Ranking revela cidades com maior potencial para o mercado imobiliário. Apesar da alta na Selic, momento atual pode revelar oportunidades no cenário imobiliário. Porto Alegre tem o menor estoque de imóveis novos dos últimos cinco anos
- Ranking revela cidades com maior potencial para o mercado imobiliário
- Apesar da alta na Selic, momento atual pode revelar oportunidades no cenário imobiliário
- Porto Alegre tem o menor estoque de imóveis novos dos últimos 5 anos
- Nova IA do QuintoAndar permite ao usuário falar ou digitar características do imóvel que busca
Ranking revela cidades com maior potencial para o mercado imobiliário
Curitiba (PR), Goiânia (GO) e São Paulo (SP) lideram o ranking de cidades com maior potencial para o mercado imobiliário, de acordo com o Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil). O estudo, realizado pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), analisou 61 cidades brasileiras em três segmentos de renda: econômico (até R$ 12 mil), médio (R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil).
No segmento econômico, Curitiba ocupa o primeiro lugar, seguida por Fortaleza (CE) e São Paulo. “Muitas pessoas que desejam adquirir imóveis no padrão econômico em Curitiba acabam buscando alternativas na região metropolitana ou optando por imóveis usados”, afirma José Carlos Martins, Presidente do Conselho Consultivo da CBIC.
Já Goiânia lidera o ranking no segmento médio. Renato Correia, presidente da CBIC, explica que as mudanças na legislação municipal foram essenciais para aproveitar o potencial de demanda. São Paulo e Florianópolis completam o pódio na categoria (R$ 12 mil a R$ 24 mil).
Outro destaque é Maceió, que subiu 12 posições no ranking, resultado dos desafios habitacionais enfrentados no bairro Pinheiro, segundo Cristiano Rabelo, CEO da Prospecta.
No alto padrão, São Paulo lidera. Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, observa que: “a diversidade econômica e o tamanho da cidade garantem uma demanda contínua e consistente.” Aliás, São Paulo apresentou desempenho consistente nos três segmentos econômicos.
O IDI-Brasil utiliza seis indicadores principais para avaliar o potencial das cidades, incluindo demanda, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos. A escala do índice vai de 0,000 a 1,000, com scores próximos a 1,000 indicando alta atratividade para investimentos imobiliários.
Fonte: Exame
Apesar da alta na Selic, momento atual pode revelar oportunidades no cenário imobiliário
O mercado imobiliário reagiu de forma negativa ao recente aumento da taxa Selic para 13,25%, avaliando impactos negativos no setor, com encarecimento dos financiamentos e pressão sobre as empresas da construção que terão aumento de custos. Por outro lado, a informação de que 2024 registrou um recorde histórico no crédito imobiliário – alta 25% em relação ao ano anterior – caiu como um alívio. No mercado, há a percepção de que o cenário desafiador pode oferecer oportunidades.
Os juros altos costumam desvalorizar ativos no curto prazo, portanto abrindo uma brecha para aquisição de um imóvel antes de novas elevações na Selic, o que pode ser vantajoso. “Quando os juros sobem, o valor do imóvel pode cair, mas isso gera oportunidades para quem pretende investir antes que a situação se agrave”, avalia Flávia Moraes, economista do Ibmec-RJ.
Nayara Técia, CEO do Grupo On Brokers, nota que a Selic alta tem levado a campanhas de descontos para diminuir estoques, além de atrair compradores estrangeiros devido à valorização do dólar vis-à-vis o real.
Embora o momento seja desafiador, com menos lançamentos previstos e vendas mais lentas, existem brechas para potenciais investidores. Ajustes de preços e novos modelos de negócios podem surgir em resposta à necessidade de adaptação.
Jamille Dias, da Riviera Construções, destaca que a alta nos juros força novas estratégias de venda. “Se menos pessoas estão comprando imóveis, os vendedores podem precisar reduzir os preços”, afirma, lembrando que os investidores podem optar por ativos de renda fixa e seus retornos mais atrativos.
