Preço médio do metro quadrado no Brasil sobe no 1º semestre; saiba valores por cidade. Em São Paulo, distrito do Itaim tem apartamentos de até R$ 46 milhões. Construtora dos skylines de Camboriú investe em arranha-céu de 110 andares.
- Preço médio do metro quadrado no Brasil sobe no 1º semestre; saiba valores por cidade
- Construtora dos skylines de Camboriú investe em arranha-céu de 110 andares e 4 resorts
- Em São Paulo (SP), distrito do Itaim tem apartamentos de até R$ 46 milhões e Mata Atlântica em projetos
- Sancionado com 18 vetos, zoneamento de SP bloqueia prédios altos em zonas exclusivamente residenciais
Preço médio do metro quadrado no Brasil sobe no 1º semestre; saiba valores por cidade
O preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil aumentou R$ 310 no primeiro semestre de 2024, segundo o Índice FipeZap de junho. A alta de 3,56% no ano e de 6,17% em 12 meses supera a inflação prevista pelo Banco Central, de 4,05%. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,23%. O preço médio de venda subiu de R$ 8.710 para R$ 9.020 por metro quadrado, com destaque para imóveis de um dormitório, que atingiram R$ 10.662.
Entre as capitais, Vitória lidera com o valor médio mais alto, seguida por Florianópolis e São Paulo. Curitiba, São José dos Campos e João Pessoa registraram os maiores aumentos percentuais no semestre. Em termos absolutos, Barueri, Curitiba e Itajaí tiveram os maiores acréscimos no preço do metro quadrado. Em São Paulo, o valor superou R$ 11 mil pela primeira vez, enquanto no Rio de Janeiro, o preço chegou a R$ 10.101.
A economista Paula Reis, do DataZap, atribui o aumento de preços à redução da taxa Selic e ao fortalecimento do programa Minha Casa, Minha Vida. “O movimento verificado nos primeiros seis meses de 2024 é reflexo de fatores que beneficiam o segmento de compra e venda”, afirma. Investimentos em infraestrutura e qualidade de vida também impulsionaram os preços em cidades como São José dos Campos e Curitiba.
Em relação aos preços, Balneário Camboriú tem o metro quadrado mais caro do país, a R$ 13.259, seguido por Itapema (R$ 12.962), Vitória (R$ 11.349), Florianópolis (R$ 11.340), Itajaí (R$ 11.284) e São Paulo (R$ 11.011).
Empreendimentos de alto padrão e a limitação territorial das cidades catarinenses contribuem para a alta. “A cidade de Balneário Camboriú é um ponto fora da curva no mercado imobiliário nacional”, observa Alberto Ajzental, da FGV.
Fonte: Estadão
Construtora dos skylines de Camboriú investe em arranha-céu de 110 andares e 4 resorts
A FG Empreendimentos, responsável por oito dos 10 prédios mais altos do Brasil, prepara um megaprojeto em Balneário Camboriú: o FG Tower terá 110 andares, incluindo três de shopping e três de salas empresariais, além de unidades residenciais. A empresa também planeja construir quatro resorts de luxo, dois em Balneário e dois em Itajaí, na Praia Brava. Jean Graciola, presidente da FG, afirma que o objetivo é atrair turistas super-ricos e transformar o cenário da cidade.
A FG Tower pode se tornar o segundo maior edifício do país, atrás apenas da Triumph Tower (509 m), também da construtora, que será mais alta que o Steinway Tower, em Nova York (435,3 m). Os apartamentos na Triumph Tower, de 140 andares, terão preços a partir de R$ 150 milhões. O terreno pertence ao empresário Luciano Hang, fundador da Havan. O megaprojeto inclui um shopping aberto de três andares com restaurantes e lojas de grife.
A empresa não divulgou os preços das unidades residenciais da FG Tower. Atualmente, imóveis usados na cidade são vendidos a partir de R$ 1,5 milhão, podendo superar R$ 25 milhões.
Entre os novos resorts, o primeiro será lançado até julho de 2025, e os demais têm previsão de entrega em três anos. Os empreendimentos terão bandeiras internacionais, ainda em negociação.
