Gerson Oliveira Filho, diretor comercial da Loft
O noticiário desta semana está recheado de movimentações e dados bastante relevantes para proprietários de imóveis que são ou pretendem ser locadores. A mais agitada delas diz respeito à acalorada tramitação da lei de regulamentação do Airbnb na Câmara de Vereadores da capital fluminense.
De acordo com reportagem publicada por O Globo na última terça-feira, as galerias da Casa estiveram lotadas de donos de imóveis na cidade se manifestando tanto contra como a favor, durante a realização de uma audiência pública sobre o projeto.
As discussões giram em torno do projeto de lei 107/2025 cujo ponto mais polêmico prevê recolhimento de ISS (Imposto Sobre Serviços) junto aos proprietários de imóveis relativo ao serviço de locação de curto prazo.
“A gente quer o melhor para o Rio, quer que o ISS seja pago no Rio, e não fique em São Paulo. Queremos também garantir a segurança, e que esses dados sejam compartilhados com a prefeitura”, afirmou o relator do projeto, o Vereador Salvino Oliveira (PSD).
Apesar de ainda estar tramitando, parece que o caminho da regulamentação tem tudo para avançar, não só no Rio de Janeiro mas também em todas as demais capitais brasileiras e outros destinos relevantes de turismo ou negócios.
O fato é que, se isso se confirmar, pode implicar alguma perda da rentabilidade dos alugueis curtos, porque se aumentar a carga de impostos sobre o serviço para o proprietário, é de se esperar que o preço do serviço também seja majorado.
Portanto, esta regulamentação também pode ter um segundo efeito indireto: a redução da atratividade do serviço, do ponto de vista do usuário.
Em pista em direção contrária, acelera a modalidade de aluguel tradicional. No mesmo dia o site Money Times trouxe texto com dados de um estudo da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, contratado pelo Quinto Andar. A manchete é: “Investimento em imóveis atingiram 19% de retorno em 2024”.
De acordo com o levantamento, o rendimento com imóveis para locação chegou a 6,2% em 2024, enquanto a média de valorização das propriedades no período foi de 12,9%, totalizando 19,1% de rentabilidade.
Esses dados são muito positivos tanto para o segmento de locação quanto o de compra e venda. É um aquecimento constante, que não tem data para acabar, movido pelo déficit habitacional, e que não foi contido até agora pelo aumento das taxas de juros.
Portanto, esse é um ótimo momento para mostrar para os proprietários ou potenciais investidores de imóveis as vantagens da modalidade tradicional de aluguel. E do momento ainda favorável para financiar. Devido à essa ótima valorização do imóvel, e do mercado certeiro para o aluguel tradicional, com segurança e ótimas garantias.