São recorrentes as dúvidas sobre como comprovar renda para um financiamento imobiliário, principalmente entre profissionais autônomos e com fluxo de renda variável. Por isso, este artigo vai mostrar quais são as alternativas aceitas pelos bancos e boas práticas para facilitar aprovação do seu crédito sem grandes percalços.
- O que é comprovação de renda?
- Como comprovar renda para um financiamento imobiliário?
- É possível comprovar renda como autônomo para financiamento na Caixa?
- Como comprovar renda para financiamento sendo MEI?
- É possível fazer um financiamento imobiliário sem comprovação de renda?
- Que outros documentos são necessários para fazer um financiamento imobiliário?
O que é comprovação de renda?
A expressão é bastante clara: trata-se de documentação que indique ao credor que você e sua família reúnem renda mensal suficiente para honrar a operação de crédito – nesse caso, um financiamento imobiliário.
Adquirir um imóvel é um compromisso a longo prazo que o indivíduo contrai com o banco e em um valor normalmente elevado. É até viável ter um carro financiado sem entrada e sem comprovante de renda, por exemplo, mas não uma casa.
No financiamento imobiliário, é exigida em geral uma entrada de 20% do valor total do imóvel que deve ser paga à vista. O restante deve ser pago em parcelas que podem comprometer até 30% da renda do tomador. Por isso, mostrar ao credor que seus ganhos mensais comportam essas prestações é tão importante.
Como comprovar renda para um financiamento imobiliário?
Em geral, a documentação requerida pelos bancos como forma de comprovar renda para comprar um imóvel financiado é a seguinte:
- Contracheques: funcionam para assalariados. Trata-se de um comprovante do vencimento mensal do cliente emitido pelo local de trabalho dele
- Declaração do Imposto de Renda do último exercício com recibo de entrega. Se você precisa de uma segunda via, pode solicitá-la junto à Receita Federal
- Seis últimos meses de extratos bancários de pessoas físicas e jurídicas (de todas as contas)
- Relação de faturamento dos últimos 12 meses se o profissional for um empresário ou autônomo
- Para autônomos, especialistas em financiamento da Loft recomendam também mostrar a carteira emitida pela respectiva entidade profissional (Crea, OAB etc)
Uma alternativa para comprovar faturamento à qual muitos autônomos recorrem é a Decore, ou Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos. Trata-se de um documento com caráter oficial emitido por um contador aferindo os rendimentos de uma pessoa física durante um período de tempo.
Além da renda, as instituições financeiras levam em consideração outros fatores para liberar crédito, como o score de cada candidato. Trata-se de uma cotação de cada indivíduo conforme seu histórico de bom pagador. Quanto mais alto, maior a confiança dos credores na capacidade desse indivíduo em honrar operações de crédito.
É possível comprovar renda como autônomo para financiamento na Caixa?
A Caixa Econômica Federal é uma das instituições mais procuradas do país na hora de contrair crédito imobiliário – detém quase 70% do crédito imobiliário do país, segundo dados do próprio banco.
Atualmente o cliente não enfrenta grandes problemas na hora de comprovar renda como autônomo para fazer um financiamento na Caixa. O importante mesmo é ter renda suficiente para arcar com as parcelas.
Comprovantes de pagamento de contas e do imposto de renda declarado podem viabilizar um financiamento na Caixa até mesmo para quem é informal. Em maio de 2020, segundo o IBGE, havia mais de 29 milhões de trabalhadores na informalidade em todo o Brasil.
O banco costuma aceitar as seguintes opções para os que não são empregados assalariados:
Empresários
Empresários podem apresentar pró-labore, um documento que contém informações sobre a remuneração dos sócios de uma empresa, ou uma Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos. Também vale levar uma declaração de Imposto de Renda do último ano e extratos bancários (dos últimos seis meses).
Trabalhadores informais
Entre as opções aceitas para documentar a renda estão extrato bancário (dos últimos seis meses) e fatura do cartão de crédito. É relevante também comprovar despesas básicas, como contas de água, telefone, boletos de plano de saúde etc.
