Saiba onde estão os maiores e menores imóveis à venda em BH e Floripa. Plano&Plano aposta em apartamentos compactos para viabilizar moradia popular. Com média renda pressionada, Lopes investe em portfólio de luxo.
- Saiba onde estão os maiores e menores imóveis à venda em BH e Floripa
- Plano&Plano aposta em apartamentos compactos para viabilizar moradia popular
- Lopes aposta em imóveis de luxo acima de R$ 5 milhões diante da pressão no segmento médio
- Limites do uso de IA no mercado imobiliário: soluções realistas mostram resultados em meio a expectativas infladas
Saiba onde estão os maiores e menores imóveis à venda em BH e Floripa
Levantamento feito pela Loft mostra em quais bairros estão os maiores apartamentos nas capitais de Minas Gerais e Santa Catarina, e a disparidade de tamanhos das unidades entre os bairros. Em Florianópolis, Jurerê, Cacupé e Ratones lideram com imóveis acima de 270 m², segundo análise de 62 mil anúncios entre janeiro e maio. Outros destaques incluem os bairros Sambaqui (259 m²) e Canto da Lagoa (230 m²).
Na contramão, bairros como Alto Ribeirão Leste, Vargem do Bom Jesus e Monte Verde apresentam imóveis com metragem inferior a 105 m², atendendo público com orçamento mais restrito. Trindade, Coloninha, Itacorubi e Saco dos Limões também registram médias reduzidas, entre 107 m² e 113 m².
“Bairros como Jurerê e Cacupé têm tradição de imóveis de alto padrão, voltados para um público que busca localização privilegiada e vista para o mar”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da empresa.
Em Belo Horizonte, a disparidade é ainda mais acentuada. Mangabeiras lidera com impressionantes 638 m² de média, seguido por Garças (529 m²) e Bandeirantes (456 m²). O estudo analisou 89 mil anúncios na capital mineira.
No extremo oposto, Paulo VI registra apenas 66 m² de média, enquanto Jaqueline e Estrela do Oriente apresentam 79 m² e 81 m², respectivamente. Os bairros com menores imóveis estão localizados na periferia da cidade.
Segundo Takahashi essas informações são cruciais para quem busca um imóvel na cidade. ”Esses dados ajudam as pessoas que estão procurando imóveis na cidade, te ajuda a ter uma ideia geral dos bairros, do perfil dos imóveis que estão em determinadas regiões que podem interessar essa pessoa que pensa em comprar, mas também até para quem vai alugar, a característica dos imóveis é parecida”, explica.
Fontes: Rádio Itatiaia e NSC Total
Plano&Plano aposta em apartamentos compactos para viabilizar moradia popular
No Brasil do Minha Casa, Minha Vida, o segmento econômico tornou-se frutífero para construtoras que decidiram focar no setor, como a Plano&Plano. A redução de metragem é uma das estratégias da empresa.
“Não vejo essa diminuição como um demérito, mas como uma estratégia para continuar produzindo moradia de qualidade para as pessoas que precisam ter onde morar”, argumenta Renee Silveira, diretora de incorporação da empresa. A construtora reduziu a área média dos apartamentos de 41-45 m² para 32-37 m² após a pandemia.
A executiva defende que a redução da metragem é estratégia para produzir moradia de qualidade. “Não adianta construir um imóvel de 40 metros quadrados, com uma varanda incrível, se cliente não consegue pagar”, complementa.
A Plano&Plano registrou crescimento de 39,9% em lançamentos em 2024, alcançando R$ 3,3 bilhões. A construtora atua principalmente na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), atendendo famílias com renda até R$ 2.850.
“Desde 2022, estamos crescendo repetidamente mais de 30% em lançamentos e vendas”, diz Renee. Em São Paulo, 22 a cada 100 apartamentos vendidos via MCMV são da Plano&Plano.
A Plano&Plano tem 35 mil unidades em produção em 65 canteiros e planeja expandir além de São Paulo, com projetos no interior paulista e estudos para outros estados. A empresa utiliza a técnica de alvenaria estrutural há muitos anos, considerada mais econômica, rápida e duradoura.
