Studios ganham espaço no mercado de alta renda nas grandes capitais e deixam de ser nicho. Venda de imóveis cresce 15% no primeiro trimestre em Belo Horizonte. Valor médio do metro quadrado em Maceió ultrapassa os R$ 28 mil.
Studios ganham espaço no mercado de alta renda nas grandes capitais e deixam de ser nicho
O interesse por imóveis compactos, como studios, está crescendo entre consumidores de alta renda nas principais capitais brasileiras. O Índice de Confiança no Setor Imobiliário Loft, feito em parceria com a Offerwise, aponta que 18% dos compradores da ‘Classe A’ que estão interessados em fechar negócio nos próximos seis meses buscam esse tipo de imóvel, quase o dobro da média geral de 10%.
“O studio combina três fatores cada vez mais valorizados: liquidez, retorno estável e demanda consistente”, explica Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft. A pesquisa ouviu 1.400 pessoas em seis capitais brasileiras entre março e abril de 2025.
O valor médio de locação para imóveis de até 30 m² varia de R$ 1.200 no Rio de Janeiro (RJ) a R$ 1.899 em São Paulo (SP). A busca por imóveis como estratégia de renda também aumentou, com o percentual de interessados em comprar para alugar subindo de 10% em janeiro para 14% em abril.
Um dos pontos que mais chama atenção no levantamento é a faixa etária de quem está buscando estúdios: a maior procura está entre pessoas com 55 anos ou mais (14%), um perfil que tradicionalmente buscava imóveis maiores.
Takahashi explica que o studio deixou de ser um produto de nicho e passou a ocupar uma posição estável nas estratégias de investimento imobiliário da ‘Classe A’. Essa demanda encontra respaldo no mercado de locação: 25% dos interessados em alugar apartamentos pertencem a essa faixa econômica.
Levando em conta todas as classes sociais, 44% dos interessados em comprar um imóvel no próximo semestre estão focados em unidades de até R$ 350 mil.
Fonte: InfoMoney
Venda de imóveis cresce 15 por cento no primeiro trimestre em BH
As vendas de imóveis residenciais em Belo Horizonte (MG) subiram 15% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024, segundo levantamento da Loft.
Os bairros que mais cresceram em vendas foram Jaqueline (152%), Jardim América (110%) e Palmeiras (91%). “Esses bairros mostram que há demanda tanto nas regiões centrais e tradicionais quanto em áreas mais periféricas, onde há novos empreendimentos e preços mais acessíveis”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O preço médio dos imóveis no bairro Jaqueline foi de R$ 209 mil no primeiro trimestre. Segundo Takahashi, o bairro Jaqueline tem atraído compradores pela oferta de imóveis com valor mais baixo, o que é uma vantagem em um contexto de crédito mais restrito.
Em números absolutos, o Buritis lidera o ranking com 251 transações entre janeiro e março de 2025, alta de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na sequência aparecem Castelo (179), Lourdes (150) e Sagrada Família (136), este último com crescimento de 49% entre os mais vendidos.
“Lourdes e Sion continuam com grande apelo por sua localização e infraestrutura, mesmo com tíquetes mais altos”, destaca Takahashi. O estudo da Loft analisou 8,6 mil transações realizadas de janeiro a março nos dois anos, com base nos dados oficiais de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) da Prefeitura, considerando bairros com pelo menos 20 transações em 2024.
Fonte: O Tempo
Valor médio do metro quadrado em Maceió ultrapassa os R$ 28 mil
O mercado imobiliário de alto luxo na capital alagoana Maceió registra o metro quadrado mais valorizado do Nordeste, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O preço médio desses imóveis na cidade atingiu R$ 28.389,00 por metro quadrado, considerando os lançamentos de 2014.
A Abrainc, que considera como alto luxo imóveis com valor acima de R$ 3 milhões, realizou um estudo com dados de lançamentos, vendas e valor médio do metro quadrado das capitais nordestinas em 2024. A pesquisa revelou que, no ano passado, foram lançados 506 imóveis de alto padrão em Maceió, representando um crescimento disparado de 254%.
Segundo o presidente da Abrainc, Luiz França, o mercado de alto padrão no Nordeste em 2024 se mostrou dinâmico e promissor, um “reflexo do amadurecimento do setor e a crescente valorização da região como destino de moradia qualificada e investimento”.
Na capital alagoana, os imóveis de alto luxo concentram-se principalmente na região litorânea. Segundo o estudo da Abrainc, o público comprador deste segmento geralmente não depende de financiamento e busca produtos sofisticados e bem localizados. Além da qualidade de vida,os compradores buscam ganho patrimonial de longo prazo, considerando os imóveis como ativos de alta qualidade.
No ranking do metro quadrado de imóveis de luxo no Nordeste, a cidade de Fortaleza aparece em segundo lugar com R$ 18.477,00/m2, seguida por Recife (R$ 17.935,00/m2), Salvador (R$ 16.777,00/m2), São Luís (R$ 15.950,00/m2) e João Pessoa (R$ 12.913,00/m2).
Fonte: g1
Quanto custa comprar um imóvel no exterior? Veja preços e locais mais desejados
Estados Unidos (especialmente a Flórida), Península Ibérica e Uruguai são os principais destinos do capital brasileiro para aquisição de imóveis internacionais. A maioria das compras visa moradia, embora locações de curta duração também atraiam investidores que buscam renda em moedas fortes.
Segundo a consultoria CBRE, o gasto médio com imóveis em Portugal é de € 500 mil (R$ 3,2 milhões), podendo chegar a € 5 milhões (R$ 32 milhões) em regiões como Cascais. Em Lisboa, o metro quadrado de propriedades residenciais custa € 6 mil (R$ 38 mil), enquanto em Madri, na Espanha, varia entre € 7 mil e € 7,5 mil (R$ 45 mil e R$ 48 mil).
O potencial de valorização do mercado imobiliário em Portugal tem atraído os brasileiros, se levar em consideração países próximos. Em relação à França (€ 70 por metro quadrado) ou Reino Unido (€ 100 por metro quadrado), Portugal ainda é vantajoso, aponta Edson Ferrari, diretor de investimentos e gestão de ativos da CBRE. “Faz sentido para o investidor brasileiro entrar nesses mercados”.
Nos Estados Unidos, os brasileiros preferem a Flórida, especialmente Miami e Orlando. Álvaro Coelho da Fonseca, presidente da imobiliária de luxo Coelho da Fonseca, afirma que um imóvel de alto padrão nos EUA custa acima de US$ 1 milhão, enquanto em Portugal seria acima de € 800 mil. Em Punta Del Este, Uruguai, o preço fica em torno de R$ 5 milhões.
No Vale do Silício (Califórnia), casas de alto padrão podem custar em média US$ 10 milhões. Segundo Pedro Henrique Vendramini, da One Wealth Management, clientes de alta renda costumam ter entre 20% e 60% do patrimônio aplicado em imóveis, com gasto médio entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão no exterior.
Especialistas recomendam avaliar cada compra individualmente para estruturar a melhor forma de aquisição, considerando legislação local, questões tributárias e responsabilidades do proprietário.
Fonte: Estadão