Quem não é isento, deve também apresentar a última declaração de Imposto de Renda (com recibo). O banco oferece a possibilidade de compor as rendas formal e informal na análise – ou seja, acrescentar a renda informal de um membro da família à formalizada de outro.
Como comprovar renda para financiamento sendo MEI?
Existe uma série de possibilidades para comprovar renda para um financiamento sendo MEI (sigla para Microempreendedor Individual). Especialistas em crédito da assessoria gratuita da Loft, costumam sugerir os seguintes:
- Cópia do Contrato Social da microempresa e última alteração dele
- Imposto de renda do último exercício para pessoa física e jurídica com recibo de entrega
- Seis meses de extratos bancários da pessoa física (e jurídica também, se for o caso)
- Relação de faturamento dos últimos 12 meses. Analistas da Loft recomendam uma declaração em papel timbrado assinada pelo contador da empresa
É possível fazer um financiamento imobiliário sem comprovação de renda?
Segundo Roberta Oka, especialista da área de produtos financeiros da Loft, é até possível fazer um financiamento imobiliário sem qualquer comprovação de renda se o tomador tem um relacionamento muito bom com o banco. No geral, entretanto, essa comprovação costuma ser essencial para a assinatura do contrato.
“Não é possível (contrair o financiamento), a menos que essa pessoa tenha um relacionamento com o banco, que ela tenha uma renda já apurada no sistema. O banco especificamente vai analisar caso a caso”, ressalta Roberta.
Como já vimos ao longo deste artigo, a comprovação de renda para um financiamento não é uma missão impossível se você reunir a documentação necessária. Cabe à análise empreendida pelo credor determinar se esses ganhos mensais são suficientes para o crédito que você pretende obter.
Nesse sentido, algumas boas práticas para ver seu financiamento aceito são as seguintes:
- Organizar a documentação: não chegar ao banco de mãos vazias ou desconhecendo as exigências é fundamental. Não esqueça que a comprovação de renda é necessária para todos que serão listados para compor a renda familiar
- Invista no relacionamento com o banco: movimente sua conta e use produtos do banco, não atrase pagamentos de cartões de crédito e outras possíveis operações de crédito que você ainda esteja quitando. Você pode ter um empréstimo vigente quando for pedir um financiamento, mas cuidado para não comprometer sua renda além do limite
- Mantenha seu nome limpo: evite atrasar o pagamento de empréstimos e de contas. Procure renegociar e quitar suas dívidas de vez, e recorra ao cadastro positivo (que leva em conta apenas prestações e contas que você paga em dia)
Que outros documentos são necessários para fazer um financiamento imobiliário?
Além dos documentos relativos à comprovação de renda, os bancos podem pedir a documentação a seguir:
- Documentos pessoais originais (RG e CPF)
- Certidões (de nascimento ou de casamento/união estável ou divórcio)
- Comprovante de residência
- Certidão conjunta negativa de débitos perante à União
- Se for usar o FGTS: cópia de carteira da carteira de trabalho, extrato do FGTS e autorização para movimentá-lo
- Documentos do imóvel financiado (que podem incluir a matrícula e certidão de quitação do IPTU)
Reunir documentos corretamente, incluindo os que servem para comprovar renda, representa uma das maiores dores de cabeça para quem quer contrair um financiamento. Ter orientação é fundamental em uma hora dessas, a Loft tem uma assessoria gratuita e digital que acompanha você em todas as etapas do processo.
Funciona assim: nossos especialistas em crédito recebem seus dados e sua proposta. A partir daí, centralizam toda a documentação e a negociação por melhores taxas e prazos junto aos bancos parceiros.
,As propostas de financiamento mais vantajosas são então apresentadas ao cliente. Uma vez aceitos os termos, a Loft se encarrega de toda a burocracia até a assinatura do contrato.
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