Desconto médio no aluguel em SP fica abaixo de 3% em janeiro e atinge menor nível em 60 meses. Abrainc contesta previsão de queda de 20% no crédito imobiliário em 2025 feita pela Abecip. Pesquisa revela onde comprar imóveis de até R$ 482 mil no Rio de Janeiro, orçamento da maioria dos compradores locais.
- Desconto médio no aluguel em SP atinge menor nível em 60 meses
- Abrainc contesta previsão de queda no crédito imobiliário em 2025 feita pela Abecip
- Pesquisa revela ruas com imóveis de até R$ 482 mil no Rio de Janeiro
- QuintoAndar amplia investimentos em marketing: “O 1º trimestre é o Natal do mercado imobiliário”, diz executiva
Desconto médio no aluguel em SP atinge menor nível em 60 meses
O percentual médio de desconto nas transações de aluguel em São Paulo ficou abaixo de 3% pela primeira vez desde 2020. Em janeiro de 2025, o desconto médio atingiu 2,9%, de acordo com o índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb – o menor da série histórica, iniciada há cinco anos.
O índice mede a diferença entre o preço anunciado e o valor efetivamente pago pelos imóveis comercializados no mês, refletindo o aquecimento do mercado imobiliário.
“A demanda maior, especialmente no início do ano – considerado a alta temporada de aluguéis – e a forte liquidez dos imóveis na cidade têm levado à concessão de descontos cada vez menores”, explica Eduardo Alves, gerente comercial do Grupo QuintoAndar.
Para os inquilinos, diante do cenário atual, pesquisar e negociar um desconto é fundamental. “Avaliar os preços de imóveis no mesmo condomínio, por exemplo, é uma estratégia importante, assim como verificar a quantidade de imóveis disponíveis na região”, sugere Alves.
O preço médio do aluguel em São Paulo bateu recorde em janeiro, alcançando R$ 66,67 por metro quadrado, com alta acumulada de 9,72% em 12 meses. Os apartamentos de um quarto registraram o maior aumento, atingindo R$ 81,96 por metro quadrado.
A Vila Olímpia lidera o ranking dos bairros mais caros, com valor médio de R$ 100,50 por metro quadrado, seguida por Vila Nova Conceição (R$ 97,40/m2) e Brooklin (R$ 95,10/m2).
Fonte: InfoMoney
Abrainc contesta previsão de queda no crédito imobiliário em 2025 feita pela Abecip
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) enxerga o momento atual do Brasil para o setor imobiliário de forma diferente das entidades que operam o crédito imobiliário no país. No final de janeiro, a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) estimou a piora do cenário econômico apontando uma queda de 15% a 20% no volume de financiamentos imobiliários em 2025, fazendo o montante cair de R$ 187 bilhões para cerca de R$ 155 bilhões.
“Não acredito em uma queda tão abrupta. As pessoas continuam com a intenção de comprar imóveis”, contesta Luiz França, presidente da Abrainc, lembrando dados do ano passado, quando o ciclo de alta da taxa Selic teve início.
Entre o terceiro trimestre de 2023 e 2024, a intenção de compra de imóveis aumentou de 36% para 46%, mesmo com projeção de Selic mais alta, em setembro de 2024. “Nossa pesquisa prova que aumentou a intenção de compra, mesmo no cenário do terceiro trimestre, em que os juros já voltavam a subir”, reafirma.
A mesma pesquisa da Abrainc mostra que, entre aqueles que desejavam comprar uma casa em setembro, 37% dos potenciais compradores queriam sair do aluguel, 17% buscavam uma residência maior e 11% planejavam sair da casa dos pais.
Apesar da expectativa de que a Selic alcance 15% em 2025, França argumenta que os juros do crédito imobiliário não acompanharão integralmente essa alta. A principal fonte de recursos do setor, a poupança, rende pouco mais de 6% ao ano, e há um limite legal de 12% ao ano mais TR para financiamentos com recursos da poupança.
O presidente da Abrainc reconhece desafios como a queda no saldo da poupança e as novas regras mais rigorosas da Caixa Econômica Federal para concessão de crédito. No entanto, ele aponta para fontes alternativas de financiamento, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que podem complementar os recursos da poupança.
França também destaca a importância da portabilidade de crédito, uma agenda que o Banco Central promete intensificar em 2025. Essa possibilidade permite aos tomadores de empréstimos buscar melhores condições em outras instituições financeiras. Embora admita que juros mais altos representem dificuldades para incorporadoras e clientes, o representante das construtoras mantém uma visão otimista sobre o mercado imobiliário.
Fonte: Veja Negócios
Pesquisa revela ruas com imóveis de até R$ 482 mil no Rio de Janeiro
Uma pesquisa realizada pela Loft, em parceria com a Offerwise, identificou que os moradores da capital do Rio de Janeiro esperam gastar até R$ 482 mil em um imóvel. A partir desse dado, a empresa analisou dados de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) para identificar 655 vias onde o tíquete médio dos imóveis vendidos está dentro desse valor.
Nessa faixa de preço, a Rua General Luiz Mendes Moraes, no bairro do Santo Cristo, liderou o ranking com 1.007 negociações entre julho e dezembro de 2024. Em segundo lugar ficou a Rua Melo e Souza, em São Cristóvão, com 331 transações, seguida pela Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, com 220 negócios fechados.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, as ruas com mais transações tendem a ser aquelas onde houve lançamento relevante de novos apartamentos, como é o caso da rua no Santo Cristo.
A via mais valorizada nessa amostra é a Rua São Salvador, no Flamengo, com tíquete médio de R$ 479.477. O estudo também revelou que a Barra da Tijuca foi o bairro que mais teve imóveis vendidos com tíquete médio de até R$ 482 mil, totalizando 1.930 transações no período analisado. Copacabana ficou em segundo lugar com 1.671 negócios, e o Recreio dos Bandeirantes em terceiro com 1.649 transações.
O valor de R$ 482 mil para aquisição de imóveis no Rio é significativamente menor que em outras capitais pesquisadas, como São Paulo (R$ 728.600), Porto Alegre (R$ 730.400) e Belo Horizonte (R$ 616 mil).
Fonte: O Dia
QuintoAndar amplia investimentos em marketing: “O 1º trimestre é o Natal do mercado imobiliário”, diz executiva
O QuintoAndar, imobiliária digital, aposta em marketing para aproveitar o aumento sazonal da busca por imóveis. “O primeiro trimestre para o mercado imobiliário é o que o Natal representa para o varejo”, justifica Flávia Mussalem, diretora de marketing da empresa.
A plataforma registrou um aumento de 35% nas buscas por imóveis no primeiro trimestre, resultando em 20% mais contratos de aluguel e 18% mais contratos de compra e venda. Em resposta, a empresa lançou novas ferramentas de inteligência artificial (IA) para otimizar a busca de imóveis e aumentou em 46% seus investimentos em marketing em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A campanha publicitária ‘multicanal’ está sendo veiculada em TV, rádio, mídia externa, digital e Spotify. Além disso, a empresa está investindo em vídeos educativos no YouTube e no projeto InfluCorretor, que visa capacitar seus corretores no uso estratégico das redes sociais. A empresa planeja fortalecer sua presença no TikTok, considerada uma plataforma estratégica para engajamento com o público-alvo.
Apesar da tendência de alta nos preços dos imóveis, Mussalem acredita que há espaço para crescimento do mercado.
Atualmente, o QuintoAndar gerencia mais de R$ 170 bilhões em ativos e opera em 75 cidades brasileiras, contando com mais de 5 mil corretores.
Fonte: Valor Econômico