Nordeste lidera inadimplência de aluguel no primeiro semestre de 2024. Bairros altos de Porto Alegre lideram valorização do aluguel no país. Câmara aprova texto de regulamentação patrimonial e imposto sobre ganho com imóveis pode cair a 3%.
Nordeste lidera inadimplência de aluguel no primeiro semestre de 2024
A região Nordeste registrou as maiores taxas de atraso ou não-pagamento de aluguel no país durante o primeiro semestre de 2024, revela o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. O pico ocorreu em fevereiro, com 7,28% dos imóveis inadimplentes, recuando para 5,60% em junho.
Em relação ao Brasil como um todo, o índice também foi elevado em fevereiro (3,86%) e recuou para 3,53%, em junho – o menor percentual do ano.
A região Sul contrasta com o Nordeste, apresentando as menores taxas de inadimplência locatícia, com o índice mais baixo de 2,59% em junho. Entre os estados, Sergipe liderou com 27,38% em fevereiro, enquanto o Espírito Santo registrou apenas 1,19% no mesmo mês.
O desemprego é apontado no estudo como principal fator para essa situação. Segundo o IBGE, o Nordeste teve o maior índice de desemprego do Brasil no primeiro trimestre de 2024, com 11,1% das pessoas sem ocupação formal. Gastos inesperados, falta de planejamento financeiro e problemas de saúde também contribuem para o não pagamento do aluguel.
Para as imobiliárias que precisam reduzir prejuízos causados pela inadimplência, a dica dos especialistas é fazer uma análise financeira rigorosa do locador e exigir garantias, como fiador ou seguro fiança.
O monitoramento da Superlógica foi feito com dados de mais de 800 mil clientes locatários em todo o País, entre casas, apartamentos e imóveis comerciais, que possuem dívida ou que pagaram o boleto com mais de 60 dias de atraso.
Fonte: Jornal do Commercio (SP)
Bairros altos de Porto Alegre lideram valorização do aluguel no país
As enchentes de maio, que destruíram cidades inteiras no Rio Grande do Sul, impactaram significativamente o mercado imobiliário na capital gaúcha, especialmente nos bairros mais elevados que não foram afetados pelas inundações. Seis dos 10 bairros com maior valorização de preços nas principais capitais brasileiras estão em Porto Alegre, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
Em julho, Porto Alegre registrou um aumento recorde de 3,45% nos aluguéis em relação a junho, e 5,2% comparado a abril. Os bairros Mont’Serrat e Rio Branco lideraram as altas, com aumentos de 26,62% e 24,58% nos últimos três meses, respectivamente. Ao longo de 12 meses, esses bairros acumularam valorização de 67,4% e 57,9%.
O gerente de dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, explica que a menor disponibilidade de imóveis e a alta demanda em áreas não afetadas pelas enchentes alteraram a dinâmica local. Dos 25 bairros mais valorizados, 17 estão em Porto Alegre, indicando um crescimento generalizado nos valores em grande parte da cidade.
Em contrapartida, bairros afetados pelas enchentes, como Três Figueiras e Jardim Botânico, sofreram desvalorizações significativas, com quedas de 23,3% e 9,7% nos preços dos aluguéis na comparação anual.
De acordo com o estudo, as duas maiores valorizações no segundo trimestre ocorreram em Belo Horizonte – Havaí e Barro Preto. O bairro Havaí registrou um aumento de 43,69% nos preços, já que oferece custo de vida moderado e opções de moradia para diferentes orçamentos, o que atrai famílias, estudantes e jovens em busca de conforto e comodidade a preços acessíveis. Já o Barro Preto ( 26,95%) destaca-se como um importante polo de moda, atraindo pessoas de todo o Brasil.
Em São Paulo, o bairro Alto de Pinheiros se destaca com valorização de 22,82%. Em Curitiba, chama atenção o Alto da Glória, com aluguel valorizado em 20,23% no trimestre.
Fonte: O Globo
Imposto sobre ganho de capital com imóveis deve cair a 3 por cento
A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência para votação do Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp). O projeto – que foi aprovado no Senado há três anos, mas estava parado na Câmara – permitirá a atualização do valor dos imóveis no Imposto de Renda com pagamento de apenas 3% de IR sobre o ganho de capital, em vez das alíquotas atuais que variam de 15% a 22,5%.
O texto do Rearp estabelece um prazo de 210 dias para a atualização. O pagamento poderá ser feito em quota única ou em até 36 meses, com parcela mínima de R$ 1 mil. Atualmente, a atualização só é possível mediante comprovação de gastos com benfeitorias, obras e reformas.
Além disso, o projeto permite a regularização de bens declarados incorretamente ou não informados à Receita Federal, mediante pagamento de 15% sobre o valor dos ativos, mais multa de 15% sobre o imposto. O contribuinte deverá comprovar a origem lícita dos recursos utilizados na aquisição.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) informou que o governo ainda analisará o texto e que podem ocorrer mudanças. O projeto impõe restrições, como a não aplicação para bens alienados anteriormente e a validade apenas para a terra nua em imóveis rurais.
Fonte: Valor Econômico
Corretores de imóveis mantêm papel crucial nas transações, aponta estudo
A grande maioria dos envolvidos em transações imobiliárias considera o corretor de imóveis uma peça fundamental no processo. De acordo com pesquisa conduzida pelo Grupo OLX, utilizando dados dos portais ZAP e Viva Real, 87% dos entrevistados classificam os profissionais como importantes ou muito importantes.
O estudo destaca as principais funções valorizadas pelos clientes em busca de imóveis. A negociação com proprietários lidera a lista com 24%, seguida de perto pela condução de visitas aos imóveis (23%) e o fechamento de contratos (18%). Curiosamente, quase metade dos respondentes (46%) enfatiza a importância do corretor em todas as etapas do processo, demonstrando o valor abrangente desses profissionais.
A agilidade na comunicação aparece como a característica mais apreciada nos corretores: 54% dos entrevistados valorizam respostas rápidas e esclarecimento de dúvidas. Um portfólio diversificado de imóveis (48%) e habilidades de negociação (42%) também são altamente valorizados pelos clientes.
Do lado dos proprietários, a pesquisa revela que a principal vantagem em contratar um corretor é a redução de riscos e problemas durante a transação (58%). Além disso, a capacidade de mediar negociações (48%) e a experiência profissional (41%) são fatores determinantes na escolha de um corretor.
Fonte: Estadão