Como escritórios de gestão de fortunas oferecem ativos imobiliários que rendem até 25% ao ano. Especialistas apontam que virada de ano traz oportunidade para financiamento imobiliário. Vila Mariana e Tatuapé lideram a lista de bairros mais procurados para se morar em São Paulo.
- Para clientes de alta renda, ativos imobiliários rendem até 25 por cento ao ano
- Virada do ano traz oportunidade para financiamento imobiliário
- Vila Mariana e Tatuapé lideram a lista de bairros mais procurados para se morar em São Paulo
- Orçamento do FGTS para Minha Casa, Minha Vida em 2025 será recorde
Para clientes de alta renda, ativos imobiliários rendem até 25 por cento ao ano
Os family offices, escritórios que trabalham gerindo grandes fortunas, estão proporcionando a clientes ricos no Brasil acesso a investimentos exclusivos no mercado imobiliário, com retornos de até 25% ao ano, significativamente superiores aos títulos indexados à Selic, atualmente em 11,25% ao ano. Os escritórios podem se tornar ‘sócios’ dos empreendimentos enquanto eles ainda estão sendo criados. A prática antes era restrita a amigos e familiares dos empresários, mas agora está disponível para investidores com pelo menos R$ 1 milhão aplicados.
Diferente de financiamentos convencionais, o valor inicial investido não se transforma em dívida, mas em participação (equity) no empreendimento. Os family offices costumam financiar até 20% do capital necessário para projetos imobiliários.
Segundo Leonardo Bersot, da Portofino MFO – que gerencia R$ 30 bilhões – as incorporadoras procuram esses escritórios para simplificar a captação de recursos. “Constituímos um veículo de investimento que permite acessar projetos que, individualmente, as famílias não conseguiriam.”
Outro especialista no segmento, Silvio Kozuchowicz, CEO da SKR, observa que a profissionalização do mercado de investimentos vem influenciando os projetos imobiliários. “Do ponto de vista das construtoras, esse processo de desenvolvimento imobiliário fez com que a gente criasse uma interface de diálogo com esse novo cliente” explica.
Fernanda Rosalem, da Paladin, acredita que a parceria com family offices no setor imobiliário será duradoura devido à cultura de investir em imóveis. “Nosso corte é uma rentabilidade real de 20% ao ano, no fim do empreendimento.”
A Charlie, especializada em locação flexível, destaca que os family offices têm demonstrado crescente interesse em investir em fundos relacionados a esse modelo, com investidores apostando na criação de empreendimentos do zero, projetados para esse formato de locação. “Os bairros dos Jardins e Pinheiros são os que têm mais apartamentos com investimentos vindos de family offices”, afirma Aarti Waghelam, Chief Growth Officer na Charlie. A empresa, que começou o ano com 1,9 mil unidades em operação, vai encerrar 2024 com 2,5 mil, salto de 31%.
Fonte: Estadão Conteúdo/ Uol
Virada do ano traz oportunidade para financiamento imobiliário
A virada do ano costuma ser um momento estratégico para solicitar financiamentos imobiliários. Historicamente, esse período é marcado por uma desaceleração no mercado, já que os consumidores estão mais focados nas festividades e despesas de início de ano. Por outro lado, bancos e incorporadoras oferecem condições especiais e benefícios nesta época, para aproveitar o recebimento de rendas extras como o 13º salário.
As ofertas são feitas quando a obra já foi concluída ou está em sua fase final de construção, para facilitar a concretização da venda dos estoques das construtoras. Assim, as empresas contornam um dos maiores obstáculos para o fechamento do contrato, que é o valor de entrada. Quanto mais alto o valor pago inicialmente, mais fácil é conseguir e mais barato fica o financiamento. Essa negociação no início do ano também evita a alta demanda do segundo semestre, quando a concessão de crédito pode ser mais restrita.
Segundo Gustavo Nascimento, gerente comercial da incorporadora Arqos, de janeiro a março há maior disponibilidade de recursos nos bancos, tornando essa fase mais favorável para aprovação de financiamentos. “O sucesso depende do perfil financeiro do comprador”, adverte.
O financiamento imobiliário, em geral, tem um prazo de até 420 meses (35 anos) e as prestações não devem ultrapassar 30% da renda mensal do consumidor. Essa limitação busca compatibilizar as parcelas com a capacidade de pagamento, evitando compromissos financeiros excessivos.
