Setor imobiliário atinge R$21 bi em valor de mercado. Belo Horizonte lidera alta de condomínios no Sudeste, com taxas superiores a 20% em alguns bairros, aponta estudo da Loft. Três em cada quatro bairros de Curitiba têm aumento no aluguel.
- Setor imobiliário se destaca em valor de mercado com R$21 bi em 2023
- Mercado imobiliário mantém previsão de vendas em alta, mas ajusta estoques
- Belo Horizonte lidera alta de condomínios no Sudeste
- CDHU busca R$ 300 milhões e se prepara para entrar no mercado de capitais
- Três em cada quatro bairros de Curitiba têm aumento no aluguel
Setor imobiliário se destaca em valor de mercado com R$21 bi em 2023
O setor imobiliário brasileiro surpreendeu em 2023, superando a mineração e a indústria de alimentos (incluindo frigoríficos) em valor de mercado, com um aumento conjunto de mais de R$21,176 bilhões.
O dado foi revelado por um estudo da Economática para a EXAME Invest, que analisou o período de 31 de dezembro de 2022 a 22 de setembro de 2023 e considerou as 37 empresas do setor imobiliário listadas na B3.
No final de 2022, o valor de mercado do setor era de R$55,696 bilhões, enquanto no encerramento da última sessão, em 22 de setembro, alcançou R$76,872 bilhões, um aumento de 38,02%.
O setor imobiliário perde apenas para petróleo e gás, intermediários financeiros e transporte. Segundo o estudo, este mercado se destacou ainda em lucro, registrando um aumento de 125,98% no lucro líquido das 17 principais empresas listadas no índice Imob no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento significativo foi impulsionado, principalmente, pela diminuição das taxas de juros, o Minha Casa, Minha Vida, e redução dos custos dos insumos para a construção civil.
Segundo a Economática, a queda da Selic e expectativas de um novo ciclo de redução – que já estava presente no mercado desde janeiro – beneficia o setor porque facilita a venda de imóveis por meio de financiamentos.
Fonte: Exame
Mercado imobiliário mantém previsão de vendas em alta, mas ajusta estoques
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) registrou um aumento de 9,8% nas vendas de imóveis no primeiro semestre de 2023, destacando a resiliência do mercado mesmo com juros ainda altos.
No entanto, a separação por segmentos revela tendências distintas, com os imóveis de médio e alto padrão (MAP) registrando um aumento de quase 23% nas vendas, enquanto os imóveis do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) cresceram apenas 4%.
Especialistas apontam que o comportamento dos preços futuros permanece incerto, especialmente se as taxas de juros não baixarem. Em relação aos lançamentos, produtos do MCMV tiveram aumento de 17% enquanto os de MAP, apresentaram queda de quase 60%.
As projeções para os próximos meses destacam um desafio para o segmento de renda média, mais impactado pelos juros. A inclusão de consumidores de renda média no MCMV, com aumento dos limites para subsídios, pode trazer perspectivas de melhora. Para a baixa renda, as mudanças no programa federal de habitação geraram expectativas de aumento na demanda e impulsionam lançamentos, o que tem sido um fator positivo.
Apesar da resiliência do MAP nos últimos meses, especialistas observam que os consumidores desse grupo têm sido afetados de maneira diferente, com o padrão alto sendo menos impactado pelas taxas de juros. “A gente vai ter por algum tempo um cenário mais complicado para média renda, porque as taxas de juros do financiamento não vão cair imediatamente”, avalia Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE.
Fonte: Investnews
Belo Horizonte lidera alta de condomínios no Sudeste
A capital mineira lidera o aumento das taxas de condomínio entre as capitais do Sudeste, com alta de 5,1% desde janeiro de 2023. Isso representa um aumento na cobrança de R$ 3,60 por metro quadrado em janeiro para R$ 3,90 em agosto, segundo levantamento feito pela Loft.
A alta é sentida em apartamentos de diferentes tamanhos, variando de 4,2% a 4,7% nos primeiros oito meses do ano. Em alguns bairros houve aumento acima de 20%, com destaque para a Mantiqueira, que registrou alta de 27%, contribuindo para a elevação da média na cidade.
Fatores como a oferta de novos imóveis e a idade dos condomínios influenciam no valor das taxas, especialmente quando há comodidades como áreas de lazer e piscinas disponíveis.
Fonte: O Tempo
CDHU busca R$ 300 milhões e se prepara para entrar no mercado de capitais
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) planeja sua estreia no mercado de capitais com a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no valor de até R$ 350 milhões no próximo ano.
A iniciativa pretende ampliar os investimentos em moradias populares. A CDHU, uma das maiores empresas públicas de habitação do mundo, investe anualmente cerca de R$2 bilhões em subsídios e financiamentos para famílias de baixa renda adquirirem suas casas.
A operação, ainda em fase de modelagem, passará pela aprovação da Companhia Paulista de Securitização (CPSEC) e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, e contará com a Caixa Econômica Federal como agente fiduciário para monitorar o fluxo de pagamentos aos investidores.
Como esse tipo de operação não é tão comum entre estatais, investidores podem agir com desconfiança. “O mercado vai ter mais cautela que em comparação com um CRI de incorporadora. E quanto maior o prêmio, menor o VPL (valor presente líquido) da captação. Então, queremos fazer algo com bastante transparência para que seja uma captação vantajosa aos investidores e à empresa”, diz o presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino.
Fonte: Estadão
Três em cada quatro bairros de Curitiba têm aumento no aluguel
Três em cada quatro bairros de Curitiba registraram valorização no preço médio do aluguel nos últimos três meses, de acordo com o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O bairro do Cajuru se destaca com um aumento de 15,3%. A valorização foi liderada por apartamentos de um quarto, com uma variação de 1,69%, seguidos por imóveis de dois e três quartos, com 1,49% e 1,17%, respectivamente. Apesar disso, ainda é possível negociar, já que o desconto médio em agosto foi de 3,1%. “ Isso mostra que o mercado imobiliário em Curitiba segue aquecidol”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Fonte: RIC