Relatório da Reforma Tributária aumenta desconto para setor imobiliário. PipeImob capta R$ 2,5 mi para impulsionar transformação digital do mercado imobiliário. Demanda por imóveis comerciais na Faria Lima se mantém estável.
- Reforma Tributária: relatório aumenta desconto para setor imobiliário, mas ainda preocupa
- PipeImob capta R$ 2,5 milhões para impulsionar transformação digital no setor imobiliário
- ‘Êxodo’ da Faria Lima é visto como ajuste natural e demanda pela região não diminui
- Plano&Plano e Tecnisa lançam parceria em empreendimento econômico na capital paulista
Reforma Tributária: relatório aumenta desconto para setor imobiliário, mas ainda preocupa
O grupo de trabalho que prepara a regulamentação da Reforma Tributária na Câmara Federal decidiu reduzir a taxação sobre o setor de construção civil e mercado imobiliário, atendendo parte das demandas dos empresários. Representantes do setor vêm alertando para o risco de disparada de preços neste mercado, caso o projeto não sofra ajustes.
No parecer do projeto, as alíquotas cobradas de incorporadoras e construtoras terão uma redução de 40% em relação à tributação de referência, estimada em 26,5% pelo Ministério da Fazenda. Já nas operações de aluguel, cessão onerosa e arrendamento – sempre entre pessoas jurídicas – haverá uma redução de 60% em relação à alíquota padrão.
No entanto, no entendimento do setor, o projeto acabou elevando a carga de impostos para imóveis em geral, chegando ao dobro. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), apesar de haver avanços, seria necessário um desconto de 60% para manter uma carga próxima da atual.
“Em relação à carga de impostos, a regulamentação da reforma se mostra insuficiente para a obtenção da neutralidade tributária, o que deve impactar o acesso à habitação, por exemplo”, afirma Renato Correia, presidente da CBIC.
Os deputados também ampliaram os redutores sociais. Na versão enviada pela Fazenda, seria aplicado um redutor de R$ 100 mil por bem imóvel. Os deputados criaram um redutor extra de R$ 30 mil para a compra de terrenos que tenham como destino o loteamento para a construção de residências populares. Além de um redutor de R$ 400 para aluguéis.
Esses redutores descontam o valor sobre o qual será calculada a tributação e deverão ser corrigidos pela inflação calculada pelo IPCA, conforme estabelecido no parecer da Câmara dos Deputados.
O relatório também detalhou as regras do “split payment”, mecanismo de pagamento dos tributos no ato de aquisição de produto ou serviço, definido três modelos: “split inteligente”, “split simplificado” e “split manual”.
Fontes: Folha de S.Paulo e Terra
PipeImob capta R$ 2,5 milhões para impulsionar transformação digital no setor imobiliário
A PipeImob, startup especializada em soluções para o mercado imobiliário, acaba de captar um investimento de R$ 2,5 milhões em uma rodada Pré-Seed liderada pela DOMO.VC. Fundada por Roberto Nascimento, um dos criadores do Zap Imóveis, em parceria com Danilo Herrero e Olavo Piton Junior, a startup visa digitalizar os processos burocráticos dentro das imobiliárias, facilitando a gestão de transações desde a proposta inicial até a finalização da venda.
Com o aporte, a PipeImob pretende acelerar o desenvolvimento de sua plataforma, aprimorar as funcionalidades existentes e expandir as operações. Entre as prioridades estão a implementação de novas ferramentas para otimizar o processo de venda de imóveis e a oferta de serviços bancários para corretores, permitindo o extrato e saque de comissões. A plataforma já conta com clientes como Loft, RE/MAX, Auxiliadora Predial, Keller Williams e Lopes.
Nos últimos cinco meses, o PipeImob facilitou a transação de mais de quatro mil imóveis, totalizando cerca de R$ 2,5 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) e gerando em torno de R$ 150 milhões em comissões. A expectativa da startup é atingir R$ 1 bilhão em volume de imóveis transacionados mensalmente em sua plataforma nos próximos três meses.