Mesmo com o custo do crédito alto inibindo algumas compras, o segmento de imóveis de alto padrão, por exemplo, é menos sensível aos juros, lembra Thiago Balassiano, diretor da Balassiano Engenharia, já que o comprometimento ao longo do tempo acaba sendo menor. E mesmo os projetos do Minha Casa, Minha Vida, que atendem a classes mais baixas, não são tão afetados pela alta da Selic por dependerem de subsídios governamentais, que amenizam impactos.
Fonte: O Globo
Porto Alegre tem o menor estoque de imóveis novos dos últimos 5 anos
A capital do Rio Grande do Sul registrou, em 2034, o estoque mais baixo de imóveis novos desde 2020, com 4.802 unidades disponíveis para compra. A informação foi divulgada pela pesquisa Panorama do Mercado Imobiliário, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) em conjunto com Alphaplan e Órulo.
Esse cenário contradiz a percepção popular do aumento de obras na cidade. Tiago Jung Dias, sócio-diretor da Alphaplan, explica que a alta taxa de juros é um dos fatores limitadores para lançamentos e vendas. “A taxa Selic alta limitou o acesso ao crédito, dificultando lançar e comercializar novos imóveis”, afirma Dias.
Os lançamentos imobiliários caíram de R$ 3,4 bilhões em 2023 para R$ 2,6 bilhões em 2024, segundo o Sinduscon-RS. Como resultado, o consumo do estoque aumentou, atingindo uma redução de 3% ao longo do ano, com 2.848 unidades lançadas e 4.490 vendidas.
A pesquisa não considera imóveis do Programa de Habitação de Interesse Social (Minha Casa, Minha Vida e semelhantes). Os dados abrangem novos imóveis prontamente habitáveis, voltados para residência ou comércio, em formatos vertical (torres) e horizontal (casas).
Em 2025, o setor imobiliário observa a taxa de juros com atenção. Na última rodada, o Copom ajustou a Selic de 12,25% para 13,25%. “Com essa taxa, fica penoso tanto para quem compra quanto para quem constrói”. O setor imobiliário gaúcho aguarda algum alívio para reaquecer lançamentos e vendas.
Nova IA do QuintoAndar permite ao usuário falar ou digitar características do imóvel que busca
O Quinto Andar anunciou duas inovações tecnológicas para aprimorar a experiência de seus usuários no mercado imobiliário. Em evento realizado em São Paulo, a empresa apresentou uma nova ferramenta de busca com inteligência artificial (IA) generativa e o QPreço, uma inteligência de precificação que combina tecnologia com dados públicos e históricos de mercado.
A nova ferramenta de busca, desenvolvida pela equipe interna de tecnologia do Quinto Andar, permite aos usuários realizar buscas por imóveis utilizando linguagem natural. Os clientes poderão descrever o imóvel desejado de forma intuitiva, como “apartamento com varanda grande, sala iluminada e dois banheiros”, sem a necessidade de utilizar filtros específicos, explicou Larissa Fontaine, chefe de produto da empresa.
O QPreço, por sua vez, pretende solucionar um dos principais desafios do setor: a precificação adequada dos imóveis. A ferramenta utiliza dados reais, como transações realizadas e registros públicos, para sugerir preços ideais de venda ou aluguel.
Uma pesquisa realizada em parceria com o Datafolha em 2024, revelou que dois em cada três brasileiros já desistiram de fechar um contrato por medo de pagar um preço injusto.
Inicialmente, o QPreço funcionará em São Paulo, com planos de expansão para outras regiões posteriormente. Este “teste” permite que a empresa refine a ferramenta em seu maior mercado antes de disponibilizá-la nacionalmente.
Segundo a empresa, as inovações buscam trazer mais transparência e eficiência ao mercado imobiliário brasileiro. O Quinto Andar atua em oito regiões metropolitanas no Brasil e está presente em outros países da América Latina.