Financiômetro revela quanto é preciso para comprar imóveis em SP. Ipojuca, no Grande Recife, lidera valorização imobiliária no Nordeste, aponta estudo. Auxiliadora Predial supera enchentes e projeta faturamento de R$ 2 bi em 2024.
- Quanto é preciso para comprar imóveis em SP? ‘Financiômetro’ aponta que preços variam até 776 por cento entre bairros
- Ipojuca lidera valorização imobiliária no Nordeste, aponta estudo
- Auxiliadora Predial supera enchentes e projeta faturamento de R$ 2 bilhões em 2024
- Modelo de negócio une construtoras e imobiliárias para beneficiar compradores
Quanto é preciso para comprar imóveis em SP? ‘Financiômetro’ aponta que preços variam até 776 por cento entre bairros
Para financiar um imóvel no Jardim Europa, bairro mais caro da capital paulista, é preciso uma renda mensal de R$ 240,4 mil, considerando o preço médio de R$ 7,8 milhões dos imóveis transacionados na área neste ano. É o que aponta o Financiômetro, desenvolvido pela Loft.
A ferramenta também mostra uma imensa disparidade nos preços do mercado imobiliário em São Paulo, entre 112 bairros. A variação chega a 776% entre o Jardim Europa, e o bairro mais barato, Cidade Tiradentes, que fica na zona Leste da cidade. O valor médio dos imóveis no extremo da cidade cai para R$ 99 mil.
“Claro que há variação importante de preço dos imóveis dentro de cada região, mas a ferramenta traz uma ideia geral da situação para o comprador, o que agiliza a procura pelo imóvel”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Nas regiões com alta demanda, como a Vila Andrade, que liderou as transações em 2024, a renda mínima necessária para financiamento é de R$ 23,3 mil mensais, para um imóvel médio de R$ 756 mil.
A Vila Nova Conceição e o Morumbi também se destacam entre os bairros mais caros. Na Vila Nova Conceição – em 2º no ranking dos imóveis mais valorizados – a renda mínima necessária para financiamento é de R$ 178,4 mil mensais, considerando o preço médio de R$ 5,8 milhões. Já no Morumbi, 3º colocado, é preciso uma renda de R$ 66 mil por mês para financiar um imóvel com valor médio de R$ 2,1 milhões.
O Financiômetro da Loft considera uma entrada de 20% e parcelamento em 420 vezes, cruzando dados de transações realizadas entre janeiro e julho de 2024, conforme registros da Prefeitura de São Paulo (ITBI). São consideradas as condições médias oferecidas pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander.
De acordo com o Banco Central, as taxas de juros para financiamentos habitacionais variam atualmente entre 7,7% e 11,43% ao ano. Para reduzir a renda mensal mínima necessária, os compradores podem optar por aumentar o valor da entrada, reduzindo assim o montante total do empréstimo.
Fontes: Valor Investe e IstoÉ Dinheiro
Ipojuca lidera valorização imobiliária no Nordeste, aponta estudo
Ipojuca, no Grande Recife, registrou a maior valorização do metro quadrado no Nordeste nos últimos 12 meses, segundo Panorama Imobiliário feito pela da Brain. O estudo, que analisou o mercado primário de cidades nordestinas até o primeiro semestre de 2024, revelou um aumento de 103% no valor do metro quadrado na cidade, atingindo R$ 15.699 – o mais alto da região.
“O Nordeste apresenta um cenário promissor, com Ipojuca liderando a valorização e o mercado de luxo em expansão, especialmente em Fortaleza e Recife”, afirma Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain Inteligência Estratégica
O mercado imobiliário nordestino passa por período de aquecimento, com aumento de 10,2% nos lançamentos e 26,5% nas vendas, comparando os primeiros semestres de 2023 e 2024. O segmento de luxo ganha destaque, com um crescimento de 93,1% nas vendas e 55% nos lançamentos no mesmo período.
Pernambuco lidera a oferta no segmento de luxo com 358 unidades, enquanto Fortaleza domina os lançamentos com 156 unidades no primeiro semestre de 2024. O estudo também destaca Tamandaré (PE) com o segundo maior valor médio do metro quadrado (R$ 12.669) e Alagoas com o maior crescimento médio do metro quadrado (30,3%).
Fonte: Jornal do Commercio
Auxiliadora Predial supera enchentes e projeta faturamento de R$ 2 bilhões em 2024
A Auxiliadora Predial, maior imobiliária do Rio Grande do Sul, mostrou força e resiliência ao enfrentar as duas maiores enchentes de Porto Alegre, em 1941 e 2024. Mesmo diante dos desafios, a empresa prevê um faturamento recorde de R$ 2 bilhões em vendas para 2024, representando um crescimento de quase 50% em relação ao ano anterior.
“A enchente de 1941 nos ensinou lições valiosas. Em 2024, já estávamos muito mais preparados”, afirma Christian Voelcker, vice-presidente da Auxiliadora Predial.
A empresa tem observado uma dinâmica variada no mercado gaúcho, com vendas a preços reduzidos em áreas atingidas pelas cheias e aumento na demanda por andares mais altos. “Quase 40% do nosso estoque estava em área impactada, mas o cenário que vemos agora é de movimentação alta”, afirma Mário Cesar Soares, sócio-diretor da imobiliária.
A estratégia de expansão da Auxiliadora inclui o crescimento em Santa Catarina e São Paulo através de franquias. No primeiro semestre de 2024, as vendas em Santa Catarina alcançaram R$ 162 milhões, um aumento de 190% em comparação ao mesmo período de 2023.
Com 70 lojas atualmente, a Auxiliadora Predial planeja chegar a 400 unidades até 2028, distribuídas entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A empresa também aposta na digitalização e no modelo “figital”, combinando atendimento físico e digital, para impulsionar crescimento e eficiência operacional.
Fonte: Exame
Modelo de negócio une construtoras e imobiliárias para beneficiar compradores
Um novo modelo de negócio no setor imobiliário ganha força, unindo construtoras de médio e pequeno porte com imobiliárias. A proposta consiste na parceria exclusiva para a comercialização de empreendimentos inteiros, oferecendo vantagens para todos os envolvidos no processo de compra e venda, num arranjo que pretende otimizar recursos, ampliar o alcance de mercado e proporcionar um atendimento mais especializado aos compradores.
“Quando falamos de grandes construtoras, pode até ser que exista essa diferenciação. Mas a realidade é que hoje existem muitas construtoras de médio e pequeno porte que, ao contarem com o suporte de uma imobiliária, podem inclusive, auxiliar na compra, em todos os aspectos”, explica Rafael Camargo, proprietário da 7 Imóveis, especializada em imóveis de alto padrão.
Camargo explica que as imobiliárias oferecem expertise em documentação e acordos, áreas em que muitas construtoras não se especializam. Uma pesquisa de 2023 da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revela que 95% das empresas do segmento de construção civil são de pequeno porte.
A 7 Imóveis já opera nesse modelo com seis empreendimentos, observando facilitação nas negociações e fechamentos de negócios. Entre os benefícios da parceria estão a ampliação do networking, redução no prazo de negociação, maior alcance de divulgação e aumento nas chances de fechar negócios.
Fonte: Diário da Indústria & Comércio