Caixa lança modalidade de crédito voltada para retrofit. Ar-condicionado vira prioridade na busca por imóveis em São Paulo. Leilões imobiliários disparam no Brasil e devem manter crescimento em 2025.
Caixa lança modalidade de crédito voltada para retrofit
A Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito imobiliário voltada para projetos de retrofit, a revitalização de prédios antigos. A modalidade oferecerá benefícios aos incorporadores em relação ao financiamento tradicional voltado a construção de imóveis novos. O anúncio foi feito em um evento do Secovi-SP, nesta quinta-feira (20).
“Como banco da habitação, temos estudado bastante o tema para apoiar o setor”, afirmou Reinaldo Mazzocato, Gerente de Clientes e Negócios de Habitação Para Pessoa Jurídica da Caixa. “A Caixa será a grande parceira do retrofit. Assim como dominamos outros mercados, queremos dominar este”, completou.
A nova linha de crédito segue a onda de crescimento do retrofit em várias cidades brasileiras, principalmente em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Em São Paulo, por exemplo, a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo aprovou 21 projetos de retrofit dentro do Programa Requalifica Centro, dando incentivos fiscais para a atração de investimentos neste tipo de obra e o aumento na oferta de moradia na região central da capital paulista.
Segundo a Caixa, a linha utilizará recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), com taxas de juros abaixo do mercado. Uma novidade é a possibilidade de financiar a compra do imóvel original a ser reformado, além do terreno.
O banco vai antecipar até 50% do valor dos recursos para o incorporador, contra 10% nas linhas tradicionais. A medida pretende atender à concentração de desembolsos no início dos projetos. Recentemente, a legislação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi atualizada para igualar imóveis retrofitados aos novos, facilitando o financiamento e a venda.
No evento do Sinduscon-SP, o representante da Caixa comentou ainda que o banco vai levar ao conselho curador do FGTS a proposta de que recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para atender projetos de retrofit além do MCMV.
Fonte: Diário do Comércio
Ar-condicionado vira prioridade na busca por imóveis em São Paulo
Em meio a uma nova onda de calor que atinge várias regiões do Brasil, o ar-condicionado se tornou critério prioritário nas buscas por imóveis para aluguel ou venda em São Paulo.
De acordo com levantamento da imobiliária digital QuintoAndar, o ar-condicionado aparece em primeiro lugar no ranking dos filtros mais selecionados no portal da marca, seguido por “apartamento cobertura”, “novos ou reformados” e “vista livre”.
O filtro “ar-condicionado” também é frequentemente utilizado pela preocupação dos usuários diante da proibição de instalação do equipamento em alguns condomínios, seja por motivos estéticos ou estruturais.
“Mesmo sendo um imóvel para compra, em que é possível investir e até realizar uma obra para a colocação, muitos condomínios em São Paulo não permitem a instalação do equipamento, seja por motivos estéticos ou estruturais”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Ainda de acordo com a pesquisa, o ranking de 10 termos mais buscados segue com armários de cozinha, churrasqueira, chuveiro a gás, sol da manhã, luminosidade natural e armários embutidos no quarto.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Leilões imobiliários disparam no Brasil e devem manter crescimento em 2025
O volume de leilões imobiliários no Brasil subiu 86% em 2024, totalizando 16 mil propriedades ofertadas, contra 10 mil em 2023, de acordo com dados da plataforma Superbid Exchange. Um crescimento que chama atenção do mercado e promete continuar aumentando o ritmo em 2025.
A expectativa é de um avanço adicional de 70% este ano, impulsionado pela busca por alternativas mais vantajosas frente aos altos custos de financiamento. Em 2024, o número de eventos mais que dobrou, saltando de 4.371 para 8.145, enquanto as vendas cresceram 156,7%.
O levantamento usou como base leilões judiciais, promovidos por ordens de tribunais, e extrajudiciais, frequentemente usados por bancos para a alienação de imóveis dados como garantia.
“Apesar da alta nos juros, os leilões continuarão sendo vantajosos para investidores capitalizados”, afirma Glauber Araújo, gerente de Real Estate da Superbid Exchange. Os descontos podem chegar a 50% do valor de avaliação em leilões judiciais e até 70% em casos de recuperação judicial ou falências.
O perfil predominante dos compradores é de pessoas físicas (92,6%), majoritariamente homens (78,5%), com idade média de 43 anos. Casas lideram as aquisições (30%), seguidas por apartamentos (26,8%) e terrenos urbanos (19,2%).
A atração para o mercado de leilões imobiliários em 2024 é explicada por diversos fatores: a valorização dos imóveis atraiu investidores, enquanto a queda na taxa de juros desde o final de 2023 reduziu os custos de financiamento. Além disso, os leilões judiciais passaram a permitir parcelamento, enquanto os extrajudiciais estenderam os prazos de financiamento para até 35 anos, tornando as aquisições ainda mais atrativas.
Fonte: Veja
Venda de imóveis cresce no Rio e em São Paulo, mas preços ficam abaixo da inflação
O mercado imobiliário nas principais capitais brasileiras apresentou crescimento nas vendas em 2024, apesar dos preços não acompanharem a inflação. No Rio de Janeiro, o número de transações aumentou 15,2%, totalizando 60.887 operações, segundo a plataforma RioM².
Por outro lado, os preços na capital fluminense caíram 2,95% nominalmente, ou 7,78% considerando a inflação de 4,83% medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo o relatório de Compra e Venda do QuintoAndar.
Em São Paulo, o aumento nas transações foi ainda mais expressivo, chegando a 26%, com 195.063 imóveis negociados, conforme dados da plataforma SPm². Os preços subiram 4,28%, ficando abaixo da inflação, resultando em queda real de 0,55%.
Belo Horizonte apresentou o melhor desempenho em termos de preços, com valorização real de 1,1%. O valor médio do metro quadrado na capital mineira (R$ 5.032) superou ligeiramente o do Rio (R$ 5.000), enquanto São Paulo manteve o maior valor (R$ 7.315).
A dificuldade de obtenção de crédito, com os bancos aumentando as taxas de financiamento, tem obrigado muitos a adiar, pelo menos temporariamente, o sonho do imóvel próprio, aponta o levantamento.
“A expectativa de momento ainda é de desaceleração. Dado o cenário atual, a perspectiva para os valores de negociação é de uma desvalorização real dos imóveis ainda mais significativa do que a observada neste último trimestre”, avalia Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Fonte: O Globo