Em 2024, novos contratos de aluguel tiveram alta de 13,5% em relação ao ano anterior, superando a inflação. Em Curitiba, disparidade de preços de imóveis chega a 1000% e pesquisa mostra onde estão os imóveis mais caros e os mais baratos. Demanda por imóveis com mais de dois quartos cresce em BH.
Aluguel acumula alta de 13,5 por cento em 12 meses, acima da inflação
Novos contratos de aluguel em 2024 tiveram uma alta de 13,5% em relação ao ano anterior, superando a inflação de 4,83% medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segundo o Índice FipeZap. A diferença de 8,67 pontos percentuais entre a inflação oficial e os valores de novos aluguéis indica uma valorização real no setor.
Nos últimos cinco anos, o aumento acumulado chegou a 45,1%. Imóveis de um dormitório lideraram a alta em 2024, com 15,18%, seguidos por unidades de quatro ou mais dormitórios (14,17%).
“Os aluguéis tiveram uma valorização real significativa, refletindo uma possível pressão de demanda maior do que a inflação geral dos preços”, explica Alison Oliveira, pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O baixo desemprego e o aumento do poder aquisitivo das famílias contribuíram para a aceitação de aluguéis mais caros. Simultaneamente, a alta da Taxa Selic encareceu o crédito imobiliário, levando famílias a adiarem a compra da casa própria e não terem outra escolha além da locação.
“Famílias que moram de aluguel tendem a adiar decisões de aquisição de imóveis, tanto pelos preços já muito elevados em relação à renda, quanto pelo crédito mais oneroso e restrito”, afirma André Paiva Ramos, conselheiro do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia)
Apesar da expressiva alta, o índice de 2024 ficou abaixo dos registrados em 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%), indicando uma possível estabilização do mercado de aluguéis.
Fonte: UOL
Pesquisa mostra onde estão os imóveis mais caros e os mais baratos em Curitiba
Os preços pedidos no mercado imobiliário de Curitiba variam até 1.000%, de acordo com estudo realizado pela Loft, que também mostra onde estão os imóveis mais caros e os mais em conta. A análise considerou 20 mil anúncios ativos no período de dezembro de 2024 a janeiro de 2025.
O bairro Batel lidera como a região com os imóveis mais caros, apresentando tíquete médio de R$ 2,5 milhões. O Mossungue aparece em segundo lugar, com média de R$ 2,3 milhões. Em contraste, Campo de Santana apresenta o menor valor médio, R$ 215,8 mil, evidenciando uma diferença de quase 11 vezes (1.063%) em relação ao Batel.
“O levantamento mostra como a localização é um fator determinante no mercado imobiliário. Enquanto os bairros mais valorizados estão numa região central, com todos os serviços e importantes meios de locomoção à disposição, os menos valorizados estão em locais com acesso consideravelmente mais restrito”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O tamanho dos imóveis também influencia os preços. No Batel, a média é de 188m², enquanto em Campo de Santana é de apenas 52m². Outros bairros valorizados incluem Hugo Lange, Campo Comprido e Bigorrilho, com tíquetes médios acima de R$ 1,9 milhão.
Entre os bairros mais acessíveis, além de Campo de Santana, destacam-se Tatuquara, Cajuru, Santa Cândida e Alto Boqueirão, com preços médios variando de R$ 228 mil a R$ 288 mil.
Fonte: Gazeta do Povo
Demanda por imóveis maiores cresce em Belo Horizonte e casas lideram preferência
A segunda edição do Índice de Confiança no Setor Imobiliário – Loft, realizado em parceria com a Offerwise, revela uma mudança significativa nas preferências imobiliárias em Belo Horizonte. Entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, a demanda por apartamentos com mais de dois quartos mais que dobrou, saltando de 16% para 38%.
Apesar desse aumento, as casas continuam sendo a opção mais desejada por quem vive na capital mineira. O interesse por esse tipo de imóvel cresceu de 55% para 67% no mesmo período. Em contrapartida, a procura por imóveis compactos, como studios, caiu pela metade, de 10% para 5%.
“O espaço é uma característica importante para os mineiros, assim como ter mais de uma vaga de garagem no imóvel. Essas preferências ajudam a explicar a alta na demanda por apartamentos com mais de dois dormitórios e casas”, argumenta Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O acesso ao transporte público e a tranquilidade do bairro também são pontos importantes na escolha do imóvel, segundo o estudo. A preferência por localizações próximas a pontos de ônibus ou linhas específicas aumentou de 25% para 38%, enquanto a busca por “bairros tranquilos” subiu de 43% para 54%. Ter mais de uma vaga de garagem no imóvel também está no check list de quem procura uma casa.
Segundo Takahashi, o índice dá pistas de que a população busca endereços mais bem localizados, com boa oferta de transporte público. “Quanto menor o deslocamento, maior a qualidade de vida.”
Em 2022, uma outra pesquisa já mostrava que 47% dos moradores de Belo Horizonte gastam até 30 minutos no deslocamento para o trabalho, o que explica porque os moradores da capital querem viver de forma mais prática e buscam por qualidade de vida na hora de escolher um imóvel.
Fonte: Diário do Comércio
Belém vive corrida imobiliária milionária às vésperas da COP30
A capital do Pará, que também será a capital da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30) este ano, passa por intensa especulação imobiliária há nove meses do evento. Aluguéis em Belém para o evento chegam a R$ 3 milhões, com diárias variando de R$ 6 mil a R$ 285 mil nas plataformas Airbnb e Booking.com, parceiras do governo do Pará.
O aumento da demanda na cidade, que espera receber 50 mil visitantes, fez os preços explodir. O aluguel mensal médio de um apartamento de 100m² atingiu R$ 5,5 mil em janeiro, o terceiro mais caro entre as capitais brasileiras, segundo o Índice FipeZAP.
Os proprietários locais veem uma oportunidade única de lucro. Víndia Barros, moradora do bairro Umarizal, espera cobrar R$ 30 mil por diária em novembro. “É uma forma de ganhar uma renda extra e colaborar com o evento”, justifica.
A corrida imobiliária, no entanto, gera preocupações. Inquilinos enfrentam ameaças de despejo ou reajustes abusivos. “Passado o evento, a pressão extraordinária sobre os valores de aluguel tende a diminuir, a menos que haja outros fatores estruturais que sustentem a alta”, explica Alison Oliveira, coordenador do FipeZAP.
Fonte: IstoÉ Dinheiro