Pedro Paulo Marolla, diretor financeiro da SKR, lembra que construtoras frequentemente fazem parcerias com bancos para oferecer taxas de juros competitivas e facilidades na aprovação do crédito. Essas condições trazem a possibilidade de inclusão de taxas como ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e uso do saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
“Em novembro, por exemplo, as pessoas esperam ofertas Black Friday, então entramos também”, ressalta Sérgio Paulo Amaral dos Santos, da MRV. A empresa contratou o cantor Mumuzinho para promover suas condições de parcelamento durante a novela global das 21h.
Ao mesmo tempo em que a aquisição de um imóvel elimina o pagamento de aluguel e possibilita o ganho de valorização ao longo do tempo, é preciso observar alguns fatores como a taxa de juros, considerando a Selic, adverte o presidente da Abrainc, Luiz França.
Fonte: Estadão
Vila Mariana e Tatuapé lideram a lista de bairros mais procurados para se morar em São Paulo
A Vila Mariana lidera um ranking, elaborado pelo Quinto Andar, com os 10 bairros de São Paulo que se destacaram na preferência dos compradores no terceiro trimestre de 2024. Localização estratégica e infraestrutura robusta, incluindo transporte público, ciclofaixas, além da proximidade com a Avenida Paulista e com o Parque do Ibirapuera são o segredo do sucesso do bairro da zona Sul. O metro quadrado custa em média R$10.617.
Na Zona Leste, o Tatuapé aparece como segundo na lista, conhecido por seus empreendimentos luxuosos e vida noturna vibrante, tornando-se uma região em ascensão. Na sequência, a Mooca surge com forte influência da cultura italiana, combinando tradição com acessibilidade a várias partes da cidade.
O ranking segue como o bairro de Pinheiros na quarta posição. Apesar do alto custo de R$13.846 por metro quadrado, a região atrai por seus variados empreendimentos e intensa vida noturna, além de manter áreas verdes. Já o Ipiranga, acessível e estratégico, cresceu significativamente, atraindo quem trabalha nos principais centros comerciais.
Ainda na zona Sul, Moema se destaca na sexta posição. Com infraestrutura completa e próximo ao Aeroporto de Congonhas, é um dos bairros mais caros, com o metro quadrado a R$12.063. Na sequência vem o Butantã, com a estação de metrô e proximidade com a USP, transformando a região em um ponto de conexão crucial na zona Oeste.
A Bela Vista (na oitava posição) é um bairro clássico que se modernizou, atraindo novos moradores com suas ruas luxuosas, enquanto Perdizes, na sequência, oferece uma variedade de empreendimentos e opções de lazer em área nobre, com o metro quadrado em torno de R$9.545. Por fim, Santana, o mais desenvolvido da zona Norte, combina metrô, vida gastronômica e grandes empreendimentos, sendo altamente desejado.
Fonte: Exame
Orçamento do FGTS para Minha Casa, Minha Vida em 2025 será recorde
O orçamento do FGTS para o programa Minha Casa, Minha Vida em 2025, embora recorde, será insuficiente para sustentar o crescimento contínuo devido à alta dos preços, avaliou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de São Paulo), durante o Summit Imobiliário 2024, em São Paulo. O FGTS aprovou um orçamento de R$ 142,3 bilhões, com R$ 126,8 bilhões direcionados à habitação.
Petrucci alerta sobre os desafios econômicos impostos pelo aumento dos custos de construção e das taxas de juros, que podem frear o ritmo de lançamentos. “Mesmo com recursos elevados, fatores econômicos comprometem o crescimento”.
Nos últimos 15 anos, o Minha Casa, Minha Vida foi fundamental, com cerca de 7 milhões de unidades habitacionais já entregues. Em 2024, devem ser contratadas 600 mil unidades, e, em São Paulo, o programa corresponde a quase 60% do mercado imobiliário. Mudanças recentes ampliaram o alcance do programa, atingindo cidades menores, graças à parceria com estados. “A demanda por habitação cresce com a formação de novos lares”, afirmou Victor Almeida, da Pacaembu Construtora.
Porém, o financiamento ainda enfrenta limitações, já que a dependência do FGTS e da poupança é um obstáculo enquanto os juros não caem.
Daniela Ferrari, da Construtora Tenda, enfatizou que a revisão urbanística de São Paulo impulsionou a Habitação de Interesse Social (HIS), permitindo mais empreendimentos em áreas centrais. A expectativa é de continuidade e fortalecimento dos programas habitacionais no próximo ano, para atender à crescente demanda, diz Ferrari.
Fonte: Estadão