Em busca de novo fôlego ao crédito imobiliário, governo e bancos preparam ‘reforma’. Bem-estar e saúde são apostas do mercado imobiliário de alto padrão. Mercado imobiliário de Belém e Ananindeua foca em imóveis até R$ 700 mil.
Em busca de novo fôlego ao crédito imobiliário, governo e bancos preparam ‘reforma’
Agentes do mercado imobiliário, sistema financeiro e do governo elaboram uma agenda com iniciativas para estimular o crescimento do setor nos próximos anos, buscando novas fontes de recursos além da poupança, que sofreu saques de mais de R$ 200 bilhões nos últimos três anos.
A participação do crédito imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu de 2% no início dos anos 2000 para 10% em 2015, mas estagnou desde então.
O Brasil está atrás de economias similares nesse quesito. Enquanto o país mantém 10% de participação do crédito imobiliário no PIB, o México tem 11%, a Índia 12%, e o Chile 30%. “É importante olhar para esses países, com economias semelhantes à do Brasil, mas com crédito imobiliário muito mais desenvolvido”, avalia Marina Gontijo, sócia da Oliver Wyman.
A taxa média de financiamento imobiliário no Brasil é de 11,7%. Deste total, 8% é o custo do dinheiro captado (poupança e instrumentos de mercado), 1,2% é o custo do risco de inadimplência, 0,9% são tributos e encargos, 0,6% são despesas administrativas bancárias e 1,0% é a margem de lucro operacional.
Entre as propostas em discussão estão o aperfeiçoamento de instrumentos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG).
O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Sandro Gamba, defende a migração das fontes de funding tradicionais (poupança e FGTS) para os novos instrumentos (LCIs, LIGs e CRIs). “Estamos em uma fase de transição e ficou muito claro que não teremos uma solução única. A agenda é de várias medidas de aprimoramento”, disse.
A Caixa Econômica Federal, com apoio da Abecip e incorporadoras, sugere a liberação de parte do compulsório bancário. Pelas regras do Banco Central, 65% dos recursos da poupança vão para financiamentos imobiliários, 20% são depósitos compulsórios e 15% são de uso livre. A proposta é reduzir o compulsório em 5%, injetando R$ 50 bilhões no mercado imobiliário.
Outra opção, segundo Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, é criar mecanismos para atrair fundos de pensão ao investimento em habitação, algo raro no Brasil. “Somos um dos poucos países onde os fundos de pensão não investem em habitação”, ressaltou.
O Banco Central vê potencial de crescimento no mercado, com possibilidade de entrada de novos concorrentes. Paralelamente, o governo planeja utilizar a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para estimular um mercado secundário de financiamentos imobiliários, comprando contratos de crédito de bancos e incorporadoras para abrir espaço para novos financiamentos.
Fonte: Estadão
Bem-estar e saúde são apostas do mercado imobiliário de alto padrão
O setor imobiliário voltado ao bem-estar, que envolve academias, estúdios e espaços de lazer e ‘welness’ conectados à natureza, movimentou US$ 438,32 bilhões globalmente em 2023, com crescimento anual médio de 18,1% nos últimos cinco anos. Segundo o relatório da Global Wellness Institute, essa tendência representa 2,9% do desempenho da construção civil mundial.
No Brasil, incorporadoras de alto padrão estão investindo em projetos sofisticados que integram elementos de “wellness” em suas construções. Esses empreendimentos incluem uma variedade de “amenities” voltadas para o bem-estar, como academias profissionais equipadas com aparelhos de última geração, infraestrutura de spa completa, saunas, piscinas, solarium, bar, lounge externo e jardins projetados para promover relaxamento e saúde mental dos moradores.
Em Curitiba, a AG7 desenvolve dois empreendimentos inovadores em relação ao bem-estar. O primeiro, certificado pelo selo Fitwel, oferece um pavimento inteiro dedicado ao “wellness”, com spa, sauna, piscina e jardins.
O segundo, conta com uma área de 2,7 mil m² em forma de spa, com mais de 13 tratamentos.
“A inclusão de um pacote de bem-estar muda a percepção de preço por parte do comprador, que se mostra disposto a pagar mais pelo apartamento”, afirma Alfredo Gulin Neto, CEO da AG7. “Ao sair do contexto ‘tijolo’ e investir em experiências de bem-estar e serviços, o aumento real no preço do imóvel e o valor agregado ao longo do tempo são grandes”, complementa.
