Crescimento do Crédito Imobiliário aumenta otimismo dos bancos. Funding da habitação: Bradesco critica novas regras para LCI e Caixa defende “conjunto de ações”. Zona Sul do Rio atrai investimentos imobiliários após obras de infraestrutura.
Crescimento do crédito imobiliário aumenta otimismo dos bancos
Os principais bancos do Brasil estão otimistas quanto à evolução do crédito imobiliário em 2024, apesar das expectativas iniciais de estabilidade ou queda nos empréstimos. No primeiro semestre de 2024, o volume financiado atingiu R$ 82,1 bilhões, um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Abecip. A expectativa é de que o crédito imobiliário cresça 7,6% em 2024, alcançando R$ 164 bilhões.
Durante o Abecip Summit, evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, realizado nesta quinta-feira (22), Thales Ferreira Silva, do Itaú, observou que a melhora no ambiente macroeconômico, com queda no desemprego e aumento da massa salarial, impulsionou o consumo e a decisão de compra de imóveis, auxiliada pela redução da taxa Selic.
Romero Gomes de Albuquerque, do Bradesco, também compartilhou uma visão positiva para o segmento, afirmando que a atividade de financiamento imobiliário deve se manter forte no segundo semestre. “Estou otimista. O ano começou com timidez, mas hoje já esperamos um ano de crescimento”, disse Albuquerque, ressaltando a importância dessa carteira para o banco e seus concorrentes.
“Continuamos observando demanda aquecida, refletida nas contratações”, afirmou Antônio Chiarello, do Banco do Brasil, mencionando a confiança dos clientes em realizar financiamentos imobiliários. Segundo ele, a demanda contínua por crédito imobiliário é impulsionada por uma situação macroeconômica favorável e ofertas comerciais atraentes.
Fonte: E-investidor/Estadão
Funding da habitação: Bradesco critica novas regras para LCI e Caixa defende “conjunto de ações”
As recentes mudanças nas regras das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e a relação com o funding habitacional têm gerado debates intensos entre participantes do mercado imobiliário brasileiro. De acordo com o diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Romero Gomes de Albuquerque, as novas regulamentações impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) resultaram no encarecimento do funding imobiliário.
lbuquerque explica que o aumento do prazo de vencimento das LCIs de três para 12 meses obrigou os bancos a pagarem prêmios mais altos, afetando diretamente o custo do financiamento. Essa mudança, embora visasse corrigir certos “exageros” no mercado, acabou tendo um impacto negativo na liquidez e na atratividade desses instrumentos para os investidores. “Muita gente fugiu do instrumento para ações e fundos” depois da mudança de prazo, afirmou.
No mesmo sentido, Sandro Gamba, presidente da Abecip, reforçou as críticas às alterações das regras, reafirmando que as LCIs, assim como as Letras Imobiliárias Garantidas (LIG), foram importantes para a transição das fontes de financiamento imobiliários, com aumento de instrumentos bancários e do mercado de capitais. “A LCI foi fundamental, mas houve o impacto das mudanças de regras”.
Por outro lado, Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, acredita que não existe uma “bala de prata” para resolver a questão da captação de recursos para a habitação. Ela argumenta que é necessário um conjunto de ações para abordar o problema, já que a questão não é apenas aumentar a disponibilidade de recursos, mas manter os financiamentos acessíveis.
“Não é que não tem dinheiro, o que queremos é que ele não custe mais do que custa hoje”, disse Magalhães durante coletiva sobre os resultados do banco no segundo trimestre.
Carlos Vieira, presidente da Caixa, acrescenta que, embora a discussão sobre mudanças significativas no funding não seja rápida, ainda há tempo para encontrar soluções até o final do ano. Ele cita possíveis alternativas, como ajustes no compulsório da poupança e a abertura para investimentos de fundos de pensão em crédito imobiliário, sinalizadas positivamente pela Susep.
Apesar dos desafios, o cenário não é totalmente negativo. Marcos Brasiliano, vice-presidente financeiro da Caixa, aponta para sinais positivos na economia que podem ajudar na adimplência e na antecipação de amortizações. A Caixa registrou um recorde de contratações de crédito habitacional no primeiro semestre, totalizando R$ 112,6 bilhões, um aumento de 31,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: Valor Econômico
Zona Sul do Rio de janeiro atrai investimentos imobiliários
O mercado imobiliário da Zona Sul do Rio de Janeiro passa por uma transformação este ano, atraindo investidores e compradores para a região. Segundo o Sinduscon-Rio, as vendas de unidades residenciais aumentaram 18% em 2023, na comparação com o ano anterior, com expectativas ainda mais positivas para 2024 devido ao cenário macroeconômico positivo.
Laiza Delduque, gerente de vendas da CEMA, tradicional imobiliária no Flamengo, destaca o aumento expressivo na procura por imóveis na região, que elevaram a valorização no Flamengo e Botafogo, resultado de melhorias na infraestrutura, aumento da segurança pública e demanda por imóveis de alto padrão. Laiza lembra que só o Aterro – com suas áreas verdes – teve um aumento de 21% nas vendas em 2022.
A revitalização da área inclui a abertura de novos estabelecimentos gastronômicos e empreendimentos imobiliários modernos, e a região oferece uma combinação atrativa de escolas renomadas, transporte conveniente e serviços essenciais, tornando-a desejável para famílias e jovens profissionais.
Fonte: Broadcast
PipeImob recebe aporte de R$ 4,5 milhões
A PipeImob, startup especializada em soluções de gestão para o setor imobiliário, anunciou um investimento total de R$ 4,5 milhões, incluindo R$ 2 milhões da Latitud Ventures. Com o novo aporte, a proptech planeja implementar ferramentas adicionais para facilitar ainda mais o processo de venda de imóveis.
Nos últimos cinco meses, a PipeImob atuou nas transações de mais de quatro mil imóveis, totalizando cerca de R$ 2,5 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) e gerando aproximadamente R$ 150 milhões em comissões.
Fundada em 2022, a empresa tem clientes como Loft, RE/MAX e Keller Williams e presença em mais de 10 estados, e espera atingir R$ 1 bilhão em volume de imóveis transacionados mensalmente em sua plataforma nos próximos três meses.
Fonte: Startupi