Modalidade de crédito com garantia de imóvel tem sido cada vez mais incentivada no país; crescimento pode contribuir para redução do custo de crédito
O objetivo geral deste artigo é apresentar o funcionamento do crédito com garantia de imóvel, também conhecido como ‘home equity’. Vamos passar por todos os pontos importantes para esclarecer cada conceito dessa modalidade.
O conceito de home equity
Home Equity consiste em uma modalidade de crédito em que o tomador recebe um valor emprestado do credor e o paga de volta em parcelas mensais por um prazo determinado, dando seu imóvel como garantia. Este tipo de transação possibilita que as taxas de juros sejam menores do que nas modalidades sem a garantia imobiliária.
“Como o cliente coloca seu imóvel em garantia, o credor pode cobrar taxas de juros menores, pois tem mais segurança do pagamento” explica o gerente de produto da Loft, André Beda.
“Os prazos costumam ser bem longos – 10, 15 ou até 20 anos em alguns casos. Assim, essa combinação de taxas baixas com prazos longos resulta numa parcela mensal menor para o tomador”, afirma Beda, que hoje é responsável pelo projeto de crédito com garantia de imóvel na Loft.
Desde junho de 2019, o Banco Central tem atuado para facilitar o crédito com garantia de imóvel. De acordo com o BC, os ajustes propostos vão ajudar no desenvolvimento do home equity, cujo percentual, no Brasil, é menor que 2%. Nos Estados Unidos, esta modalidade de empréstimo alcança 15% do crédito residencial. A aposta é que o crescimento do empréstimo com garantia de imóvel pode contribuir para reduzir o custo de crédito.
Muita gente confunde home equity e hipoteca. Esta última já está em desuso no Brasil por ser um tipo de contrato muito burocrático e custoso. No caso do home equity, utiliza-se a alienação fiduciária, proporcionando um processo mais eficiente e rentável. Vale lembrar que no crédito com garantia, o cliente continua com a posse direta do bem, podendo utilizá-lo normalmente.
Em que situações faz sentido pegar um crédito com garantia de imóvel?
Vale a pena pegar um home equity para trocar uma dívida cara por uma barata e se livrar da ‘bola de neve’ financeira. Em vez de pagar juros altíssimos com cheque especial, cartão de crédito, crédito pessoal ou outras modalidades, faz sentido pegar um crédito com garantia para quitar essas dívidas e pagar juros menores com prazos mais longos.
O crédito com garantia de imóvel também é uma alternativa muito comum para quem deseja investir no próprio negócio ou quer realizar um projeto de valor elevado – uma viagem ou uma reforma, por exemplo.
Para quem está pensando em vender seu imóvel para realizar esses objetivos – quitar dívida, investir na empresa ou fazer um alto gasto – e a parcela do crédito couber no bolso, tomar esse crédito pode ser uma alternativa para não precisar se desfazer do bem.
O que deve ser levado em conta antes de aderir ao home equity
O proprietário deve avaliar três pontos:
1. Analisar todas as condições dos créditos que ele está considerando para saber a melhor opção de fato e não cair em armadilhas. “Uma maneira é olhar o CET [custo efetivo total]. Este é a soma das taxas de juros, IOF [imposto sobre operação financeira], seguros e demais possíveis despesas do contrato. É o percentual que representa, de fato, o quanto o cliente está pagando por aquele empréstimo.” recomenda André Beda;
2. Saber se as parcelas cabem no bolso e se planejar para não se atrapalhar com elas;
3. Olhar os pré-requisitos do credor e se certificar que está dentro do padrão requerido e assim aumentar suas chances de ter o crédito aprovado. Nesse sentido, uma dúvida comum é o limite de idade para pegar o empréstimo. Hoje, no Brasil, a soma da idade com o prazo do crédito não deve exceder 80 anos. Se o cliente tiver 65 anos, por exemplo, ele pode pegar um crédito com prazo máximo de pagamento de 15 anos.
Como é calculado o valor do imóvel?
O montante pago por um mesmo apartamento pode variar de um credor para outro. André Beda explica que, normalmente, os credores de empréstimo com garantia contratam uma empresa especializada para fazer a avaliação dos imóveis durante o processo de concessão do crédito. A análise vai levar em conta o estado do imóvel e também sua localização.
Para apartamentos financiados que ainda não foram quitados,é possível pegar crédito com garantia, mas com algumas ressalvas. A soma do valor restante do financiamento e do valor do empréstimo não pode passar de 60% do valor do imóvel, segundo a resolução nº 4.271, de 30 de setembro de 2013, do Banco Central.
Ao estimular crédito com garantia de imóvel no país, o Banco Central pretende diminuir os custos dos financiamentos e também destravar o crédito. A revista Exame aponta que, segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o home equity pode injetar R$ 500 bilhões na economia, quase dobrando a carteira atual de crédito imobiliário.
A segurança do home equity
No crédito com garantia de imóvel, os juros são mais baixos do que em outras modalidades de crédito e o tomador recebe o valor que precisa em dinheiro sem se desfazer do imóvel, podendo usá-lo normalmente.
“Como existe um maior cuidado do tomador ao pagar as parcelas em dia para não ter problemas com seu imóvel, os credores possuem mais segurança que não haverá inadimplência”, afirma André Beda.
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