Em São Paulo, a Trisul levou a um empreendimento na Capote Valente o espaço de academia para o 29º andar, além de oferecer piscina, solarium, bar e lounge externo. Penélope Bernardo, superintendente de Desenvolvimento de Produto da Trisul, ressalta: “Os moradores têm valorizado cada vez mais a qualidade de vida com comodidade e bem-estar”.
A Technogym, fornecedora de equipamentos para academias de alto padrão, registra um crescimento de 1333% desde 2019, com equipamentos voltados à Hotelaria & Real Estate. “Hoje, essa divisão representa mais de 30% do negócio no Brasil, especialmente com o aumento da demanda por empreendimentos que incluem academias e espaços ‘wellness’ como diferencial competitivo”, afirma Ricardo Rocha, CEO da empresa no Brasil.
A Technogym também lançou o Technogym CheckUp, uma solução que avalia seis pilares essenciais do bem-estar: composição corporal, força, sistema cardiovascular, equilíbrio, alongamento e cognição.
Fonte: Valor Econômico
Mercado imobiliário de Belém e Ananindeua foca em imóveis até R$ 700 mil
Apartamentos com preço de até R$ 700 mil são os principais investimentos imobiliários em Belém e Ananindeua, no Pará, revela pesquisa realizada pela Brain, empresa de inteligência estratégica, e divulgada pelo Sinduscon-PA. Os bairros centrais de Belém, como Cidade Velha, Batista Campos e Umarizal, concentram a maioria dos empreendimentos.
O 5º Censo Imobiliário das duas cidades mostra que 37,5% dos empreendimentos são “econômicos” (até R$ 350 mil) e 62,5% são “standards” (entre R$ 350.001 e R$ 700 mil).
No segundo semestre de 2024, foram lançadas 466 unidades residenciais verticais, uma queda em relação às 1.539 unidades do mesmo período de 2023. Entretanto, as vendas cresceram 23,7% no segundo trimestre de 2024 comparado a 2023, totalizando 673 unidades residenciais verticais vendidas.
“Belém não respondeu a esse mesmo perfil do crescimento de lançamentos [cenário nacional], no entanto, as vendas foram muito fortes. Isso é um resultado de um crescimento e do aquecimento do próprio mercado imobiliário nacional, que respingou no mercado de Belém”, explica Claubert Barreto, gestor Norte Nordeste da Brain
Na Região Norte, os imóveis representam 1,8% dos lançamentos nacionais e 2,7% das vendas no segundo trimestre de 2024. O programa Minha Casa, Minha Vida registrou 1.102 aquisições e 2.776 lançamentos na região neste período. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, houve um aumento de 156,2% nos lançamentos na Região Norte.
Fonte: O Liberal
Imobiliária brasileira vende mansão de R$ 62 milhões em Orlando
A Authentic Real Estate Team, fundada pelo paranaense Tiago Ferreira, comercializou uma mansão em Orlando por US$ 11,8 milhões (cerca de R$ 62 milhões) em março de 2024. O imóvel de 1.922m², com sete quartos e 12 banheiros, é considerado a maior casa vendida na cidade na última década.
Próxima aos parques da Disney e Universal, a propriedade oferece luxos como spa interno, cinema para 20 pessoas, simulador de golfe e pomar de frutas. Nos últimos dois anos, o imóvel passou por reformas, incluindo a instalação de painéis solares e sistema de irrigação automática.
“Vemos com otimismo o poder de compra do brasileiro e o seu interesse em investir no mercado de imóveis americano”, avalia Tiago Ferreira, fundador da imobiliária. Em 2023, a empresa vendeu 120 imóveis para brasileiros na Flórida.
Dos imóveis vendidos pela Authentic Real Estate Team para brasileiros em 2023, 42% foram para locação de temporada, 39% para aluguel de longo prazo e apenas 19% para moradia própria.
Ferreira destaca: “Os Estados Unidos têm algumas facilidades que ajudam o comprador internacional a investir no país. E notamos que o brasileiro é um povo que busca diversificar seu patrimônio investindo em imóveis de luxo nas regiões da Flórida”.
Fonte: Estadão