Gerson Oliveira Filho, diretor comercial da Loft
Extensa reportagem publicada pelo Estadão nesta semana traz estudo do DataZap que revela o perfil dos imóveis mais desejados pelo brasileiro, e ranqueia os fatores mais buscados. O levantamento, feito com dados de “diversas cidades brasileiras”, de acordo com o texto, faz uma lista das principais características desejadas pelo consumidor.
Mesmo que estes aspectos não sejam exatamente novidade, é interessante observá-los agrupadas todos juntos, para que você possa analisar o seu portfólio e identificar quais imóveis atendem a eles, e focar na sua priorização.
A moradia mais procurada, de maneira geral, seria a seguinte: apartamentos de 61m² a 90m²; com uma suíte e ao menos uma vaga de garagem. Sendo que os aspectos mais valorizados são: tamanho; número de dormitórios; segurança do entorno; proximidade dos familiares e amigos; e áreas de lazer oferecidas pelo condomínio.
O porta-voz da pesquisa comenta que antes da Covid o tamanho dos apartamentos mais desejados estava encolhendo, mas a partir da pandemia, as pessoas precisaram ficar mais tempo em casa, buscando imóveis maiores, tendência que se mantem até hoje.
Quanto ao público que mais tem intenção de comprar imóveis no país, são as pessoas com idades entre 41 e 60 anos que lideram. Sendo que o motivo mais frequente para o movimento segue sendo o desejo de deixar o aluguel.
Diante deste cenário, é evidente que uma das providências mais importantes a se tomar para conseguir vender mais a partir destas informações é fazer um mapeamento completo do seu portfólio. Identificar bem a especificidade de cada demanda. Para compreender, mesmo dentre os fatores mais desejados, qual é o mais importante para cada cliente. Pois os fatores têm pesos diferentes conforme a pessoa e a circunstância.
Outra oportunidade que a identificação das características mais atrativas traz diz respeito ao home equity – ou empréstimo com garantia de imóvel. Para quem tem clientes proprietários de apartamentos com características que atendem aos principais desejos da demanda, mas que não estão em bom estado, este produto pode ser a ponte entre um apartamento desocupado e só dando despesas e uma boa renda no final do mês.
Imobiliárias e corretores que conhecem bem a modalidade, e identificam esse portfólio e perfil de cliente, conseguirão ajudar muito sugerindo esse caminho. A pessoa toma um empréstimo ao menor juros do mercado – muitas vezes mais baixo, inclusive, que o empréstimo consignado – faz o “retrofit”, e converte o seu patrimônio desvalorizado num bem de maior liquidez.
Vale a pena fazer uma boa pesquisa, identificar essas oportunidades e aumentar suas possibilidades tanto de venda quanto de aluguel. Fica a dica.