Fontes: Pipeline e Hub Imobiliário
‘Êxodo’ da Faria Lima é visto como ajuste natural e demanda pela região não diminui
Apesar de registrar cinco trimestres consecutivos com mais saídas do que entradas em seus imóveis corporativos, a avenida Faria Lima – o principal centro financeiro do país, em São Paulo – não vive uma queda na demanda. Gestoras e outras instituições financeiras ainda querem estar no endereço, mas alguns fatores ajudam a explicar a acomodação vista em pouco mais de um ano.
Segundo dados da plataforma SiiLA, compilados pelo Itaú BBA, o poder de barganha segue nas mãos dos locadores: o índice de vacância beira os 10% na região. Muitas companhias alugaram lajes durante a pandemia a preços atrativos, mas desde o ano passado, os imóveis começaram a entrar na fase de reajuste de contratos, a chamada “revisional”.
“A Faria Lima está passando por uma fase de ajustes e, obviamente, algumas empresas vão ter que sair para economizar, mas o setor financeiro ainda quer estar lá – e é importante estar ali”, avalia Ricardo Raoul, responsável pela gestora americana Paladin Realty no Brasil. A analista Larissa Gatti Nappo, do Itaú BBA, compartilha desta visão, destacando exemplos de revisionais em que locadores subiram o preço do aluguel de 29% até 48%.
Atualmente, o preço médio do aluguel do metro quadrado na Faria Lima é de R$ 246,49. Trata-se do segundo maior entre as regiões analisadas, próximo ao metro quadrado da JK (R$ 243,44) e atrás do Itaim Bibi (R$ 313), que ficam quase na mesma região. O valor médio destas áreas está em ascensão desde o segundo trimestre de 2022: saindo de R$ 140 para R$ 223 por metro quadrado.
Para algumas empresas, o reajuste nos preços da Faria Lima não fez sentido, especialmente às menos ligadas ao setor financeiro, então elas foram buscar espaço em outras regiões.
A SulAmérica foi o exemplo mais recente, trocando seus escritórios da Faria Lima para a região da Paulista, em que o preço médio do aluguel está em R$ 124,04 por metro quadrado, apesar de uma taxa de vacância baixa (1,7%) em relação à Faria Lima. Outra a optar pela mudança foi a Pirelli, que rumou para a região da Chucri Zaidan (R$ 103,22 por metro quadrado).
Fonte: InvestNews
Plano&Plano e Tecnisa lançam parceria em empreendimento econômico na capital paulista
A Plano&Plano e a Tencasa, nova empresa da construtora Tecnisa, anunciam o lançamento do “Mais Vila Andrade”, um empreendimento econômico localizado no bairro de Vila Andrade, na região do Morumbi, em São Paulo. O projeto contará com quatro torres, oferecendo 989 unidades de dois dormitórios com 32 metros quadrados e estrutura de lazer que inclui piscina, quadras, academia, coworking, minimercado e ala delivery.
O empreendimento fica próximo à Av. Giovanni Gronchi, importante eixo da região, com fácil acesso a transporte público, shoppings, supermercados, hospitais e colégios. As unidades serão destinadas a famílias com renda de até R$ 2.640, que poderão financiar o apartamento pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Rodrigo Luna, presidente do conselho administrativo da Plano&Plano, diz que empreendimentos anteriores na região foram um sucesso e que a parceria com a Tencasa permite oferecer um produto completo ao segmento econômico, com preço competitivo.
O distrito da Vila Andrade vem ganhando destaque no mercado imobiliário paulistano, e ocupa o terceiro lugar com maior número de unidades lançadas em 2023, segundo o anuário do Secovi-SP, liderando as vendas no último ano, de acordo com levantamento da Loft.
Fonte: Hub Imobiliário