Segurança é a característica mais buscada por brasileiros na hora de escolher onde morar. Bancos priorizam poupança para financiamento imobiliário de pessoa física e buscam alternativas para incorporadoras. Mercado imobiliário no interior paulista cresce com busca por qualidade de vida.
Brasileiros priorizam segurança e tranquilidade na escolha do imóvel
Viver em um local seguro e com uma vizinhança tranquila é o sonho dos brasileiros em todo o território nacional. Em alguns estados, essas características são ainda mais determinantes na hora de escolher onde morar, segundo levantamento realizado pela Loft em parceria com a Offerwise.
Quando questionados sobre o imóvel ideal para moradia, os entrevistados poderiam escolher entre 12 alternativas. No entanto, as mais citadas foram “vizinhança segura” (65% das respostas), “vizinhança tranquila” (61%) e “infraestrutura do bairro” (57%). “Esses fatores são cruciais para os brasileiros”, analisa Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
A opção “vizinhança segura” foi a mais citada em todas as classes sociais, faixas etárias e macro-regiões do país.
No Rio de Janeiro, a porcentagem de cidadãos que priorizam a segurança sobe para 71%. Já no Pará, a escolha cai para 54%. Dos 12 estados brasileiros analisados, apenas Santa Catarina, Bahia e Goiás não optaram por essa característica em primeiro lugar.
Fonte: Estadão
Banco prioriza poupança para financiamento imobiliário de pessoa física
Os bancos que atuam no crédito imobiliário esperam que as concessões de recursos se mantenham, em 2024, próximas dos patamares recordes dos três anos anteriores. No entanto, as instituições financeiras enfrentam o desafio de se tornar menos dependentes da poupança, principal fonte de recursos do setor, que vem sofrendo com o volume crescente de saques.
Como estratégia, as instituições financeiras direcionam a captação de recursos por meio de instrumentos de mercado de capitais para o financiamento a obras de incorporadoras. O chamado “plano empresário” permite que os bancos priorizem o “funding” da poupança para as operações de pessoa física.
Dados da Abecip mostram que, de janeiro a maio, as novas concessões de empréstimos para aquisição da casa própria dentro do SBPE cresceram 2,6% frente ao mesmo período do ano passado. Porém, o saldo da caderneta no SBPE caiu de R$ 801 bilhões em 2020 para R$ 749 bilhões em maio deste ano, uma redução de R$ 52 bilhões nos últimos três anos e meio.
Segundo Romero Albuquerque, diretor de crédito imobiliário do Bradesco, “o problema atual da poupança, de saques superiores aos depósitos, é estrutural e não conjuntural”. Os bancos já incorporaram um modelo de “funding híbrido, com poupança nos repagamentos dos contratos, e outros instrumentos de mercado, notadamente as LCIs e LIGs”, afirma.
Fonte: Valor Econômico
Mercado imobiliário no interior paulista cresce com busca por qualidade de vida
O mercado imobiliário no interior paulista, principalmente os condomínios horizontais, têm apresentado crescimento constante. De acordo com pesquisa da Alea/Deloitte, 70% dos brasileiros desejam morar em casas, e essa porcentagem chega a 90% no interior, comprovando que as movimentações do setor estão em expansão desde os primeiros meses do ano.
Dados do Creci-SP mostram que a locação de imóveis usados no interior de São Paulo, por exemplo, teve um aumento de 25% em março em relação a fevereiro, e no acumulado do ano, entre janeiro e março, a variação chega a 172%. O último levantamento do DataZap revelou também que as casas em condomínios fechados próximos à capital paulista tiveram valorização de quase 40% entre 2019 e 2023.
Segundo especialistas, este aumento é impulsionado pela busca por ambientes mais seguros e acessíveis. “Diversas famílias têm optado por maior qualidade de vida e, por isso, buscam moradias alocadas no interior próximo de grandes cidades, que podem oferecer melhor conforto e lazer”, aponta Cesar Federmann, Diretor da ENNE e especialista em desenvolvimento imobiliário.
“Cidades como Itu, Campinas, Itupeva e outras oferecem um custo de vida cada vez mais acessível e, por isso, têm se tornado cada vez mais atrativos”, reforça Federmann, que destaca a importância de desenvolver projetos que atendam às necessidades específicas dos consumidores do interior, com empreendimentos próximos aos centros de compras, shoppings, hotelaria, gastronomia, lazer e diversão.
Decoração pode quadruplicar rentabilidade do aluguel
Um levantamento feito pela Conviva, gestora de locações de curta e longa temporada, mostrou que a qualidade e o tipo da decoração podem impactar significativamente a rentabilidade do investidor, aumentando o resultado líquido do aluguel em até 216%. A pesquisa, que abrange o período de abril de 2022 a abril de 2024, utilizou a média dos valores recebidos entre seis apartamentos idênticos, de 28 m², no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.
O apartamento que menos faturou no período obteve uma receita bruta de R$ 3.156 em média, enquanto o que mais faturou ficou com R$ 5.477, uma diferença de 74%. Após aplicar os descontos por taxas de gestão e contas de consumo, a rentabilidade ficou entre R$ 641 e R$ 2.542, ou seja, quase quatro vezes maior.
“Alguns detalhes simples fazem toda a diferença. Especialmente neste caso, que a área total é pequena, a forma como se utiliza o espaço possui um grande impacto aos olhos de quem faz a busca na internet”, afirma Rafael Rossi, diretor executivo da Conviva.
A tendência manteve-se ao realizar a média entre os três apartamentos com decoração simples e os três com decoração superior. A renda bruta foi de R$ 3.345 para R$ 5.239 ao mês, crescendo 57%. Já a rentabilidade oscilou de R$ 745 e R$ 2.351, uma diferença de 216%, respectivamente.
“Quem se hospeda busca bem-estar e funcionalidade, por isso, destacam-se móveis planejados e uma decoração com tons neutros e boa iluminação. E não é preciso gastar muito para isso: elementos como almofadas e pufes aumentam o conforto, espelhos fazem com que o cômodo pareça maior e mais bem iluminado, e papéis oferecem a sensação de alegria e elegância”, afirma Rossi.
Fonte: Gazeta da Semana