Popularização de plataformas de aluguel por temporada faz preços subirem na zona Sul do Rio. Lançamentos imobiliários no país crescem 8,5% em 2024. Boom de apartamentos compactos aquece mercado imobiliário de Curitiba.
Popularização de plataformas de aluguel por temporada faz preços subirem a zona Sul do Rio
O aluguel na zona Sul do Rio de Janeiro teve um aumento real de 17% no valor do metro quadrado, entre fevereiro de 2022 e 2025, considerando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). E a popularização das chamadas plataformas de aluguel por temporada, como o Airbnb, estaria entre os motivos desta valorização.
Quem atua no mercado imobiliário carioca aponta que, até 2022, os aluguéis de curta permanência eram comuns em datas festivas, como carnaval e réveillon. Mas o cenário se modificou nos últimos anos, e a locação short stay tem sido procurada no ano todo. A rentabilidade desse tipo de aluguel tem atraído proprietários, com taxas de ocupação chegando a 70% e diárias equivalentes a cerca de 20% do valor mensal de um aluguel tradicional.
Diante deste cenário, a oferta de imóveis para locação na zona Sul caiu 27,5%, passando de 13.974 para 10.128 unidades nos últimos dois anos, de acordo com levantamento da Sérgio Castro Imóveis, empresa com forte atuação no mercado imobiliário carioca.
“Na zona Sul, já há dificuldades para encontrar apartamentos para alugar com apenas um quarto. Em Copacabana, essa redução da oferta já é observada também para imóveis maiores, de dois quartos, por causa dos aplicativos”, afirma Sérgio Castro, executivo à frente da empresa.
O impacto traz reflexos sociais e o tema foi parar na Câmara Municipal, onde tramita um projeto de lei para regulamentar os aluguéis short stay, como informou o Portas Abertas na edição desta quarta-feira (26).
A proposta, que já gerou polêmica entre participantes do mercado imobiliário, moradores e políticos, deve sofrer modificações que incluem a retirada de um artigo que vetaria a locação por curta temporada na orla da zona Sul.
O projeto prevê a cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% dos proprietários ou administradores no segmento, equiparando-os ao setor hoteleiro e impõe exigência de alvará de licença, licença sanitária e inscrição como prestador de serviço turístico no Ministério do Turismo para os anfitriões.
Fonte: Veja Rio
Lançamentos imobiliários crescem 8,5 por cento em 2024
O mercado imobiliário primário brasileiro registrou crescimento de 8,5% em lançamentos em 2024, totalizando 167 mil novas unidades, segundo o Anuário DataZAP. O volume de imóveis transacionados aumentou 7,4%, passando de 151 mil para 162 mil unidades.
Os imóveis econômicos lideraram o crescimento, com aproximadamente 93 mil unidades lançadas. Segundo o estudo, Goiânia aparece como a cidade com o maior aumento no total de lançamentos (22%), enquanto Curitiba liderou no segmento econômico, com alta de 66%.
O Rio de Janeiro ganha destaque pela expansão nas faixas de médio e alto padrão (33%) e no segmento luxo (49%). A capital fluminense registrou o metro quadrado a R$ 21,1 mil na categoria luxo, atrás apenas de São Paulo (R$ 22,8 mil) e Florianópolis (R$ 21,6 mil). Os dados analisados foram coletados pela plataforma Geoimovel e divulgados na terceira edição do Anuário DataZAP.
Segundo o gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Grupo OLX, Coriolano Lacerda, houve uma polarização do mercado em 2024, impulsionada por programas habitacionais. “Os imóveis econômicos, especialmente do programa Minha Casa Minha Vida, lideraram a demanda. Ao mesmo tempo, o mercado de luxo demonstrou resiliência, atraindo um público de maior poder aquisitivo.”
O especialista também aponta como motivos para o aumento nos lançamentos imobiliários, a recuperação econômica e a demanda reprimida por moradia em anos anteriores.
