Preços de imóveis residenciais aceleram em junho. Custo de produção é o principal desafio do mercado imobiliário, aponta setor. Envelhecimento populacional estimula busca por imóveis com acessibilidade no interior de São Paulo.
Preços de imóveis residenciais aceleram em junho
Os preços dos imóveis residenciais em 10 capitais do país subiram em média 0,85% em junho, acelerando em relação a maio, quando o aumento foi de 0,78%. Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Abecip, e indicam uma tendência de valorização contínua dos imóveis residenciais.
No acumulado de 12 meses até junho, os preços subiram de 11,24% em maio para 11,65% em junho, a maior taxa interanual desde junho de 2023 (12,07%).
Na comparação mensal, destaque para o aumento do preço médio em Belo Horizonte (4,12%), Brasília (1,92%), Porto Alegre (1,64%), Goiânia (0,97%), Curitiba (0,80%), Fortaleza (0,77%) e Recife (0,70%). Em São Paulo, o preço médio variou 0,37% em junho, acima dos 0,32% de maio. Salvador apresentou alta de 0,22% e o Rio de Janeiro de 0,17%.
Já nos últimos 12 meses até junho houve avanços significativos em Belo Horizonte (24,32%), Goiânia (16,81%), Curitiba (16,29%), Brasília (15,44%), Salvador (14,77%) e Recife (10,53%). Em São Paulo, os preços subiram 10,43% em um ano. O Rio de Janeiro teve alta de 6,43% no mesmo período, seguido por Fortaleza (5,77%) e Porto Alegre (1,83%). ,
Segundo a Abecip, o mercado imobiliário brasileiro continua em um bom momento. O crescimento real dos preços, em um período de inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Para a entidade, os dados de junho mostram resiliência e dinamismo do setor, capaz de se adaptar e prosperar “mesmo diante de desafios macroeconômicos”.
Fonte: Sinduscon-SP
Mercado imobiliário enfrenta desafios com custos de produção
O principal desafio das empresas do setor imobiliário é o custo de produção, segundo estudo da Brain Inteligência Estratégica e GRI Club. Os gastos incluem mão de obra, materiais de construção e depreciação. Apesar dos desafios, 62% dos executivos entrevistados planejam manter o volume de lançamentos dos últimos 12 meses, numa espécie de otimismo cauteloso.
O segundo maior obstáculo são os processos de aprovação em órgãos reguladores.“A execução de um projeto depende da anuência de órgãos de fiscalização, desde secretarias municipais até as autarquias estaduais, como a Cetesb”, explica Gustavo Favaron, CEO do GRI Club.
Outra preocupação é o acesso rápido ao crédito e o financiamento. A demanda por projetos do Minha Casa, Minha Vida está esgotando o orçamento do FGTS mais rápido do que o esperado. “Algumas incorporadoras já pausaram projetos devido à falta de recursos”, aponta Favaron, apesar da promessa do governo de aumentar o orçamento .
A taxa de juros elevada, atualmente em 10,50% após quedas na Selic, afeta a capacidade de financiamento do comprador e o acesso a capital para as construtoras. “Os juros altos dificultam a rentabilidade e a saúde financeira das empresas”, avalia analisa Ebran Theilacker, CEO da fintech Versi.
Ainda entre as preocupações dos empresários está o ambiente político-institucional, com 76% dos entrevistados apontando incertezas como um risco. “O ciclo do negócio é longo, e mudanças no cenário político e econômico aumentam o risco”, esclarece Theilacker.
Fonte: Estadão
Envelhecimento populacional estimula busca por imóveis com acessibilidade
O mercado imobiliário está se adaptando para atender à demanda crescente de pessoas mais velhas (16% da população brasileira é composta por idosos). O envelhecimento populacional, impulsionado pela baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, tem levado o setor a investir em produtos e serviços que garantam melhor qualidade de vida.
A acessibilidade é a principal preocupação dos consumidores da terceira idade que buscam uma residência em Sorocaba, no interior paulista. “São filhos e familiares que observam o envelhecimento dos pais e buscam unidades pensadas para atender as necessidades dos idosos”, relata Alessandro Souto, proprietário de uma imobiliária local.
Segundo o empresário, de cada 10 contatos que recebe, sete são de filhos que estão procurando imóveis com acessibilidade para os pais. Casas térreas são as mais procuradas, representando 40% das pesquisas, pela ausência de escadas, perigosas para os idosos.
José Antônio de Milito, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas), vê um crescimento nas reformas residenciais para melhorar a acessibilidade. “As pessoas já estão se preocupando com essas questões de acessibilidade pensando na velhice ou em uma situação de terem a mobilidade reduzida temporariamente”, pontua.
Segundo o arquiteto, reformas simples podem adaptar a casa, colocando, por exemplo, pequenas rampas para acesso em desníveis, como degraus em portas. A instalação de barras para apoio no box dos banheiros, fitas antiderrapantes nos degraus e rampas, e boa iluminação são opções simples e eficientes para garantir segurança.
Além disso, a tecnologia tem sido uma aliada importante. Ferramentas de comando de voz e assistentes virtuais controladas por inteligência artificial podem ajudar a realizar ações simples, como ligar luzes e fechar portas, aumentando a segurança e a autonomia dos idosos.
Fonte: g1
Luxo impulsiona preços de lançamentos imobiliários em Florianópolis
Os preços dos lançamentos imobiliários no país aumentaram 1,78% no segundo trimestre, atingindo R$ 10,8 mil por metro quadrado, conforme o Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI) do DataZAP, que acompanha os preços de novos empreendimentos em 11 regiões do Brasil. O aumento superou o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) de 1,57% para o período.
Em Florianópolis (SC), os empreendimentos de luxo estão puxando os lançamentos, segundo o DataZAP, fazendo com que o metro quadrado atinja R$ 18,37 mil, 70% acima da média nacional. O turismo em expansão e investimentos em infraestrutura na cidade ajudam a explicar este movimento. Balneário Camboriú, conhecida pelos altos preços dos imóveis, não foi incluída nesta edição do ILI.
Nos últimos 12 meses, os preços dos lançamentos no país subiram 4,83%, novamente acima do INCC, que foi de 3,93%. Florianópolis teve a maior alta, com 42,48% na comparação anual.
Fonte: Exame