Imagine que sua casa está subitamente sem cobertura e você consegue vê-la de cima, de uma altura que lhe permita observar todos os cômodos e as paredes, portas e janelas construídas. Este é o papel que cumpre a planta baixa de apartamento.
E se o desenho é familiar mas ainda um tanto misterioso, não se preocupe: neste artigo, você aprenderá quais são os principais componentes das plantas baixas e como utilizá-los a seu favor.
O que é planta baixa?
A planta baixa é como um recorte imaginário, feita à altura de 1,50m do piso, sendo apresentado em formato de desenho técnico da construção. É uma visão como se olhássemos um local “de cima”, isto é, como se fosse um apartamento pronto, mas sem os telhados.
Os elementos de uma planta baixa de apartamento
Para explicar seus principais elementos, vamos utilizar a seguinte planta baixa de um apartamento modelo, que se encontra nos Jardins.
Escala
A escala nada mais é do que a relação entre as dimensões de um desenho e o objeto que ele representa. No canto inferior esquerdo está a escala dessa planta, de 1:50. Isso significa que cada 1 cm desenhado corresponde a 50 cm na realidade.
Identificação e medidas
Nessa planta, cada cômodo aparece identificado por escrito. Logo abaixo, há sua área em metros quadrados. Também é possível saber qual o comprimento de cada parede, uma informação que aparece sempre próxima das respectivas paredes. A suíte número 1, por exemplo, tem paredes de 3,73 m2 e 2,97 m2.
Importante complementar que a altura das plantas baixas é sempre definida a 1,5 m do piso. Isso ajuda a padronizar os documentos e também a entender onde ficam as janelas do imóvel, como veremos logo adiante.
Paredes
As áreas preenchidas em cinza representam as paredes do imóvel. Observe que elas têm espessuras diferentes. Essas diferenças podem representar paredes de concreto puro ou de drywall, por exemplo – uma boa pergunta para o dia da visita.
Janelas
Neste caso, as interrupções nas paredes externas são janelas, que mostram tanto o tamanho da esquadria (o retângulo) quanto a disposição das folhas de vidro (as linhas dentro dele). É comum encontrarmos as dimensões de altura, largura e comprimento desses espaços, sobretudo para diferenciarmos o que é uma janela e o que é uma porta de correr de vidro, por exemplo.
Portas
Os arcos tracejados na parte interna do apartamento indicam a direção de abertura das portas, que são desenhadas como um retângulo fino. Repare que a porta entre a cozinha e a sala não tem arco, pois é uma porta de correr. Nesse sentido, as plantas baixas são bastante detalhadas.
Equipamentos
Pias, vasos sanitários e pontos para chuveiro já vêm sinalizados na planta baixa. Assim, mesmo que você escolha trocar a torneira ou a cuba depois, já sabe onde fica o encanamento e consegue visualizar o fluxo nessas áreas.
Quando há balcões fixos e cooktops, como é o caso nesse apartamento da Loft, eles também aparecem desenhados.
Mobiliário
Ao contrário dos itens citados acima, os móveis que aparecem tracejados, como a mesa de jantar e as camas, não existem. Eles estão ali como representação para tornar a metragem menos abstrata. Detalhe: nem toda planta baixa inclui esse tipo de referência.
Planta baixa humanizada
Por muito tempo, as plantas baixas foram feitas à mão por arquitetos. Hoje, graças a softwares especializados, é possível criá-las no computador e até mesmo inovar no campo.
Uma dessas novidades é a planta humanizada, em que os elementos da planta baixa de um apartamento aparecem coloridos, texturizados e iluminados, como no exemplo abaixo:
Como se pode notar, o processo de leitura e os elementos são os mesmos. Se for feita de maneira fiel, a planta humanizada traz ainda mais informações sobre o imóvel, como os tipos de piso, e facilita a visualização do ambiente o mais próximo possível da realidade.
Como analisar uma planta baixa?
A planta pode ser a primeira parada para entender se um imóvel atende às suas necessidades – desde que você saiba quais são.
“É preciso entender bem suas prioridades e elencá-las. Se uma delas for ter uma churrasqueira no terraço, por exemplo, você pode ver isso na planta e dar um check na sua lista”, diz Daniel Veiga, diretor da Marília Veiga Interiores, há mais de 30 anos no mercado da arquitetura.
Assim, é rápido entender se uma cama tipo king size cabe no quarto, se existe espaço para montar um home office ou se a beliche das crianças tamparia uma janela, por exemplo.
Embora seja empolgante ver tantas possibilidades de moradia, é essencial se manter em sintonia com seu estilo de vida. “Se a pessoa gosta de receber amigos, pode preferir uma área social maior. Se é mais caseira, talvez queira mais áreas íntimas”, continua Daniel.
E um conselho muito útil? Preste atenção nos espaços para armários. “É muito difícil fugir dessa localização depois”, explica.
Meça seus móveis com cuidado
É altamente recomendável utilizar as medidas disponíveis na planta baixa para entender quais móveis cabem no espaço. Ninguém quer o estresse de descobrir, na prática, que encostar o sofá na parede faz com que a porta não feche.
Com uma fita métrica em mãos, você pode tirar e anotar as medidas dos objetos que pretende levar e, depois, pensar em como encaixá-los no apartamento.
Como se imaginar dentro da planta baixa de um apartamento?
Agora que você sabe ler a planta baixa, é hora de experimentá-la. Aqui estão algumas perguntas que você pode se fazer para vivenciar mentalmente um apartamento:
- Como é o caminho entre a porta de entrada e a suíte master? Por onde você passa?
- Ao se sentar na sala de estar, o que vê ao seu redor?
- Imagine-se fazendo suas atividades de lazer comuns. Onde você estaria? Sente-se confortável?
- Você acordou pela manhã e vai começar sua rotina. Por onde passa? Como se sente?
- Ao receber amigos para um jantar, quais espaços você está utilizando? Consegue se ver preparando a comida na cozinha ou conversando na sala de estar?
Felizmente, a tecnologia tornou esse trabalho mais simples. Na plataforma da Loft, boa parte dos apartamentos oferece a possibilidade de visão Tour 360º você consegue acessar as plantas através da utilização de realidade aumentada e ter uma experiência de visita sem sair da sua casa.
Avaliar a planta baixa do apartamento basta?
Nem a planta baixa mais bem desenvolvida substitui uma visita em pessoa ao apartamento que lhe interessa. Afinal, não é em um desenho que você vai viver. “Tudo na vida é tridimensional”, acrescenta Daniel. Naturalmente, uma visão completa de seu futuro lar também deve ser.
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