As perspectivas para 2025 são otimistas, especialmente para o setor de luxo. A recuperação econômica, com projeções de PIB acima de 2% e taxa de desemprego abaixo de 7%, deve impulsionar a demanda por imóveis de alto padrão, aponta o estudo. Este segmento, menos sensível às variações nas taxas de juros, é sustentado por compradores que geralmente utilizam recursos próprios ou condições de pagamento diferenciadas.
Fontes: O Dia e Money Times
Boom de apartamentos compactos aquece mercado imobiliário de Curitiba
O segmento de apartamentos compactos e estúdios vem chamando atenção no mercado imobiliário de Curitiba (PR) , pela rápida expansão. Enquanto as vendas de imóveis na capital paranaense cresceram 140%, nos últimos dez anos, os compactos registraram um aumento impressionante de 210% nas vendas entre 2015 e 2024, segundo a Brain Inteligência Estratégica.
E a região central da cidade emerge como o novo foco desse mercado com milhares de unidades sendo lançadas. “É um local ideal para esse tipo de produto: perto de tudo, de shoppings, universidades, da Prefeitura e com custo ainda atrativo para construção”, explica Adalberto Scherer, Diretor Comercial da Cibraco, imobiliária atuante em Curitiba.
Segundo o especialista, a capital paranaense apresenta características que a tornam atrativa para investimentos: organização urbana, segurança e infraestrutura funcional. Segundo Scherer, as últimas pesquisas mostraram que o valor do metro quadrado em Curitiba teve um aumento de 7,61% em comparação com outras capitais brasileiras.
“Imóvel continua sendo um investimento seguro, que gera rentabilidade e oferece estabilidade”, destaca o executivo, citando como exemplo a revitalização do Hotel Tibagi, transformado em TBG Studios. O empreendimento oferecerá 56 studios de 18m² a 31m², além de espaços comerciais e amenidades como coworking, academia e rooftop.
“Curitiba ainda oferece produtos com valor de metro quadrado acessível para todas as camadas sociais, o que contribui para esse movimento natural de expansão”, complementa Scherer. Ele aponta ainda como impulsionadores deste crescimento o planejamento urbano, demanda aquecida e produtos imobiliários alinhados ao estilo de vida contemporâneo.
Fonte: Diário Indústria & Comércio
Leilões de imóveis ganham popularidade entre investidores devido à alta de preços
Os leilões de imóveis estão se tornando uma alternativa atrativa para investidores diante da alta nos preços do mercado imobiliário. Segundo o Índice FipeZap, em 2024 houve um aumento de 7,73% nos preços de venda de imóveis residenciais, a maior alta desde 2013. No acumulado de 12 meses até fevereiro de 2025, o índice atingiu 8,17%.
“Estamos vendo uma migração bastante forte do ano passado e do retrasado para cá. A taxa de compradores interessados está em um patamar bastante alto”, Pedro Amorim, diretor da D1Lance Leilões. Dados do agregador Leilão Imóvel mostram que os pregões somaram quase 275 mil até setembro de 2024, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
O aumento na oferta de imóveis para leilão é atribuído também à alta da taxa Selic e ao reflexo do pós-pandemia. Contudo, o desconto médio nos leilões caiu para 26,16%, uma redução de 12,4% em comparação com 2023, devido ao maior número de interessados.
Para investidores iniciantes em leilões, é preciso atenção para não cair em armadilhas. “No leilão tem dois documentos que são os mais importantes. Um é o edital e o outro é a matrícula”, aconselha Gustavo Amaral, CEO da Zipin e presidente da Associação Brasileira de Arrematantes de Imóveis (Abraim).“O edital é como se fosse a regra do jogo. No futebol existem diferentes campeonatos e cada um tem sua regra. Apesar de tudo ser chamado de leilão, são modalidades diferentes com regras diferentes”, explica.
Outra recomendação é buscar uma segunda avaliação do valor do imóvel antes de fechar negócio. Para iniciantes, a venda direta da Caixa Econômica é sugerida como uma opção mais simples, correspondendo a 9% dos imóveis disponíveis em 2024 até setembro.
Fonte: Inteligência Financeira