demanda, pressionando os preços”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O movimento em Belo Horizonte está em linha com o que foi observado em outras capitais, segundo Takahashi, com “uma forte expansão das classes sociais que podem pagar um preço mais elevado”.
Fonte: Rádio Itatiaia
Os imóveis mais caros do Rio de Janeiro estão no Leblon
O tradicional e badalado bairro do Leblon é também o bairro mais valorizado do Rio de Janeiro, abrigando nove das 20 vias com os maiores preços médios de imóveis, segundo levantamento realizado pela Loft.
A Avenida Vieira Souto, em Ipanema, lidera o ranking das ruas mais caras, com imóveis vendidos por uma média de R$ 8,1 milhões. Em seguida, aparecem a Avenida Mendes de Morais, em São Conrado, e a Avenida 1 PAA 12019, na Barra da Tijuca.
No Leblon, a Rua General Artigas se destaca como a mais valorizada do bairro, com imóveis vendidos por uma média de R$ 4,9 milhões. O estudo considerou transações em 250 ruas entre janeiro e novembro, utilizando os valores reais das negociações.
As dez ruas mais caras do Rio incluem ainda outros endereços em Ipanema, Barra da Tijuca e Lagoa, deixando clara a concentração de imóveis de alto padrão nas áreas mais nobres da cidade. A Loft analisou dados de transações imobiliárias registradas no ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), fornecidos pela prefeitura.
O estudo considerou imóveis efetivamente transacionados em 250 ruas entre janeiro e novembro e os valores reais das transações, em vez de preços indicados em anúncios de imóveis.
Fonte: Veja Rio
Empresa aproveita terrenos menores para projetos imobiliários diferenciados em SP
A Bioma, uma incorporadora de nicho, desenvolveu um projeto chamado CASA VERTICAL para aproveitar terrenos pequenos em bairros nobres de São Paulo, que geralmente não são visados pelas grandes incorporadoras. Os empreendimentos estão localizados na zona Oeste, em bairros como Vila Madalena, Perdizes e Alto da Lapa.
Com assinatura do escritório Perkins & Will, projetos utilizam terrenos de até 500 metros quadrados, muito menores que os 2 mil a 3 mil metros quadrados normalmente usados por grandes construtoras. Os apartamentos variam de 60 a 240 metros quadrados, com preços entre 700 mil e 5 milhões de reais.
A estratégia é negociar terrenos que não interessam às grandes incorporadoras devido ao tamanho reduzido ou impossibilidade de expansão. Isso reduz a competição e facilita as negociações. Neste sentido, o conceito do CASA VERTICAL é inspirado nas antigas vilas operárias do século XX, oferecendo uma alternativa aos condomínios de studios pequenos.
“Aliamos a flexibilidade de tipologias residenciais que se encaixam perfeitamente em terrenos estreitos espalhados pela cidade, sendo sua maioria com apenas 10 metros de frente…com o alto padrão”, afirma Henrique De Geroni, um dos sócios da Bioma.
Os edifícios têm no máximo oito andares e são projetados para poucas famílias, com foco em espaços mais amplos e confortáveis. Isso permite que a empresa aproveite terrenos que ficaram “isolados” em meio à expansão imobiliária, oferecendo uma solução habitacional diferenciada em áreas valorizadas da cidade.
Fonte: Estadão