Projeto na Câmara Federal propõe regra nacional para aluguel de curta temporada. IGP-M, a inflação do aluguel, registra deflação em março. Incorporadora de luxo inova com apartamentos mobiliados e sem opção de unidade vazia.
- Projeto na Câmara Federal propõe regra nacional para aluguel de curta temporada
- IGP-M, a inflação do aluguel, registra deflação em março
- Incorporadora de luxo inova com apartamentos mobiliados sem opção de unidade vazia
- Cyrela constroi primeiro edifício corporativo de luxo e nova sede com vistas panorâmicas de São Paulo
Projeto na Câmara Federal propõe regra nacional para aluguel de curta temporada
Um projeto de lei, de autoria da deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ), protocolado na Câmara Federal, pretende regular o uso de imóveis em plataformas de hospedagem temporária, como Airbnb e Booking. A proposta, inspirada em proposta semelhante que já tramita na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, determina que moradores de condomínios residenciais só poderão oferecer hospedagem com autorização expressa na convenção do condomínio ou por decisão da assembleia.
“Muitos condomínios foram concebidos como espaços voltados para moradia estável e harmoniosa, e o fluxo intenso de pessoas desconhecidas pode gerar insegurança, desconforto e conflitos internos”, justifica o texto do projeto. A proposta visa alterar o artigo 1.336 do Código Civil, que trata de regras para moradores de condomínios.
Em 2021, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) já havia decidido que condomínios podem proibir locações de unidades residenciais via Airbnb. “Esse projeto só trata de garantir ao condomínio o direito de querer ou não que haja hospedagem de curta duração, assegurando aos outros moradores daquele prédio a decisão da maioria”, afirma a deputada Laura Carneiro.
No Rio, a proposta carioca, apresentada pelo vereador Salvino Oliveira (PSD), passou por alterações após discussões e uma audiência pública. Foi removida a obrigatoriedade de licença sanitária e licença para estabelecimento, substituídas por um cadastro único municipal. “Hoje, o ônus de mobilizar dois terços de uma assembleia para proibir a locação ou hospedagem de curta temporada num prédio fica para aqueles que estão incomodados”, argumenta Salvino.
Por trás da criação de regras para anfitriões estão os interesses da rede hoteleira, enquanto donos dos apartamentos e investidores argumentam que o projeto visa criar reserva de mercado para hotéis. Segundo o Airbnb, quase 30% dos anfitriões do Rio são aposentados, e mais de 55% afirmam que a renda dos aluguéis ajuda os proprietários a continuar morando em suas casas.
O projeto nacional de regulação do aluguel para curta temporada, também encontra resistência entre os parlamentares, como o vereador Pedro Duarte (Novo), crítico da proposta. “Sigo considerando um projeto asfixiante. O argumento de que é um setor sem regulamentação não procede. O projeto parte de uma lógica de burocracia”.
Duarte também argumenta que “milhares de cariocas” pagam contas com a renda que o Airbnb proporciona. “Muitas pessoas têm mais de 50 anos, ficaram desempregadas diante da dificuldade de realocação no mercado de trabalho e compram o imóvel para fazer locação”, reforça.
Fonte: Folha de S.Paulo
IGP-M, a inflação do aluguel, registra deflação em março
O custo do aluguel no Brasil deve ser impactado pela queda do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em março, o indicador apresentou uma deflação de 0,34%, reduzindo a pressão sobre os reajustes contratuais. Esse movimento ocorre após uma alta de 1,06% em fevereiro, sinalizando uma tendência de desaceleração nos aumentos.
O IGP-M, que costuma ser utilizado como referência para a correção dos aluguéis e tarifas públicas, acumula uma variação de 8,58% nos últimos 12 meses. A principal razão para essa deflação foi a desvalorização do minério de ferro no mercado internacional, que impactou o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), causando uma retração de 0,73% no mês.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou um avanço de 0,80%, embora tenha mostrado desaceleração em relação ao mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,38%, mas em ritmo mais moderado do que em fevereiro.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), indicam um cenário de alívio para locatários que enfrentam sucessivos aumentos nos últimos anos. Se a tendência de desaceleração do IGP-M persistir, novos reajustes de aluguel poderão ser mais brandos.