A FG possui 80% dos terrenos de frente para o mar em Balneário Camboriú. Em 2023, a empresa teve um VGV de R$ 1,28 bilhão, com margem de lucro líquido de 32%. A meta para 2024 é atingir R$ 2 bilhões.
Fonte: Estadão
Em São Paulo (SP), distrito do Itaim tem apartamentos de até R$ 46 milhões e Mata Atlântica em projetos
O Itaim Bibi, distrito que agrega o Brooklin e a Vila Olímpia, se consolida como um dos mais desejados de São Paulo, onde a valorização imobiliária só cresce, impulsionada por fatores como a localização estratégica, a proximidade a importantes centros financeiros, a infraestrutura completa e a oferta de serviços de alto padrão. Entre janeiro e maio de 2024, o volume de vendas de imóveis na região aumentou 39% em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Loft. A valorização foi de 10% no ano, com o metro quadrado atingindo cerca de R$ 16 mil.
Segundo Mariana Andrade, CEO da Revenda Imóvel, o metro quadrado na região está em torno de R$ 16 mil, mas os novos apartamentos na região podem custar entre R$ 30 milhões e R$ 46 milhões. No Palazzo Maggiore, próximo ao Parque do Povo, apartamentos custam a partir de R$ 11 milhões, com mais de 500 m² e seis vagas de garagem.
Projetos que integram verde às construções vão ganhando espaço e destaque na região. A Gamaro, incorporadora que iniciou na Vila Olímpia, desenvolve empreendimentos com “florestas de bolso”, como o edifício Seed, que possui espécies da Mata Atlântica nas áreas comuns. O Parque, complexo de uso misto no Brooklin, ainda tem unidades à venda a partir de R$ 14.500 o metro quadrado.
A Vitacon, outra marca imobiliária do Itaim que se destaca por seus compactos com serviços de hotel, oferece unidades de 15 m² a 176 m², incluindo coworking, academias e, até, estúdio de podcast. Segundo o CEO da companhia, Ariel Franklin, a empresa adaptou suas ofertas à expansão da região e à chegada de grandes empresas de tecnologia.
Fonte: Folha de S.Paulo
Sancionado com 18 vetos, zoneamento de SP bloqueia prédios altos em zonas exclusivamente residenciais
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou a nova revisão da Lei de Zoneamento da cidade, com 18 vetos ao texto enviado pelos vereadores. Entre os pontos vetados estão trechos polêmicos que permitiam construções maiores em áreas residenciais nos bairros de Vila Nova Conceição e Cidade Jardim. A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), chamada de zoneamento, define a aplicação do Plano Diretor Estratégico do município.
A revisão foi necessária para corrigir falhas no mapa que orienta a aplicação das regras. No entanto, emendas incluídas pelos vereadores geraram debates, especialmente a mudança de Zona Exclusivamente Residencial (ZER) para Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) em algumas quadras de Vila Nova Conceição e Cidade Jardim. Essas ZEUs, próximas ao transporte público, recebem incentivos para adensamento, permitindo construções sem limite de altura.
Associações de bairro protestaram contra a revisão, alegando falta de participação pública. A advogada Mariana Chiesa, do Insper e FGV, criticou o protagonismo do Legislativo nas mudanças, afirmando que isso “desprestigia o processo participativo”. Segundo ela, as emendas vetadas iam contra o modelo de desenvolvimento proposto pelo Plano Diretor e criavam “insegurança jurídica”. Os vetos do prefeito, no entanto, ainda podem ser derrubados pela Câmara após o recesso parlamentar.
Nunes sancionou também as mudanças na Operação Urbana Faria Lima e Água Espraiada, permitindo mais prédios nestas áreas. Algumas quadras na Vila Olímpia passam a integrar a operação, onde é possível comprar Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) para construir prédios maiores. Um sócio de uma gestora imobiliária acredita que a região deve atrair prédios residenciais de uso misto, com comércio na fachada e moradias populares e para a classe média.
Fonte: Valor Econômico