Morumbi lidera ranking de maiores imóveis à venda em na capital paulista; Sé tem os menores. Inadimplência do aluguel no Brasil sobe pelo segundo mês seguido e atinge 3,33% em maio. ‘Cliente jovem não quer apartamento de 200 m²; quer estar onde as coisas acontecem’, diz presidente do Secovi.
- Saiba onde estão os maiores e menores imóveis à venda em São Paulo
- Inadimplência do aluguel no Brasil sobe pelo segundo mês seguido e atinge 3,3 por cento
- ‘Cliente jovem não quer apartamento de 200 m²; quer estar onde as coisas acontecem’, diz presidente do Secovi
- Em SP, leilão para nova etapa de verticalização da Faria Lima será em agosto
Saiba onde estão os maiores e menores imóveis à venda em São Paulo
O Morumbi concentra os maiores imóveis à venda em São Paulo, com média de 376 m², seguido por Alto de Pinheiros (300 m²) e Parque Interlagos (263 m²). Os dados fazem parte de estudo da Loft baseado em 1 milhão de anúncios residenciais ativos na capital entre os meses de janeiro a maio deste ano.
Na outra ponta, a região da Sé apresenta a menor metragem média, 48 m². Brás (58 m²) e República (60 m²) completam o ranking dos menores imóveis da cidade.
“Nos bairros nobres, a metragem maior reflete a busca por espaço e conforto. Já em áreas como Parque Interlagos, a metragem elevada tem relação com o menor custo dos terrenos”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
O preço por metro quadrado varia drasticamente: no Jardim Europa passa de R$ 31 mil, enquanto em Parelheiros fica em torno de R$ 4,2 mil. No Morumbi, o valor é de R$ 10,9 mil por m².
“O estudo mostra que há oportunidades para diferentes perfis de compradores, desde quem procura espaço e luxo até quem busca economia e funcionalidade”, conclui Takahashi.
Outros bairros com metragens elevadas incluem Jardim Europa (261 m²), Jardim Paulistano (253 m²) e Anhanguera (241 m²). Entre os menores imóveis, José Bonifácio, Cidade Tiradentes, Guaianases, Artur Alvim e Capão Redondo também registram médias inferiores a 100 m².
“Essas regiões são altamente adensadas e já verticalizadas há muito tempo, o que dificulta novos empreendimentos com plantas amplas”, destaca Takahashi sobre a região central.
Fonte: Infomoney
Inadimplência do aluguel no Brasil sobe pelo segundo mês seguido e atinge 3,3 por cento
A falta de pagamento do aluguel registrou alta pelo segundo mês consecutivo no Brasil, fazendo a taxa de inadimplência passar de 3,15% em abril para 3,33% em maio. A variação foi de 0,18 ponto percentual, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica.
Comparado ao mesmo período de 2024 (3,69%), houve retração de 0,36 ponto percentual. A taxa de maio é a segunda maior do ano, após o pico de janeiro (3,44%).
“O aumento indica que as famílias estão com orçamentos mais apertados, prolongando o atraso de suas dívidas”, explica Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica.
A região Norte lidera o ranking com 4,77% de inadimplência, seguida pelo Nordeste (4,68%). Sudeste registrou 3,13%, Centro-Oeste 3,12% e Sul mantém a menor taxa: 2,70%.
Nos imóveis residenciais, a maior inadimplência ocorre na faixa acima de R$ 13 mil (6,25%) – maior índice desde junho de 2024. A menor taxa está entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (1,87%).
Por tipo de imóvel, os apartamentos subiram de 2,08% para 2,20%, casas de 3,48% para 3,72% e comerciais de 4,33% para 4,58%. Em Pernambuco, a taxa ficou em 4,28% em maio.
Fonte: Jornal do Commércio
‘Cliente jovem não quer apartamento de 200 m²; quer estar onde as coisas acontecem’, diz presidente do Secovi
Ely Wertheim, presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), afirma que o comportamento do consumidor é que vem definindo o mercado imobiliário, e não o contrário. Segundo ele, incorporadores tentam atender a um novo perfil de comprador que busca unidades menores em locais com infraestrutura.
“Nenhuma empresa vai fabricar geladeira no Polo Norte. O mercado se guia pelo comportamento do consumidor”, afirma o executivo em entrevista para o jornal Estadão. Wertheim participa do Summit Imobiliário, evento do Estadão, nesta segunda-feira (30).
Dados do Secovi-SP mostram que 119 mil unidades foram lançadas em São Paulo entre maio de 2024 e abril de 2025, com 110 mil vendidas. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) respondeu por 74,9% dos lançamentos e 64,8% das vendas.
“Os compradores estão mais jovens e querem usufruir mais da cidade. Eles não precisam de apartamento de 200 m². Querem morar em unidades de 30 m² a 60 m²”, explica o executivo.
O estoque baixo preocupa: considerando velocidade de vendas, apartamentos acabariam em sete meses sem novos lançamentos. “O ideal é estoque de pelo menos 20 meses”, destaca.
Segundo o Secovi, São Paulo representa 25% do mercado imobiliário brasileiro e produz 110 mil unidades anuais, consumindo entre 105 mil e 115 mil. A construção civil enfrenta carência de mão de obra qualificada – um carpinteiro ganha entre R$ 10 mil e R$ 12 mil mensais na capital.
Wertheim aponta desafios como escassez de mão de obra qualificada, juros altos e reforma tributária. “Desenvolver projeto que demora 24 meses em ambiente com instabilidade política indica valentia. O incorporador imobiliário é um herói”, conclui.
Fonte: Estadão
Em SP, leilão para nova etapa de verticalização da Faria Lima será em agosto
A SP Urbanismo prevê realizar em agosto leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) para permitir novos empreendimentos no entorno da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.
Os títulos darão direito a construir novos prédios, ampliar existentes ou demolir e reconstruir edifícios em bairros como Itaim Bibi, Jardins, Pinheiros, Vila Olímpia e Vila Nova Conceição.
Estima-se que 250 mil metros quadrados ainda possam ser liberados na área da operação, correspondendo a cerca de R$ 2,8 bilhões em arrecadação com a venda dos certificados.
Dos quase R$ 3 bilhões previstos, aproximadamente R$ 2 bilhões serão aplicados prioritariamente na urbanização de Paraisópolis e comunidades do entorno, na zona sul.
A prefeitura de São Paulo enviou em maio o prospecto para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), etapa importante para a realização do leilão. A revisão da operação permitiu a construção de prédios maiores na área.
Entre as obras previstas está o boulevard Juscelino Kubitschek, passagem subterrânea planejada há quase 40 anos para desafogar o tráfego. O projeto foi iniciado na gestão Jânio Quadros nos anos 1980, mas interrompido por Luiza Erundina.
Outras intervenções incluem extensão da hidrovia do rio Pinheiros, reforma do Largo da Batata e prolongamento da Faria Lima. A gestão Ricardo Nunes reconhece que pode precisar captar recursos adicionais para todas as obras.
Fonte: Folha de S.Paulo