Empréstimos para o Minha Casa, Minha Vida dobram em 2024 e incorporadoras esperam suplementação. Tokenização de imóveis ganha força no Brasil. Empresas se unem e criam manual de reconstrução no Rio Grande do Sul.
Empréstimos para o Minha Casa, Minha Vida dobram em 2024
De janeiro a abril de 2024, o volume de empréstimos para a compra de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) dobrou em comparação com o mesmo período de 2023. Foram R$ 41,8 milhões concedidos em crédito, segundo o levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O montante equivale a 40% do orçamento para o programa neste ano, de R$ 106 bilhões.
Com o avanço rápido do setor imobiliário neste segmento, e com o MCMV no foco do governo federal, empresários do setor confiam em uma suplementação de R$ 25 bilhões – necessária para garantir a continuidade do programa e atender à demanda por moradia popular.
As empresas que atendem o segmento de baixa renda e as associações de classe defendem uma redução de recursos do FGTS utilizados para a compra de imóveis usados por meio do MCMV, além de uma redução do orçamento destinado para a linha de pró-cotista.
As atualizações feitas no programa no ano passado, que aumentaram o valor máximo das unidades vendidas, foram responsáveis pelo crescimento de 41% no ticket médio da unidade vendida. De olho no aumento da rentabilidade, as construtoras seguem otimistas, apontando crescimento nos lançamentos este ano.
Fonte: Valor Econômico
Tokenização de imóveis ganha força no Brasil e chega a resort no Paraná
A venda de imóveis por token ganha força no Brasil e chega a um projeto de hotelaria no Sul do país. O Onil Group iniciou a venda de chalés no Morro dos Anjos Águas Quentes Hotel, em Bandeirantes (PR), digitalizando R$ 166 milhões em frações das unidades de alto padrão. A modalidade é uma forma de ampliar as negociações de empreendimentos e facilitar o processo de aquisição.
A tokenização é o processo que torna um ativo real, como um imóvel, em digital. No setor imobiliário, o comprador adquire um ou mais tokens que correspondem à uma porcentagem do empreendimento, seja para moradia ou investimento. E por meio de uma transação digital, é possível comprar tokens de forma gradativa, aumentando a participação ao longo dos anos.
De acordo Onil, os tokens no Morro dos Anjos devem alcançar valorização de 25% após a inauguração do resort, que terá a primeira praia artificial do Paraná – construída a partir de fontes de águas termais – entre outras comodidades. Uma aposta diante de um mercado promissor, que pode chegar a US$ 20 trilhões até 2030, equivalente a 5% da movimentação do mercado imobiliário mundial, estimado em US$ 400 trilhões.
Fonte: Folha de São Paulo
Empresas se unem e criam manual de reconstrução no RS
Doze empresas do setor imobiliário – incluindo as maiores administradoras de condomínio do país e outros players do setor – decidiram se unir para auxiliar na reconstrução de condomínios nas cidades atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e criaram um manual destinado aos síndicos para orientar ações de recuperação pós-catástrofe.
Os danos em áreas comuns e de imóveis localizados nos andares mais baixos são a principal fonte de preocupação, com questões estruturais, técnicas e sanitárias se apresentando como desafios para os espaços voltarem a ser habitados.
O Manual do Síndico – Enchentes RS foi dividido em três fases: atual (emergencial), com cuidados elétricos, apoio a funcionários, roubos, mobilização de moradores e seguro do condomínio; retomada (quando a água baixar) das atividades, com foco na limpeza, inspeção predial e saúde financeira do condomínio; e prevenção a novos desastres naturais.
Participam da iniciativa a Lello Condomínios, Hubert, Gestart, Auxiliadora Predial, Guarida, Crédito Real, APSA, Pacto Administradora, VIP Inspeções Prediais e TK Elevadores, além do SíndicoNet. Os municípios do Rio Grande do Sul calculam que mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas com as enchentes, além dos quase 100 mil imóveis destruídos ou danificados.
Fonte: Terra
Preço médio de imóveis sobe 50 por cento em 5 anos, aponta CBIC
O preço médio dos imóveis no Brasil, nos últimos 5 anos, cresceu mais de 50%, segundo levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A pesquisa, que calcula os valores por meio de pontos, mostrou que nos três primeiros meses deste ano, o índice ficou em 171,9 pontos, representando uma alta de 54,4% em relação ao mesmo período de 2019.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2023 – quando a pontuação estava em 153,46 – houve um aumento de 12%. A análise foi feita em 220 cidades brasileiras, levando em conta apenas o preço de apartamentos.
Especialistas do mercado apontam diferentes fatores para a tendência, como a alta dos valores de matérias primas, que pressionam os preços finais, e a queda nos estoques de apartamentos. O levantamento mostrou uma redução de 9,6% nos imóveis lançados este ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Estado de Minas