Apesar da queda da Selic, juro do crédito imobiliário deve se manter alto com chances de subir mais. Butantã e Pirituba são os bairros de SP onde as vendas mais cresceram em 5 anos. Número de compradores de imóveis sobe no primeiro trimestre e intenção de compra cresce para 40%.
- Crédito imobiliário: mesmo com Selic em queda, juro deve se manter alto e pode subir mais
- Butantã e Pirituba são bairros de São Paulo onde as vendas mais cresceram em 5 anos
- Número de compradores de imóveis cresce no primeiro trimestre, e intenção de compra sobe para 40 por cento
- Auxiliadora Predial anuncia expansão e prevê crescimento de 50 por cento em 2024
Crédito imobiliário: mesmo com Selic em queda, juro deve se manter alto e pode subir mais
Apesar da Selic em queda, especialistas alertam que o cenário atual ainda não está favorável à redução dos juros para o consumidor final, afetando também o financiamento imobiliário. Analistas e instituições avaliam que a demanda aquecida por crédito e a escassez de fontes mais baratas para novos empréstimos pressionam os bancos a manter e até elevar os juros no curto prazo. A taxa média para pessoas físicas está na faixa de 11,6%, segundo dados do Banco Central (BC).
O patamar de dois dígitos é considerado uma barreira para a compra da casa própria, pois aumenta o valor das parcelas. A explicação para esta pressão de alta está na estrutura do funding: segundo relatório do Bradesco BBI, em 2023, 27% dos recursos dos financiamentos tiveram origem fora das cadernetas de poupança, implicando em um custo maior para as transações. Os analistas do banco alertam que essa sobrealocação está próxima dos níveis de 2015, quando chegou a 28%, resultando na pior seca de financiamentos da história.
Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), disse que não vê brechas para cortes nas taxas, e mesmo assim o mercado se mostra resiliente. Os financiamentos dos últimos três anos atingiram os maiores volumes da história, com R$ 251 bilhões em 2023. Para 2024 é esperado um novo recorde histórico de R$ 259 bilhões, segundo a Abecip. “O mercado continua performando de forma positiva mesmo em um ambiente de juros altos”, ressaltou Gamba.
Já o diretor sênior de crédito na Fitch Ratings, Cláudio Gallina, observa que as instituições financeiras podem ser levadas a subir os juros em breve, devido à elevação das curvas futuras em função de fatores macroeconômicos, como questões internacionais, a demanda aquecida por crédito e a escassez de fontes mais baratas para novos empréstimos.
Fonte: Estadão
Butantã e Pirituba são bairros de São Paulo onde as vendas mais cresceram em 5 anos
Um levantamento feito pela proptech Loft revela que Butantã (zona Oeste de São Paulo) e Pirituba (zona Norte) lideram o crescimento de vendas de apartamentos em São Paulo nos últimos cinco anos. No Butantã, o volume de unidades vendidas aumentou 88,2% desde o primeiro trimestre de 2019, enquanto Pirituba registrou um crescimento de 87,7% no mesmo período.
O bairro do Tucuruvi, também na zona Norte, ficou em terceiro lugar no ranking, com aumento de 84% no crescimento de vendas. A pesquisa da Loft, baseada em dados da prefeitura de São Paulo, inclui todas as transações com pagamento de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).
Segundo o estudo, o bairro do Butantã atraiu novos empreendimentos após a chegada da linha 4-Amarela do metrô em 2011, enquanto Pirituba deve ganhar novas estações da linha 6-Laranja nos próximos anos. Na média da cidade, as vendas de unidades subiram 22,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com 2019.
O levantamento destaca que o maior crescimento foi entre imóveis de até 90m², com um aumento de 43,7%. Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a pandemia represou a venda de imóveis menores, cuja construção foi estimulada pelo Plano Diretor. “Quando houve a reabertura, os imóveis menores voltaram a ficar competitivos, pelo grande volume deles com boa localização. E o financiamento ficou mais custoso, favorecendo imóveis com preço final menor”, explica.
Fonte: Valor Econômico
Número de compradores de imóveis cresce no primeiro trimestre, e intenção de compra sobe para 40 por cento
O número de brasileiros que compraram imóveis aumentou pelo segundo trimestre consecutivo, alcançando 11% no primeiro trimestre de 2024, segundo o Raio-X FipeZap. No ano passado, essa parcela era de 10% entre as pessoas consultadas. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) também registrou um crescimento de 32,6% nas vendas de imóveis residenciais em 2023.
Nos próximos três meses, 40% dos entrevistados pretendem adquirir um imóvel, um aumento em relação aos 38% do último trimestre do ano passado. A maioria dos possíveis proprietários (48%) é indiferente quanto ao estado do imóvel, seja novo ou usado, prevalecendo o desejo de transformá-lo em moradia, especialmente se for compartilhado com alguém.
Ainda segundo o levantamento, a percepção dos compradores sobre preços altos ou muito altos das propriedades recuou para 73%, comparado aos 75% de 2023. Imóveis usados são os mais procurados, com 65% das preferências, e 61% dos compradores destinam o bem para moradia. Entre os investidores, 79% optam pelo aluguel para obter renda.
Fonte: CNN
Auxiliadora Predial anuncia expansão e prevê crescimento de 50 por cento em 2024
A Auxiliadora Predial, empresa imobiliária gaúcha, planeja abrir 400 unidades até 2028, consolidando sua presença no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Segundo Matheus Kurtz, diretor de vendas e franquias, a meta para 2024 é crescer 50% em vendas comparado a 2023. A empresa registrou um aumento de 40% nas vendas no primeiro trimestre deste ano.
A estratégia de expansão com franquias baseia-se em um modelo de rede com mais de 150 mil imóveis disponíveis para venda. A empresa quer encerrar o ano com mais de 100 unidades e alcançar 400 lojas até 2028, com um volume de vendas superior a R$ 10 bilhões por ano. A Auxiliadora Predial foi premiada pela 11ª vez com o Selo de Excelência em Franchising pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Para a imobiliária, os investimentos em tecnologia são uma prioridade, mantendo no foco parcerias estratégicas com startups como Pipeimob e Loft. Um sistema de gestão de processos de compra e venda, capaz de agilizar transações e melhorar a experiência do cliente, está nos projetos da Auxiliadora Predial. A empresa encerrou 2023 com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão e planeja atingir R$ 2 bilhões até o final de 2024.
Fonte: Jornal do Comércio