Revisão de zoneamento em SP facilita construção em áreas disputadas. Em Porto Alegre, procura por aluguel em bairros poupados pelas cheias sobe mais de 60%. Índice Preço Real EXAME-Loft mostra redução da diferença entre preço anunciado e recomendado.
- Aprovada, minirevisão de zoneamento em SP facilita construção em áreas disputadas
- Diferença entre preço anunciado e recomendado de imóveis em São Paulo diminui
- Porto Alegre: procura por aluguel em bairros poupados pelas cheias sobe mais de 60 por cento
- Volume de financiamentos imobiliários no Ceará salta 30 por cento em um mês
Aprovada, minirevisão de zoneamento em SP facilita construção em áreas disputadas
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou uma nova revisão da Lei de Zoneamento e um conjunto de alterações nas regras urbanas que favorecem a expansão imobiliária em importantes áreas da capital paulista. A revisão era necessária para corrigir erros da versão sancionada pela prefeitura, que deixou quadras da cidade sem regras para uso e ocupação. O texto, no entanto, ainda precisa de uma segunda votação.
Como adiantamos no Portas Abertas de terça-feira (2), seis projetos receberam textos substitutivos, destravando a construção de novos prédios nas marginais, avenida Berrini e no “buraco da Faria Lima”. As aprovações pemitem também a legalização de construções irregulares, como o edifício St. Barths no Itaim-Bibi.
Uma das principais mudanças aprovada na votação cria novos critérios para aplicar o aumento da área construída em perímetros de 400 metros de corredores de ônibus no sentido Centro, e de 700 metros de estações de metrô e trem, definidos como Zona Eixo de Estruturação Urbana (ZEU). A nova lei também flexibiliza as regras para ZEUs em quadras com bens tombados pelo Conpresp e em áreas com vegetação nativa, desde que não ultrapassem metade da quadra.
No caso da Faria Lima, a versão final do texto deve incluir a realização de novo leilão de créditos construtivos (Cepacs) e a permissão de que els sejam utilizados para regularizar obras. Já as mudanças na Operação Urbana Água Espraiada envolvem, basicamente, um conjunto de medidas para indicar a transição até o seu encerramento, nos distritos Itaim Bibi, Campo Belo, Jabaquara, Vila Andrade, Morumbi e Santo Amaro.
O novo texto dá sinal verde para construções em várzeas dos grandes rios da cidade, desde que o responsável pelo empreendimento apresente soluções técnicas para o rebaixamento do lençol freático. Apesar das medidas de segurança, especialistas alertam que os riscos não são totalmente eliminados.
Fontes: Folha de S.Paulo e Estadão.
Diferença entre preço anunciado e recomendado de imóveis em São Paulo diminui
O Índice Real de Aluguel EXAME-Loft de junho mostrou que, em São Paulo, a diferença média entre os preços pedidos por um imóvel para locação e o valor recomendado foi de 2,60%, uma queda de 0,12 ponto percentual em relação ao mês anterior. “Essa redução tende a agilizar o fechamento de negócios entre inquilinos e proprietários”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Os bairros onde o preço cobrado no aluguel está mais próximo do ideal – com IPRs abaixo de 3% – são Liberdade, Sacomã e República, nas Zonas Central e Sudeste da cidade. Já os bairros com preço do aluguel mais distante da estimativa de quanto realmente vale o imóvel são Jardim Paulista, Moema e Brooklin.
O levantamento também aponta o preço recomendado para aluguel em cada bairro com base no metro quadrado. A Vila Olímpia, na Zona Oeste, lidera com custo de R$ 91,22 por metro quadrado, seguida por Jardim Europa e Itaim Bibi, com preços na casa dos R$ 80. Os menores preços continuam nos bairros de Sacomã (R$ 31,82), Freguesia do Ó (R$ 33,18) e Jabaquara (R$ 36,12).
O Índice Real de Aluguel EXAME-Loft compara os preços cobrados pelos proprietários nas principais plataformas digitais com uma estimativa de valor real do aluguel, recomendada por inteligência artificial. A startup utiliza uma calculadora de preços treinada com 4,2 milhões de anúncios de transações de venda e aluguel em São Paulo para analisar 51 bairros da capital paulista.
Fonte: Exame
Porto Alegre: procura por aluguel em bairros poupados pelas cheias sobe mais de 60 por cento
A procura por locação de imóveis em Porto Alegre aumentou rapidamente dois meses após as inundações que atingiram a Região Metropolitana, nos dias 3 e 4 de maio. Moradores de bairros centrais, como Menino Deus, Centro e Cidade Baixa, optaram por buscar novas possibilidades em locais menos expostos aos riscos de enchentes, impactando a demanda e o valor médio das ofertas, aponta um levantamento feito pela Auxiliadora Predial.
A busca por imóveis em regiões como Santana, Petrópolis, Passo da Areia, Bom Fim e Partenon subiu mais de 60%. Mario César Soares, diretor de aluguéis da Auxiliadora, explica que 90% dos imóveis disponíveis para locação na capital são apartamentos. Ele identificou um pico de demanda a partir de 15 de maio, com proprietários percebendo o prolongamento dos danos nos imóveis e buscando alternativas aos hotéis ou casas de familiares.
Soares afirma ainda que o mercado de locação está aquecido, e os estoques atuais estão 25% abaixo dos apurados no mesmo período do ano passado. “Quem alugava casa e ficou 30 dias fora, pela lei do inquilinato, entrega a chave, não paga aviso prévio e pode se mudar. Estamos falando de um mercado de locação aquecido em que não se percebe crise pela frente”.
Fonte: Zero Hora
Volume de financiamentos imobiliários no Ceará salta 30 por cento em um mês
O volume de financiamentos imobiliários no Ceará atingiu R$ 300,5 milhões em maio de 2024, um aumento de 30,4% em relação a abril e de 18,6% na comparação com maio de 2023, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Esse resultado representa o melhor desempenho mensal do ano no estado.
Tibério Benevides, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), atribuiu o aquecimento do mercado imobiliário local às obras contratadas, tanto do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) quanto do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A expectativa é que o setor fature mais de R$ 5 bilhões em 2024, ante R$ 4 bilhões em 2023, em média.
Apesar do crescimento em maio, o acumulado dos cinco primeiros meses de 2024 (R$ 1.293.063.449) ainda é inferior ao volume contratado no mesmo período do ano passado (R$ 1.374.390.300). No Brasil, foram financiados 48,7 mil imóveis em maio, uma retração de 1,8% em relação a abril, mas uma elevação de 16,4% na comparação com maio de 2023.
Nos primeiros cinco meses de 2024, foram financiados 197,3 mil imóveis com recursos da poupança SBPE no país, resultado 10,1% inferior ao de igual período de 2023. No Ceará, foram adquiridos 708 imóveis em maio, um crescimento de 9,5% em relação a abril, totalizando 3.936 imóveis financiados no acumulado do ano, uma queda de 15,69% ante igual período de 2023.
Fonte: O Povo