Setor imobiliário acompanha queda do dólar e potencial de melhora do mercado. Pesquisa aponta que um terço dos clientes começa busca por imóvel online. Veto de Lula à isenção tributária de FIIs pode ser derrubado pelo Congresso.
Setor imobiliário acompanha queda do dólar e potencial melhora do mercado
A cotação do dólar no mercado brasileiro atingiu cifra abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde dezembro, animando alguns setores por aqui. O movimento descendente da moeda norte-americana ocorreu com a posse de Donald Trump como o 47º presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro. A variação está relacionada às possíveis mudanças nas políticas de tarifas comerciais prometidas pelo novo chefe da Casa Branca.
O setor imobiliário brasileiro recebeu positivamente a notícia do alívio cambial, já que o dólar influencia diretamente este mercado, impactando desde os insumos à construção. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) chegou a registrar aumento de 0,41% em abril de 2024, a maior taxa desde setembro de 2022, com acumulado de 2,51% no último ano.
Além de diminuir custos do setor no Brasil, a queda da moeda norte-americana pode estimular investidores internos a buscarem também o mercado imobiliário dos EUA. “O brasileiro residente no Brasil segue comprando bastante e escolhendo, principalmente, investimentos em construções porque o giro é rápido e a rentabilidade excelente”, afirma Alexandre Fraga, brasileiro residente na Flórida e atuante no setor.
Embora especialistas não garantam a manutenção dessa redução do dólar, a notícia é bem-vinda para o planejamento de investimentos imobiliários neste início de ano, que já está pressionado com a alta dos juros.
Fonte: Veja
Pesquisa aponta que um terço dos clientes começa busca por imóvel online
Redes sociais, sites e aplicativos imobiliários lideram a preferência de quem busca imóveis, de acordo com pesquisa da Loft em parceria com a Offerwise. Segundo o levantamento, um terço dos entrevistados (34%) utiliza canais digitais, como TikTok e portais que agregam anúncios de diferentes imobiliárias, no início da jornada de busca.
No entanto, alternativas tradicionais ainda têm espaço relevante: indicações de amigos ou familiares, por exemplo, foram mencionadas por 29%. O estudo ainda identificou que meios menos comuns de busca incluem leilões (8%) e grupos de WhatsApp (13%).
“As pessoas tentam mesclar o melhor dos dois mundos. Elas buscam tanto a praticidade e agilidade dos meios digitais quanto a segurança e maior personalização que o atendimento presencial com corretores proporciona”, avalia Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. “A pesquisa evidencia que, apesar da predominância do digital, estratégias que combinem abordagens online e presenciais podem alcançar um público mais diverso e atender melhor às diferentes demandas do mercado.”
O estudo foi realizado de forma quantitativa em novembro de 2024, por meio de questionário que contou com 1.200 respondentes, distribuídos igualmente entre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.
A pesquisa evidencia como a transformação digital tem moldado a forma como imóveis são procurados e encontrados no Brasil.
Fonte: Portal VGV
Veto de Lula à isenção tributária de FIIs pode ser derrubado pelo Congresso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou, em 16 de janeiro, um trecho da Reforma Tributária que isentava Fundos Imobiliários (FIIs) e Fiagros do pagamento da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Entretanto, o Congresso Nacional pode derrubar o veto e acabar com a taxação.
André Oliveira, analista do BB Investimentos, aponta três motivos que sustentam a possibilidade: o Ministério da Fazenda refutou a intenção de tributar os fundos; advogados tributaristas alertam que o veto pode afetar todos os fundos, não apenas FIIs e Fiagros; e esses fundos são fontes de financiamento para setores influentes.
“Os FIIs e Fiagros são considerados veículos importantes de financiamento de setores com elevado nível de influência nas casas legislativas federais, em Brasília”, afirma o executivo do BB em relatório.
Mesmo se o veto for mantido, Oliveira ressalta que os dividendos dos FIIs seguem isentos de impostos, pois a reforma trata do consumo, não da renda. Contudo, uma possível taxação poderia impactar indiretamente os dividendos, com uma alíquota estimada em torno de 9% nas receitas dos FIIs.
O analista prevê que o mercado buscará equilíbrio para compensar essa cobrança adicional, seja exigindo maior prêmio em novas estruturações de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) ou via contratos de locação mais caros. A implementação seria gradual, com período de transição entre 2026 e 2032.
Fonte: E-investidor
Quais são as ruas de São Paulo com maior valorização imobiliária em 2024?
Com excelentes índices no mercado imobiliário da capital paulista em 2024, os bairros Vila Nova Conceição, Vila Olímpia, Tatuapé e Santa Cecília lideram entre as ruas onde os imóveis mais se valorizaram em relação ao ano anterior. Levantamento da Loft, baseado no ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), revelam as vias deste ranking na cidade.
A pesquisa analisou as 700 ruas mais valorizadas da capital. Entre as 30 vias com maiores crescimentos, destacam-se Vila Nova Conceição, com quatro endereços na lista, e Santa Cecília, com três.
A Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição, liderou com uma valorização de 220%, atingindo um tíquete médio de R$ 6,3 milhões. Em seguida, a rua Helion Póvoa, na Vila Olímpia, apresentou aumento de 187%, com valor médio de R$ 2,7 milhões. A Cel. Gustavo Santiago, no Tatuapé, completou o pódio com elevação de 171% e valor médio de R$ 2,6 milhões.
“O mercado imobiliário viveu em um ano aquecido na compra e venda. Essas ruas são o expoente desse movimento”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Ele destaca que a localização privilegiada e a disponibilidade de imóveis maiores contribuíram para o aumento do tíquete médio.
Além das áreas já mencionadas, a subida de preços espalhou por diversas regiões da capital paulista, abrangendo tanto áreas tradicionalmente valorizadas quanto bairros em ascensão.
No Brooklin, a rua Funchal alcançou um tíquete médio de R$ 2,25 milhões, enquanto em Moema Pássaros, a rua Marcos Lopes atingiu R$ 3,58 milhões.
O Itaim Bibi viu a rua Jacurici chegar a R$ 4,54 milhões, e no Jardim Europa, a rua Tucumã se destacou com R$ 11,91 milhões. Em Perdizes, a Dr. Cândido Espinheira registrou valor médio de R$ 2,27 milhões.
Fonte: IstoÉ Dinheiro