Fonte: E-investidor/Estadão
Incorporadora de luxo inova com apartamentos mobiliados sem opção de unidade vazia
A incorporadora Halsten, de Santa Catarina, prepara o lançamento de um projeto residencial em Balneário Camboriú (SC) que oferece apartamentos totalmente mobiliados e decorados. Apesar de bem difundida na Europa e Estados Unidos, a venda de imóveis na planta já mobiliados é rara no Brasil.
O empreendimento, previsto para outubro, terá 50 andares e 60 unidades, com preços entre R$ 3 milhões e R$ 8 milhões, e cobertura por R$ 15 milhões.
O presidente da Halsten, Joel Zonta, explica que o modelo visa atrair clientes de alto poder aquisitivo em busca de imóveis de veraneio, oferecendo uma “solução completa” sem preocupações com reformas à distância. Se o cliente quiser comprar o imóvel sem mobília, não tem negócio. “É uma venda casada, apartamento com mobília. Nosso produto é esse”, afirma Zonta.
A empresa oferecerá três pacotes de mobília: o básico, com móveis planejados, pias, cubas e vidros; o intermediário, onde são acrescidos móveis soltos, como mesas, cadeiras, sofás, e eletrônicos e eletrodomésticos; e o superior, com artigos de decoração personalizada, cama, mesa, banho e utensílios. A TKWS, especializada em design de interiores, foi contratada para executar o projeto.
A Halsten, quinta maior construtora de Santa Catarina em área construída, faturou R$ 300 milhões em 2024 e projeta crescimento de 40% para 2025, alcançando R$ 420 milhões.
Fonte: Estadão
Cyrela constroi primeiro edifício corporativo de luxo e nova sede com vistas panorâmicas de São Paulo
A Cyrela anunciou o lançamento de seu primeiro edifício corporativo em junho deste ano. O empreendimento, que servirá como nova sede da empresa a partir do terceiro trimestre de 2026, promete revolucionar o skyline paulistano com seus 120 metros de altura e design assinado pelo estúdio italiano Pininfarina.
A localização estratégica, no encontro da rua Oscar Freire com a avenida Doutor Arnaldo, próximo à Avenida Paulista, garante uma das maiores altitudes da cidade. “O único diferencial para uma cidade como São Paulo é a vista. O cliente muitas vezes não sabe que essa vista existe”, afirma Efraim Horn, co-CEO da Cyrela.
O edifício de 25 andares terá a Cyrela ocupando os seis últimos pavimentos. Os valores de locação estimados variam de R$ 130 a R$ 160 por metro quadrado, ficando até 23% acima da média da cidade, mas ainda abaixo dos R$ 300/m² cobrados na região da Faria Lima.
O lançamento segue a tendência recente da Cyrela de investir em “espigões” de luxo. Dos seis edifícios mais altos do portfólio da empresa, cinco foram lançados nos últimos dois anos, incluindo o Vista Cyrela, que será o residencial mais alto de São Paulo com 216 metros.
Apesar do sucesso desses empreendimentos verticais, Efraim ressalta que não são o foco principal da construtora devido aos custos elevados e prazos mais longos de construção. Para 2025, a empresa mantém uma postura “conservadoramente positiva”, apostando na criatividade e ousadia em vez de flexibilidade nos preços.
A incorporadora dobrou seu lucro líquido no quarto trimestre de 2024 para R$ 497 milhões, impulsionada pelo melhor trimestre de vendas de sua história. A ação da empresa é considerada top pick entre analistas para o setor de média e alta renda, demonstrando resiliência mesmo em cenários de juros mais altos.
Fonte: Bloomberg Línea