STF mantém correção do FGTS pela inflação e garante sustentabilidade ao setor imobiliário. Expansão do metrô e trem em SP atrai e afasta moradores ao mesmo tempo. Em Curitiba, valor de imóveis de 1 quarto tem primeira queda em três anos.
- STF mantém correção do FGTS pela inflação e garante sustentabilidade ao setor imobiliário
- Expansão do metrô e trem em São Paulo atrai e afasta moradores ao mesmo tempo
- Em Curitiba, valor de imóveis de 1 quarto tem primeira queda em 3 anos
- Minha Casa, Minha Vida impulsiona mercado imobiliário baiano no 1º trimestre
STF mantém correção do FGTS pela inflação e garante sustentabilidade ao setor imobiliário
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em manter a correção do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pela feita pela TR (Taxa Referencial) mais 3%, – como ocorre desde 2017 – acalmou o mercado imobiliário. A proposta do relator, ministro Luis Roberto Barroso, que foi recusada pela maioria dos ministros, pretendia equivaler a correção do FGTS à da caderneta de poupança (6,17% mais TR).
Empresários do setor temiam que a mudança afetasse a disponibilidade de recursos para habitação e o encarecimento do crédito. O resultado da votação no Supremo foi um alívio, já que a correção vigente é compreendida como essencial para a manutenção do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), e contribui para a sustentabilidade da indústria da construção civil e incorporação imobiliária. “A decisão também vai permitir que continuemos a enfrentar o alto déficit habitacional no Brasil, estimado em 7,8 milhões de moradias, segundo a FGV”, afirma Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
O Secovi-SP avalia que a decisão do STF preserva as operações de financiamentos e empréstimos realizadas pelo FGTS, essencial para políticas públicas de habitação e saneamento. O fundo é a principal fonte de crédito imobiliário do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com juros abaixo do mercado e subsídios para rendas de R$ 2.000 a R$ 8.000.
Fontes: Folha de S.Paulo e IstoÉ
Expansão do metrô e trem em São Paulo atrai e afasta moradores ao mesmo tempo
A chegada do metrô e trem em diferentes bairros de São Paulo tem gerado resultados diferentes em relação à atratividade de moradores, revela o Mapa dos trilhos, feito com informações do Censo 2022 do IBGE. Enquanto algumas regiões próximas às estações tiveram aumento populacional, outras perderam habitantes. O Plano Diretor de 2014 tinha como um dos objetivos principais levar moradia para perto do transporte sobre trilhos.
No Jardim São Paulo, na zona Norte, a inauguração da estação em 1998 atraiu empreendedores, mas expulsou moradores, com 3.462 pessoas deixando o entorno entre 2010 e 2022. Já na Linha 15-Prata, na zona Leste, 8 das 11 paradas perderam moradores, apesar de prédios em construção indicarem expansão de moradias em algumas áreas.
Ainda segundo o estudo, o adensamento populacional se concentrou nas regiões de classe média, nas margens do centro expandido, como Belém, Mooca, Tatuapé, Barra Funda, Pirituba e Campo Belo. Este último, teve o terceiro maior crescimento, com 4.814 novos moradores. Já no distrito do Jaraguá, na zona Norte, a estação Vila Aurora teve aumento de 4.930 habitantes, impulsionado pela autoconstrução.
Por outro lado, áreas centrais da capital paulista, com ampla infraestrutura, perderam moradores, com destaque negativo para as estações Santa Cecília, Trianon-Masp e Brigadeiro. Aluguéis caros, falta de herdeiros e degradação da região Central foram alguns dos motivos apontados para o esvaziamento. Apesar dos resultados divergentes, defensores do Plano Diretor argumentam que é preciso dar tempo para que a proposta alcance o resultado esperado até 2029.
Fonte: Folha de S.Paulo
Em Curitiba, valor de imóveis de 1 quarto tem primeira queda em 3 anos
Após três anos de valorizações contínuas, o mercado imobiliário de Curitiba registrou a primeira queda no valor dos imóveis de um dormitório em maio, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar. O recuo foi de 0,16% em comparação com abril, com o metro quadrado atingindo R$ 57,03, um sinal de desaceleração deste segmento que acumulou alta 18,51% em um ano, a menor de toda a série histórica.
De acordo com o gerente de dados do QuintoAndar, Thiago Reis, a falta de estoque em bairros mais procurados é uma das explicações para a queda, mas ainda é preciso acompanhar o cenário para entender se a demanda por imóveis pequenos está diminuindo. Enquanto isso, imóveis de dois e três quartos continuam valorizados, com altas mensais de 0,57% e 0,94%, respectivamente, e metro quadrado custando em média R$37,29 e R$34,42.
No balanço geral, Curitiba registrou uma valorização média de 0,68% em maio e 17,94% no acumulado dos últimos 12 meses no valor do aluguel. Entre os bairros mais caros estão Prado Velho (R$64,10), Centro Cívico (R$56,60) e Centro (R$51,80).
Fonte: Hub Imobiliário
Minha Casa, Minha Vida impulsiona mercado imobiliário baiano no 1º trimestre
Os imóveis econômicos dominaram o mercado imobiliário baiano no primeiro trimestre de 2024, segundo pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, encomendada pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA). As unidades do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) geraram um crescimento de 52%, em comparação ao mesmo período de 2023, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 309 milhões. Somando todas as tipologias, o VGV do trimestre em Salvador e Região Metropolitana foi de R$ 531 milhões.
A pesquisa também mostrou que 30% dos imóveis vendidos foram do MCMV, com 36% das unidades variando entre R$ 350 mil e R$ 700 mil. O ticket médio por metro quadrado foi de R$ 9.500 em Salvador , e R$ 6.500 na Região Metropolitana. Os bairros que mais venderam em Salvador foram Piatã, Jaguaribe e Caminho das Árvores.
Apesar da queda nos lançamentos (-54%) e no VGV (-52%) na capital baiana, houve uma recuperação gradual ao longo do trimestre. A prévia de abril e maio indica uma melhora significativa para o segundo semestre, explicou o CEO da Brain, Fábio Araújo. Dos 4.400 imóveis disponíveis na planta, 3.700 estão em obras, representando 74% do mercado.
Fonte: iBahia