Câmara de São Paulo reabre debate sobre Lei de Zoneamento e discute prédios altos. Corretora dos famosos revela segredos para investir em imóveis nos EUA. Falta de aprovações ameaça lançamentos de imóveis de alto padrão em São Paulo.
Câmara de São Paulo reabre debate sobre Lei de Zoneamento
Os vereadores de São Paulo devem discutir, a partir desta semana, um projeto de lei que reabre o debate sobre a Lei de Zoneamento da capital, que entrou em vigor em 2016 mas foi revisada neste ano. O texto – que ainda vai passar por audiências públicas – prevê ajustes em pontos da lei que foram considerados “confusos”, corrigindo possíveis falhas na legislação e no mapa que integra o regramento.
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, popularmente chamada de Zoneamento, define os tipos de construções e de uso em cada quadra da cidade, afetando diretamente a vida dos moradores. O principal temor é a chegada de prédios altos, que antes eram proibidos, ou a liberação de empreendimentos ainda maiores onde já existem edifícios.
Grupos de moradores temem uma verticalização predatória nos bairros mais cobiçados pelo mercado imobiliário que, em geral, estão concentrados no chamado quadrante sudoeste da capital, onde ficam os Jardins, Pinheiros e Moema.
Além da revisão do zoneamento, a Câmara também vai discutir a revisão de outros regramentos urbanos, como as operações urbanas Faria Lima e Água Espraiada. Nestas áreas, investidores podem comprar títulos que dão direito a construir naquelas áreas, substituindo a outorga onerosa. O dinheiro arrecadado só poderia ser investido na região da operação urbana, mas um projeto do prefeito Ricardo Nunes pretende destinar parte do recurso da Faria Lima para a favela de Paraisópolis.
Fonte: Folha de S.Paulo
Corretora dos famosos revela segredos para investir em imóveis nos EUA
Juliana Fernandes, conhecida como “Juju di Casa”, é corretora de imóveis, arquiteta e assessora de celebridades brasileiras no mercado imobiliário dos Estados Unidos há mais de uma década. Entre seus clientes estão Anitta, Larissa Manoela e Rodrigo Faro, famosos que buscam não apenas residências, mas também oportunidades de investimento para dolarizar o patrimônio e diversificar o portfólio no exterior.
Segundo Juju, a Flórida é o principal destino dos investidores brasileiros, com Miami e Orlando, que oferecem oportunidades diferentes de retorno. Em Miami, a valorização expressiva dos imóveis é o destaque, com clientes comprando apartamentos na planta para revendê-los após a conclusão da construção, geralmente em um prazo de três anos. Os investimentos variam de US$ 2 milhões a US$ 7 milhões, dependendo da localização do edifício.
Já em Orlando, o objetivo é a rentabilidade ao longo do tempo, com foco no aluguel por temporada. Segundo a influenciadora, há um movimento crescente de preferência por casas de férias em relação a hotéis.
Os inquilinos querem imóveis bem localizados, decorados e bem administrados, e imóveis com estas características podem ficar alugados por até 80% do ano, oferecendo uma excelente renda em dólar aos investidores. A corretora diz que, para ter sucesso, é essencial escolher o condomínio certo, ter uma decoração adequada e contar com uma administradora competente.
Estudo da Miami Realtors mostra que os brasileiros representam 6% dos estrangeiros que compraram imóveis nos EUA entre 2009 e 2022. Em 2023, o Brasil foi o segundo país que mais investiu no mercado imobiliário da Flórida (US$ 1,5 bilhão), atrás apenas do Canadá.
Fonte: Estadão
Falta de aprovações ameaça lançamentos de imóveis de alto padrão em São Paulo
Incorporadoras de São Paulo temem um atraso no ciclo de lançamentos de empreendimentos imobiliários por causa da lentidão na publicação de um decreto, pela prefeitura, que regulamenta a outorga onerosa – taxa cobrada para construir acima de um determinado limite. O problema afeta apenas empreendimentos de médio e alto padrão, pois os projetos populares são isentos da outorga onerosa.
Desde meados do ano passado, novos empreendimentos de médio e alto padrão na cidade não estão sendo lançados, o que pode atrasar o ciclo de lançamentos na capital. Ely Wertheim, presidente-executivo do Secovi-SP, afirma que pode haver um “gap contratado de falta de projetos” em algum momento de 2025, devido à demora na aprovação de novos empreendimentos.
Em 2023, apenas 232 empreendimentos residenciais foram aprovados pela prefeitura em todos os segmentos, menos da metade das 501 liberações em 2022. Empresas como a Vitacon e gestoras de recursos que investem em incorporações temem um acúmulo de pedidos de aprovação, o que pode sobrecarregar a prefeitura.
Além disso, a sazonalidade do segmento imobiliário é um agravante, pois atrasos de um ou dois meses podem significar a transferência de lançamentos para o próximo ano. A prefeitura afirma que segue analisando e emitindo alvarás para empreendimentos protocolados antes da revisão do Plano Diretor, mas que a regulamentação da outorga onerosa é necessária para analisar novos projetos.
Fonte: Valor Econômico
Vendas de imóveis de luxo em SP sobem 40 por cento e movimentam R$ 15,3 bilhões
O segmento de imóveis de luxo e superluxo da capital paulista apresentou números bem acima da média dos outros segmentos no ano passado. Um levantamento da consultoria Brain em parceria com a Forbes revela que as vendas de mansões e apartamentos de alto padrão registraram um aumento de 40%, com 4.935 unidades negociadas. O faturamento da categoria de imóveis de luxo cresceu 21%. Ao todo, o segmento colaborou com um crescimento de 21% no faturamento da categoria.
O mercado imobiliário de São Paulo, no geral, apresentou crescimento de 12% em 2023, com mais de 90 mil apartamentos negociados e R$ 50 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain, atribui esse crescimento tanto a empreendimentos de segunda moradia sofisticados quanto a mudanças no padrão de consumo e upgrade das moradias nos principais mercados.
Empresários do setor apontam uma demanda maior de imóveis de luxo por um público mais jovem, devido à ascensão de startups e fintechs financeiras.
Mudanças no padrão de consumo, com pessoas buscando moradias mais sofisticadas, também explicam o movimento. Além disso, a tendência por imóveis mais sustentáveis, com sistemas de energia solar, reaproveitamento de água e tecnologia integrada, é considerada um fator determinante para a valorização dos modelos de alto padrão.
Fonte: Money Times