O sonho de ter a casa própria faz parte da vida de muitos brasileiros. No entanto, para que esse desejo se torne realidade, vale a pena entender como somar a renda familiar para conseguir a aprovação no financiamento de um imóvel.
Conhecer o processo e os critérios envolvidos pode fazer toda a diferença na hora de fechar o negócio. Afinal, ao juntar os ganhos da família, a jornada para a obtenção de crédito imobiliário pode ser facilitada.
Se você pretende financiar um imóvel usando a renda familiar, continue a leitura e descubra como avançar um passo mais próximo do seu objetivo!
O que é renda familiar?
O primeiro passo para entender sobre o tema é conhecer o conceito de renda familiar. Trata-se do total de receitas financeiras auferidas pelos membros de um mesmo grupo familiar. Portanto, essa é a soma dos ganhos brutos (sem descontos) das pessoas que moram na mesma casa.
Esse montante deve ser informado e comprovado à instituição financeira para avaliação de crédito. Desse modo, ela determinará as condições de financiamento com base na capacidade de pagamento do núcleo familiar.
É válido ressaltar que a renda familiar é diferente da renda per capita. Essa última é calculada dividindo o total de ganhos pelo número de indivíduos da família.
Como a renda familiar é calculada?
Agora que você já sabe o que é renda familiar, chegou o momento de descobrir quais são os tipos de rendimentos que podem integrar o cálculo e como ele deve ser realizado.
Veja os exemplos mais frequentes:
- salário: são ganhos de empregos formais e atividades no setor público. Inclui a remuneração mensal e os demais vencimentos;
- pró-labore: são os valores mensais que sócios de negócios obtêm pelo trabalho realizado na empresa;
- aposentadoria e pensão: são os pagamentos a pessoas aposentadas e beneficiários de pensões, como a recebida em razão do falecimento de um familiar;
- lucros de aluguéis: são os montantes recebidos pela locação de propriedades imobiliárias, como residências e escritórios;
- ganhos de investimentos: são os lucros de aplicações financeiras, como dividendos, juros, retorno de fundos imobiliários, entre outros.
É importante destacar que, além dessas fontes, outros tipos de rendimentos — como horas extras, comissões, ganhos de atividades autônomas e benefícios de previdência privada — podem ser contabilizados. Fazer o cálculo da renda familiar, por sua vez, não é uma tarefa complexa.
Como você viu, é preciso somar todos os rendimentos financeiros dos membros da unidade familiar. Então imagine uma casa em que vivem Carla, Lucas e Renata.
Carla tem uma renda mensal de R$ 4.000,00 como freelancer, Lucas ganha R$ 2.800,00 de salário e Renata recebe uma pensão de R$ 1.600,00. Nesse cenário, a renda familiar total seria de R$ 8.400,00.
Como comprovar esse valor?
Além de calcular a renda familiar, é preciso saber como comprovar os valores. Acompanhe, a seguir, os documentos comprobatórios que costumam ser exigidos, de acordo com a fonte de renda:
Para empregados CLT
Se você é um empregado regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), normalmente os documentos necessários para comprovação de renda incluem:
- os últimos três contracheques;
- cópias das páginas relevantes da carteira profissional, incluindo informações pessoais, registro atual e reajustes salariais.
Para autônomos e freelancers
Para aqueles que trabalham de forma independente, sem relação de emprego formal — que podem ser MEI (microempreendedor individual), freelancers ou profissionais liberais —, os documentos comumente aceitos são:
- Extratos bancários pessoais e empresariais do último trimestre;
- RPA (Recibo de Pagamento de Autônomo), emitido pelo contratante do trabalhador autônomo após a prestação de serviços;
- Decore (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos), emitido por um contador que valida os ganhos mensais;
- Declaração de Imposto de Renda, que reflete a situação financeira do ano anterior.
Para empresários e empreendedores
Donos de empresas também conseguem comprovar a renda para a obtenção de crédito imobiliário. Veja os documentos normalmente exigidos:
- declaração de pró-labore, emitida por um contador. Esse documento é o comprovante de renda do sócio de uma empresa;
- relatório contábil do faturamento anual, validado pelo contador;
- contrato social ou declaração de firma individual;
- últimos três extratos bancários, tanto pessoais quanto empresariais;
- cartão do CNPJ;
- cartão de QSA (quadro de sócios).
Para aposentados e pensionistas
As pessoas que se enquadram nessa categoria podem comprovar seus rendimentos com:
- últimos três recibos de pensão, no caso dos pensionistas;
- extratos bancários pessoais mais recentes;
- extrato trimestral fornecido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Para servidores públicos
Da mesma maneira que ocorre com os empregados CLT, os servidores públicos geralmente precisam dos últimos três contracheques para a validação da renda. Também pode ser exigida a declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física).
Para estagiários
É comum que as pessoas que atuam como estagiários em empresas tenham dúvidas sobre a possibilidade de comprovação de renda. No caso delas, é preciso apresentar:
- últimos três comprovantes de pagamento da bolsa-estágio;
- extratos bancários pessoais mais recentes;
- registro do contrato de estágio ou prazo de concessão da bolsa.
Contudo, cada banco ou programa habitacional pode ter regras próprias sobre quais tipos de renda e comprovantes são aceitos para a compra de um imóvel. Por esse motivo, antes de reunir a documentação comprobatória, é aconselhável consultar as diretrizes do credor escolhido.
Como funciona um financiamento imobiliário com mais de uma renda?
Se você optar pela composição de renda familiar em um financiamento habitacional, escolha uma instituição financeira que ofereça essa opção. Programas como os da Caixa Econômica Federal costumam permitir a soma de rendimentos.
Ao solicitar o financiamento e apresentar os documentos solicitados, a instituição avalia a saúde financeira de todos os envolvidos. Para aprovação, ninguém deve ter pendências em órgãos de crédito.
Após verificar a credibilidade financeira de cada participante, o banco analisa se as parcelas do financiamento ficam dentro do teto de 30% da renda mensal combinada do grupo. É recomendável incluir pessoas mais jovens na composição da renda.
A razão para isso é simples: a idade máxima para financiar um imóvel é de 80 anos e 6 meses. Portanto, um indivíduo que tem 65 anos só pode realizar um financiamento de até 15 anos de duração. Como o período total precisa ser menor, o valor da parcela mensal se torna maior.
Agora que você já sabe como somar a renda familiar para financiar um imóvel, use essa modalidade para concretizar o sonho da casa própria. Afinal, com as informações certas e planejamento, é possível realizar o processo de financiamento com mais segurança.
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