Inadimplência de aluguel atinge menor índice do ano no Brasil. Banco Central testa operações com imóveis na nova fase do Drex. Preço do aluguel em Curitiba recua após altas em mais de um ano.
Inadimplência de aluguel no Brasil cai para menor índice do ano
A inadimplência do aluguel de imóveis no Brasil atingiu 3,12% em agosto, o menor percentual de 2024, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. O estudo, que monitorou 800 mil imóveis, considera boletos em atraso há mais de 60 dias ou pagos com esse atraso.
Segundo o levantamento, em relação a julho, houve queda de 0,29 ponto percentual. Se comparado ao pico do ano, em fevereiro e abril, a queda foi de 0,74 ponto percentual.
“Percebe-se que a partir de junho de 2023 a taxa foi aumentando de 3,03% até chegar em 3,82% em dezembro. Somente a partir de maio deste ano houve queda, que continua acontecendo mensalmente”, explica Manoel Neto, diretor de negócios da Superlógica.
Entre as regiões, o Norte lidera com 5,12% de inadimplência, seguido por Nordeste (4,91%), Centro-Oeste (2,84%), Sudeste (2,82%) e Sul (2,54%). O Amazonas apresentou a maior taxa estadual, com 13,66%.
Nos imóveis residenciais, a faixa de aluguel entre R$ 2 mil e R$ 3 mil registrou o menor índice de inadimplência. Já os imóveis comerciais continuam com as maiores taxas, especialmente na faixa até R$ 1 mil (6,12%).
O diretor da Superlógica ressalta que possíveis mudanças na política monetária, com a próxima decisão do Banco Central sobre juros, podem impactar os números a partir do fim do ano.
Fonte: Valor Investe
Banco Central testa operações com imóveis na nova fase do Drex
O Banco Central (BC) iniciará a segunda fase de testes do Drex, o real digital brasileiro, com foco em 13 temas que impactam diretamente o cotidiano dos cidadãos. Ganham destaque as operações com imóveis, negociação de veículos e ativos do agronegócio.
As transações com imóveis são um dos principais temas selecionados para os testes. O Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (em parceria com Elo e Microsoft) e o consórcio SFCoop (Sistema Financeiro Cooperativista) estão envolvidos na proposta.
Nesta etapa, o objetivo é testar a implementação de serviços financeiros por meio de contratos inteligentes, geridos por terceiros participantes da rede. “Partimos do que podemos construir que seria aplicável no dia a dia dos nossos clientes e quais são as limitações e as oportunidades que teremos com a atual estrutura proposta”, explica Julierme de Souza, gerente-executivo de tecnologia do Banco do Brasil.
“A intenção é tornar os passos dessas jornadas mais rápidos, mais fluidos e, de certa forma, mais automatizados”. O projeto abrange desde simples transferências de compra e venda até operações mais complexas, como o financiamento de imóveis já financiados.
A expectativa é que os contratos inteligentes automatizem etapas cruciais do processo imobiliário. Por exemplo, em uma negociação de compra de casa, isso significaria automatizar a transferência de recursos entre comprador e vendedor, assim como a mudança de titularidade do imóvel.
O BC vai abrir chamada para novas candidaturas de entidades interessadas em participar dos testes no terceiro trimestre. A previsão é que o Drex se torne realidade em aproximadamente dois anos, podendo revolucionar o mercado imobiliário brasileiro.
Fonte: Folha de S.Paulo
Preço do aluguel em Curitiba recua após altas em mais de 1 ano
O preço médio do metro quadrado para aluguel em Curitiba caiu 0,34% em agosto, chegando a R$ 39,99, após altas consecutivas em mais de um ano. Segundo levantamento QuintoAndar Imovelweb, a cidade não registrava retração desde julho de 2023, tendo inclusive ultrapassado R$ 40 em junho e julho deste ano.
Segundo Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, os números consolidam a tendência de desaceleração do preço, acompanhada nos últimos meses. “Em fevereiro, a alta acumulada em 12 meses era de 22,53% na capital paranaense. Agora em agosto ela ficou em 15,47%, a menor desde março de 2022″, explica.
Esta mudança no mercado fica clara quando se observa a valorização nos bairros: no último trimestre, 9 dos 25 bairros pesquisados tiveram diminuição no valor. Alto da Rua XV (-6,9%), Cabral (-5,1%) e Centro Cívico (-4,8%) registraram as maiores desvalorizações, enquanto Alto da Glória (18,7%), Vila Izabel (17,9%) e Novo Mundo (17,8%) apresentaram maior escalada de preços.
Ainda de acordo com o levantamento, Prado Velho é o bairro mais caro, com média de R$ 66,40/m², seguido por Centro Cívico (R$ 53,90/m²) e Centro (R$ 53,20/m²).
O Índice QuintoAndar ImovelWeb usa um modelo de preços que considera variáveis como tamanho, vagas de garagem e acessibilidade a escolas para garantir precisão nos dados.
Fonte: Gazeta do Povo
App de transparência imobiliária criado no Rio chega a São Paulo
A ferramenta de dados do mercado imobiliário RioM², que permite consultar o valor de venda de imóveis por rua, expandiu sua atuação para São Paulo com o lançamento do SPm². Os aplicativos utilizam a base de dados pública de transações imobiliárias para facilitar e dar mais transparência na precificação dos imóveis.
Fundado em 2021, o RioM² foi recentemente selecionado pelo programa de criação de startups da Mubius WomenTech Ventures. Para expandir nacionalmente, foi criada a holding BrM², sendo o SPm² a primeira iniciativa fora do Rio.
“A BrM² nasceu da necessidade de reduzir o tempo de negociação no mercado imobiliário, onde imóveis frequentemente permanecem anos sem trocar de mãos devido à falta de dados claros e acessíveis. O preço justo é o maior acelerador de negócios no mercado imobiliário”, explica Adriana Socci Barbosa, fundadora e CEO da BrM².
O aplicativo utiliza uma base de dados de transações dos últimos dez anos em cada rua ou bairro, entregando a pesquisa de forma anonimizada. Atualmente, o RioM² é usado por leiloeiros e avaliadores oficiais como referência de valores do mercado. O SPm² pode ser baixado nas lojas de aplicativo da Apple e do Google, assim como o RioM².
Fonte: O Globo