Alta demanda estimula vendas de imóveis em estoque, mas lançamentos oscilam. Mansão mais cara do Brasil é vendida no Leblon e dará lugar a loteamento de alto padrão. Imóveis mais caros do Rio estão em ruas da Barra e Jardim Botânico.
- Alta demanda estimula vendas de imóveis em estoque, mas lançamentos oscilam
- Mansão mais cara do Brasil é vendida no Leblon e dará lugar a loteamento de alto padrão
- Imóveis mais caros do Rio estão em ruas da Barra e Jardim Botânico
- Justiça paulista anula arbitragem e despejo de inquilino do QuintoAndar
Alta demanda estimula vendas de imóveis em estoque, mas lançamentos oscilam
As prévias operacionais das incorporadoras brasileiras no terceiro semestre de 2024 mostram que a demanda por imóveis novos permanece elevada. De acordo com analistas do Itaú BBA, houve um aumento consolidado no valor das vendas líquidas de 6% para as incorporadoras de média e alta renda, e de 33% para as empresas que atuam no segmento econômico, do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em relação mesmo período de 2023.
No entanto, os lançamentos apresentaram comportamentos distintos. O segmento econômico teve alta consolidada de 40% na comparação anual e de 44% na trimestral, impulsionado pelas atuais condições do MCMV. Já no setor de média e alta renda, houve queda de 37% no valor dos lançamentos, em relação ao segundo trimestre do ano passado.
O ritmo menor de lançamentos na média e alta renda teve efeito positivo sobre o estoque de unidades novas disponíveis para compra. O prazo para consumo de todo o inventário disponível caiu de 19 para 14 meses, menor patamar desde 2021, segundo a análise do Itaú BBA.
A Cyrela acredita que os lançamentos neste segmento vão se recuperar até o final do ano, de acordo com análises da construtora.
No primeiro semestre, as companhias que atuam no segmento foram afetadas por atrasos na aprovação de novos empreendimentos por parte da prefeitura de São Paulo, devido a mudanças do Plano Diretor da capital e da Lei de Zoneamento. Em junho, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) comunicou que o atraso nas aprovações já havia sido resolvido.
Fonte: Valor Econômico
Mansão mais cara do Brasil é vendida no Leblon e dará lugar a loteamento de alto padrão
A mansão mais cara do Brasil, localizada no Jardim Pernambuco, área nobre do Leblon, no Rio de Janeiro, foi vendida para a construtora Mozak, que planeja lotear o terreno, podendo abrigar casas que, juntas, podem valer até R$ 500 milhões. O imóvel de 2,5 mil metros quadrados, ocupa um terreno de 11 mil metros quadrados e foi anunciado por R$ 220 milhões.
“Morar na Zona Sul em uma casa é um privilégio gigantesco. Está em uma ilha que é o número 1 do mercado, o mais procurado para esse nicho de altíssimo padrão, que é o Jardim Pernambuco, a joia da coroa, o mais seguro, mais lindo de todos e exclusivo”, afirmou o diretor da imobiliária responsável pelo negócio, Paulo Cézar Ximenes.
A Mozak pretende dividir o terreno em, no máximo, 12 lotes, com tamanhos de até 1.500 metros quadrados. As casas serão independentes, conforme a legislação do Jardim Pernambuco, e segundo a construtora, não haverá impacto negativo na região.
A mansão vendida foi construída pela família Amaral, ex-proprietária da rede de supermercados Disco, e possui uma arquitetura em estilo inglês, com seis suítes, 18 banheiros, 15 vagas de garagem, salas de estar e de jantar, estúdio de música, aposento para reunião, biblioteca, sauna, área de lazer com churrasqueira e piscina semiolímpica. O imóvel também possui um sistema europeu de aspiração de pó fixado ao rodapé para manter a limpeza dos quatro mil metros quadrados.
Fonte: O Globo
Imóveis mais caros do Rio estão em ruas da Barra e Jardim Botânico
No Rio de Janeiro, a Rua Felipe dos Santos Reis, na Barra da Tijuca, possui os imóveis mais caros da cidade, segundo levantamento da Loft que analisou 47 mil imóveis vendidos entre abril de 2023 e abril de 2024. No endereço, a média de preços dos imóveis é de R$ 15 milhões.
Em segundo e terceiro lugares da lista, figuram ruas do Jardim Botânico: Inglês de Souza, com preço médio total de 11,9 milhões de reais, e Visconde de Itaúna, com 10,6 milhões de reais em média. Nas dez ruas da capital fluminense com apartamentos mais caros vendidos, o preço médio é de ao menos 7,5 milhões de reais, com área privativa superior a 260 m².
Se, em vez do preço total, for considerado o preço do metro quadrado, a Avenida Vieira Souto, em Ipanema, é a que registra o maior valor da cidade (R$ 38.100 por m²). Nessa lista, a segunda e a terceira colocações são preenchidas pela Rua Caminhoá, no Jardim Botânico, com R$32.794 por m², e Avenida Delfim Moreira, cujo metro quadrado valia R$26.295 no período analisado.
“A localização é fundamental para a definição do preço de um imóvel. As vias na Barra e no Jardim Botânico estão próximas a locais com ótimos serviços, fácil acesso a vias importantes, mas ao mesmo tempo são locais tranquilos”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Fonte: O Globo
Justiça paulista anula arbitragem e despejo de inquilino do QuintoAndar
A Justiça de São Paulo anulou uma decisão de arbitragem – uma espécie de “mini julgamento” fora da justiça comum – que ordenava o despejo de um inquilino de um imóvel alugado pela plataforma QuintoAndar. Essa decisão é um alerta para o setor imobiliário, onde a arbitragem tem sido cada vez mais utilizada por sua rapidez em resolver disputas comparada ao Judiciário.
O juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do TJSP, aplicou o Código de Defesa do Consumidor, algo incomum. Ele entendeu que a cláusula de arbitragem foi imposta, prevalecendo a relação de consumo entre as partes devido aos aspectos tecnológicos da imobiliária, mais do que uma relação de aluguel.
O caso começou em agosto de 2023, quando os proprietários de um imóvel processaram o inquilino Allan Novaes de Moraes por descumprir uma sentença arbitral. Moraes argumentou que era necessário preservar a função social do contrato e o princípio da dignidade humana. O juiz aceitou esse argumento, destacando que a QuintoAndar intermediava toda a relação entre locador e locatário, assumindo o papel principal como agente negociador.
Advogados apontam que a maioria das decisões judiciais mantém as sentenças arbitrais. Alguns especialistas acreditam que o juiz aplicou incorretamente um precedente do STJ para afastar a arbitragem no caso de despejo. Outros ressaltam a importância de preservar a cláusula de arbitragem, cada vez mais usada no setor imobiliário por agilizar a devolução do imóvel ao mercado.
Fonte: Valor Econômico