A geração Z representou 23% do público da construtora em 2024 e enxerga a compra do imóvel como segurança financeira. Esse perfil prefere espaços menores, não deseja acumular muitas coisas e é mais aberto a conviver em áreas compartilhadas, preferindo usar rooftops para reunir amigos ao invés de fazer festas em casa.
Fonte: Estadão
Lopes aposta em imóveis de luxo acima de R$ 5 milhões diante da pressão no segmento médio
Diante de um mercado mais apertado para o segmento de média renda, que depende mais dos financiamentos, a imobiliária Lopes reforçou seu portfólio de imóveis de luxo com o lançamento do selo LPS (Luxury Properties Selection) em abril de 2024. A empresa projeta intermediar R$ 1,3 bilhão em valor geral de venda (VGV) em 2025 no segmento, que tem se destacado neste momento no país.
“Fizemos curadoria no site e chegamos a 5 mil imóveis”, afirma Cyro Naufel Filho, diretor de relações com investidores da Lopes. O valor representa cerca de 10% do que toda a empresa intermediou no ano passado.
Dados do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) mostram que foram lançadas 1,4 mil unidades com mais de 180 m² em São Paulo em 2024, ante 1,2 mil em 2023.
A Lopes selecionou 80 corretores especializados para atender o segmento de luxo, distribuídos entre franquias e estandes de lançamentos. “O corretor tem que estar muito bem preparado para a hora que o cliente chamar, senão vai ser trocado, igual se faz com motorista de Uber ou entregador do iFood que demora”, compara Naufel. Ele ressalta que o cliente agora, muitas vezes, se informa sozinho sobre os projetos.
Na área de crédito, a joint venture CrediPronto, parceria da Lopes com o Itaú, participou da concessão de R$ 1,3 bilhão em financiamentos no primeiro trimestre, crescimento de 172% sobre 2024. O avanço acompanha a tendência do setor, que vem ampliando o crédito para pessoas físicas, em detrimento dos financiamentos para construtoras.
“O que está limitando a concessão do crédito não é a taxa de juros, mas a escassez de recursos”, explica o executivo sobre o maior rigor dos bancos nas aprovações. Apesar do crescimento em volume, um mesmo número de simulações tem resultado em menos aprovações.
Fonte Valor Econômico
Limites do uso de IA no mercado imobiliário: soluções realistas mostram resultados em meio a expectativas infladas
Startups brasileiras desenvolveram soluções eficazes de Inteligência Artificial (IA) para o mercado imobiliário. A tecnologia varre portais, sites e bases online automaticamente, organizando informações e preenchendo fichas técnicas dos imóveis sem depender do trabalho manual de corretores.
“É um tipo de solução mais realista, porque entende as limitações operacionais do setor”, explica Luis Veloso, COO (Chief Operating Officer) da Morada.ai. Outras empresas construíram estrutura flexível que alterna entre diferentes modelos de IA conforme tipo de conversa, idioma ou carga de dados.
No entanto, apesar dos avanços, a avaliação de alguns participantes desse mercado é de que o setor vive momento de expectativas infladas. “De uns meses pra cá, brotaram soluções de IA para o mercado imobiliário por todo lado”, observa Veloso sobre a proliferação de aplicativos prometendo tours virtuais com chat inteligente e plataformas que afirmam responder qualquer dúvida sobre imóveis.
O problema surge quando os sistemas “alucinam, erram ou simplesmente não entregam o que prometem”. Casos em outros setores servem de alerta: a Air Canada foi obrigada a cumprir reembolso criado por chatbot que inventou política inexistente.
“No mercado imobiliário, o risco é parecido, só que mais silencioso. Clientes mal atendidos, informações imprecisas e processos enviesados podem não gerar manchetes, mas corroem a confiança na empresa”, alerta o executivo.
“A IA não é uma solução de negócio para qualquer empresa. Mas se for bem aplicada, sem exageros e promessas messiânicas, pode, sim, ser um bom serviço”, afirma Veloso.
Fonte: Diário do Comércio