Preços de imóveis de 1 dormitório sobem 9,44% em 12 meses. Startup liderada por mulheres recebe aporte para simplificar transações imobiliárias com IA. Espaço para home office continua importante no mercado de imóveis, aponta pesquisa.
Preços de imóveis de 1 dormitório sobem 9,44 por cento em 12 meses
Os preços dos imóveis residenciais subiram 0,68% em fevereiro, considerando 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP. Os imóveis de 1 dormitório lideraram a alta acumulada em 12 meses, com valorização de 9,44%, quase o dobro da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que ficou em 4,97% no período.
Ainda de acordo com o levantamento, os preços dos imóveis de 3 dormitórios apresentaram alta de 8,25%, seguidos pelos de 2 dormitórios (7,79%) e 4 dormitórios (6,15%). Na média geral, os imóveis no Brasil ficaram 8,17% mais caros em relação a fevereiro de 2024.
O preço médio por metro quadrado no país atingiu R$ 9.310 em fevereiro. Balneário Camboriú, em Santa Catarina, lidera o ranking das cidades com imóveis mais caros, com valor médio de R$ 14.206 por m². A lista dos top 5 segue com municípios catarinenses: Itapema (R$ 12.735/m²), Itajaí (R$ 12.192)/m² e Florianópolis (R$ 11.971/m²). São Paulo/SP completa o ranking, com R$ 11.472 por m².
Entre as capitais, Campo Grande (MS) apresentou a maior valorização em fevereiro, com alta de 2,26%. João Pessoa (+2,17%); Salvador (+2,10%); Vitória (+2,07%); Belém (+1,64%) completam a lista das cinco capitais com maiores aumentos no mês.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Startup liderada por mulheres recebe aporte para simplificar transações imobiliárias com IA
A Quill, uma startup fundada apenas por mulheres, quer simplificar as transações imobiliárias no Brasil usando inteligência artificial (IA). A empresa desenvolveu uma ferramenta que automatiza a coleta e análise de documentos, além de calcular o risco associado a cada imóvel.
A plataforma da Quill automatiza a análise documental, identificando riscos e permitindo que bancos, imobiliárias e fundos de investimento tomem decisões mais rápidas e seguras. Um diferencial é a possibilidade de personalização dos critérios de análise para cada cliente.
A startup chamou a atenção do Sororitê Ventures, um fundo de venture capital focado em startups lideradas por mulheres, que investiu R$ 2,5 milhões na empresa de Clarissa Vieira e Letícia Parreira.
Com o investimento, a startup planeja aprimorar a tecnologia e expandir a equipe em até 60% ao longo do ano. O objetivo é crescer de forma sustentável, garantindo a robustez e confiabilidade do produto.
Fonte: Exame
Espaço para home office continua importante no mercado de imóveis
A demanda por imóveis com espaço dedicado ao home office continua em alta, revela pesquisa da Loft. Em janeiro de 2025, 52,9% dos interessados em comprar um imóvel consideraram essa característica relevante na escolha do novo lar, um aumento significativo em relação aos 33,3% registrados em novembro.
Raquel Hagen, presidente da Associação Riograndense dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-RS), afirma que essa tendência reflete mudanças nos modos de vida da sociedade, iniciadas durante a pandemia de Covid-19. “O mercado imobiliário sofre mudanças cíclicas, conforme os modos de vida da sociedade. O setor da arquitetura precisa fazer a leitura dessas alterações para que as construções mais novas sejam o reflexo do comportamento das pessoas”, avalia.
A experiência de Pedro Manica, estudante de Letras na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e professor iniciante, ilustra essa necessidade. Durante a pandemia, ele teve que adaptar seu espaço em casa para acomodar estudos e trabalho, investindo em mobiliário e equipamentos adequados para criar um ambiente de home office funcional. “Foi a primeira vez que organizei o meu escritório com os materiais. Comprei uma cadeira melhor, além de um teclado, um mouse e um suporte para o note-book”, conta
Passada a pandemia, as mudanças sociais que afetaram o mercado de trabalho acabaram sendo estendidas, afetando as preferências dos consumidores no mercado imobiliário. E a nova realidade trouxe implicações para arquitetos, construtoras e incorporadoras na concepção de novos projetos residenciais.
Fonte: Jornal do Comércio
Balneário Camboriú reduz ITBI para estimular regularização imobiliária
A prefeitura de Balneário Camboriú (SC), conhecida como “Dubai brasileira”, aposta na redução de impostos para movimentar o mercado imobiliário local. A administração municipal anunciou uma mudança temporária no ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) de 3% para 2%. A medida é válida de 10 de fevereiro a 30 de abril de 2025 e visa incentivar a regularização de imóveis da cidade.
Com a iniciativa, a prefeitura espera aumentar a arrecadação em 30%, passando de R$ 34,5 milhões para cerca de R$ 45 milhões no período. A redução do imposto pode gerar uma economia significativa para os proprietários, chegando a 33% do valor padrão em casos de imóveis de alto valor.
João Eloi, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) ressalta que esta estratégia faz parte de uma “guerra fiscal” entre municípios para atrair investimentos. Já Bruno Cassola, especialista no mercado local, afirma que a medida tem incentivado proprietários a regularizarem suas escrituras, uma prática nem sempre priorizada na cultura local.
Balneário Camboriú, com cerca de 140 mil habitantes, mantém o metro quadrado mais valorizado do país há quase três anos, com rentabilidade para investidores superiores a índices como a taxa Selic.
Fonte: Gazeta do Povo