Em recuperação, crédito imobiliário deve bater recorde em 2024. Jardins e Morumbi lideram ranking das ruas com as casas mais caras de São Paulo (SP). Procura por apartamentos em Porto Alegre dispara 40,2% após enchente.
Em recuperação, crédito imobiliário deve bater recorde em 2024
O crédito imobiliário se recuperou no primeiro semestre de 2024, com a retomada da captação líquida da poupança. O volume financiado atingiu R$ 82,1 bilhões, um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A poupança, que vinha preocupando o setor diante das perdas de R$ 196 bilhões desde 2021, apresentou alta de 3,3% no semestre, logo após a redução da Selic para 10,5% ao ano.
A Abecip projeta que a concessão de novos empréstimos para aquisição da casa própria deve fechar 2024 com recorde histórico. Em junho, foram financiados 50,4 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção, um aumento de 3,6% em relação a maio e de 21,1% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Sandro Gamba, presidente da Abecip, afirma que não faltarão recursos aos bancos para conceder crédito a quem comprou imóvel na planta. “Há outros instrumentos que estão suportando o crescimento do mercado imobiliário para as próximas décadas”.
Apesar da queda da Selic e da inflação, Gamba não prevê uma redução nas taxas de juros dos financiamentos, atualmente em torno de 12%. No entanto, acredita que os preços dos imóveis podem subir nos próximos meses devido ao baixo estoque do setor, especialmente em São Paulo, onde a demanda supera a oferta.
Em 2023, os preços dos imóveis na capital paulista subiram 7,22%, acima da inflação acumulada de 4,62%, segundo o IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário – Residencial), elaborado pela Abecip.
Fonte: Folha de S.Paulo
LCIs são a chave para impulsionar o financiamento habitacional, diz Abecip
As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) estão se mostrando uma alternativa promissora para alavancar o financiamento imobiliário no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a participação das LCIs nos financiamentos dobrou em dois anos, saindo de um volume de distribuição de R$ 180 bilhões em junho de 2022 para R$ 363 bilhões até junho deste ano. Enquanto, no mesmo período, o saldo do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) na captação de recursos caiu R$ 16 bilhões para os atuais R$ 763 bilhões.
O crescimento seria ainda maior se não fosse uma recente resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), que modificou os lastros elegíveis e os prazos de vencimento da LCI, assim como da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e da Letra Imobiliária Garantida (LIG).
Em janeiro, o volume de emissão de LCI era de R$ 30,7 bilhões. Em maio, caiu para R$ 12,9 bilhões. Com a redução da emissão e da liquidez, houve impacto na taxa de emissão. “O custo aumentou e isso interfere muito na distribuição. É importante que seja retomada uma discussão para reduzir novamente o prazo mínimo de vencimento”, afirma Sandro Gamba, presidente da Abecip. Ele defende a retomada do prazo mínimo de vencimento das LCIs para 90 dias, como era anteriormente.
“Nós temos um instrumento que já foi testado pelo mercado e bastante relevante. Nosso pleito é pela retomada do prazo anterior. Temos conversado com todos os stakeholders envolvidos e apresentados dados de como este instrumento é importante”, afirma Gamba.
O impacto positivo das LCIs para o funding do setor imobiliário fica evidente em números: enquanto a participação da poupança na estrutura de funding caiu de 44% em 2022 para 34% até junho de 2024, a participação das LCIs aumentou de 10% para 16% no mesmo período.
Com os ajustes necessários, as LCIs podem se tornar um pilar fundamental para o crescimento sustentável do mercado imobiliário brasileiro, extinguindo a dependência da poupança, prevê a Abecip.
Fonte: Exame
Procura por apartamentos em Porto Alegre dispara 40,2 por cento após enchentes
A procura por apartamentos em Porto Alegre aumentou 40,2% em junho, em comparação com maio, segundo levantamento realizado pela Loft, com base em anúncios de compra e venda da plataforma.
O movimento foi impulsionado pela intensificação na busca por moradias em locais não afetados pelas enchentes e inundações. O levantamento também revelou que a preferência dos compradores é por unidades com dois dormitórios, dois banheiros e uma vaga de garagem.
Ainda de acordo com levantamento, também houve mudanças nas preferências por comodidades: em maio, a utilização do filtro churrasqueira caiu 15%, enquanto a do filtro academia subiu 27%.
Na Foxter Cia.Imobiliária, que atua há mais de dez anos na capital gaúcha, os bairros mais procurados no período foram Petrópolis, Centro Histórico, Jardim Itu, Morro Santana e Partenon.
A tendência de alta ocorre após a venda de imóveis ter despencado 55% em maio, mês das enchentes históricas no Rio Grande do Sul.
Fonte: Zero Hora
Jardins e Morumbi lideram ranking das ruas com as casas mais caras de São Paulo
Levantamento feito pela startup Loft mostra que o Jardim Paulistano e o Morumbi possuem as casas mais valorizadas da capital paulista. Após analisar 15 mil imóveis vendidos entre maio de 2023 e maio de 2024, a pesquisa constatou que residências localizadas nas ruas Argentina e México, no Jardim Paulistano, tiveram o preço médio mais alto da cidade, ultrapassando R$ 30 milhões. A rua Araporé, no Morumbi, aparece em terceiro lugar, com casas vendidas por um preço médio acima de R$ 23 milhões.
“A região dos Jardins se destaca pela valorização tanto das casas quanto dos apartamentos. É uma área com proximidade de importantes polos comerciais e de serviços, como a Faria Lima e a Paulista, e dos parques Ibirapuera e do Povo”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Entre as 20 ruas com os imóveis mais valorizados, a média de preço das transações foi de R$ 13,1 milhões, com área média de 568 m². O levantamento considerou imóveis registrados na base oficial da Prefeitura de São Paulo (ITBI), com pelo menos duas transações no período analisado.
“O levantamento ajuda quem quer conhecer mais do mercado. Sabendo os polos mais valorizados da cidade, o comprador pode buscar opções mais acessíveis próximas a essas áreas”, aponta Takahashi. Segundo a Loft, o preço em uma mesma via pode variar mais de 200%.
Fonte: Casa e Jardim