Financiamento pela Caixa tem R$20bi represados em fila de espera. Multipropriedades crescem 50% no Brasil e conquistam novos investidores, aponta pesquisa. Intenção de compra de imóveis se mantém alta e atinge maior patamar em 2 anos.
- Financiamento imobiliário pela Caixa tem 20 bilhões represados em fila de espera
- Multipropriedades crescem 50 por cento no Brasil e conquistam novos investidores, aponta pesquisa
- Intenção de compra de imóveis se mantém alta e atinge maior patamar em 2 anos no Brasil
- Mulheres conquistam espaço no mercado imobiliário; conheça o perfil de Natasha Aguiar
Financiamento imobiliário pela Caixa tem 20 bilhões represados em fila de espera
A Caixa Econômica Federal acumula R$ 20 bilhões em financiamentos imobiliários pré-aprovados na fila de espera devido à falta de recursos, enquanto apenas R$ 3 bilhões estão previstos para serem liberados ainda este ano. Para gerenciar a situação, a Caixa prorrogou o prazo de contratação dos financiamentos até o vencimento da avaliação.
O banco, que detém quase 70% do mercado de financiamentos imobiliários no Brasil, tenta driblar a escassez de recursos reduzindo o valor máximo de crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), além de encarecer os empréstimos para imóveis de até R$ 1,5 milhão.
Apesar dos desafios, o banco planeja manter o ritmo de concessões de crédito imobiliário. “Nós não trabalhamos com uma perspectiva de redução, isso no crédito SBPE”, afirmou o vice-presidente de Finanças, Marcos Brasiliano, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco no terceiro trimestre na quarta (13), mantendo o compromisso com o financiamento habitacional.
O representante da instituição disse que é preciso encarar a “fila” de clientes esperando por financiamento como sendo do sistema, porque a maior parte dos clientes é de outros bancos.
De janeiro a outubro de 2024, a Caixa já aplicou R$ 190 bilhões em crédito imobiliário, somando recursos da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Mesmo com o orçamento sendo consumido mais rapidamente que o esperado, a instituição busca alternativas como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
Alterações no prazo de carência pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no entanto, complicaram as emissões, tornando o ambiente mais desafiador.
Fontes: Folha de S.Paulo e Terra
Multipropriedades crescem 50 por cento no Brasil e conquistam novos investidores, aponta pesquisa
O compartilhamento de imóveis no modelo chamado de multipropriedades tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. Segundo estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting, o setor cresceu quase 50% desde a pandemia, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 79 bilhões em 2024.
Só neste ano, as vendas realizadas no segmento somaram R$ 44,9 bilhões, representando aumento de 27% em relação a 2023. Neste tipo de investimento, cada proprietário tem uma fração do imóvel e o direito de usá-lo por um período definido – de uma semana até um mês no ano – e, em geral, para lazer. Destinos turísticos, como cidades litorâneas ou com águas termais, refletem a tendência de expansão pelo país.
Cidades como Caldas Novas (GO) e Olímpia (SP) se tornaram polos desse modelo, atraindo investimentos em resorts e empreendimentos turísticos. A GAV Resorts, por exemplo, já conta com 13 empreendimentos em diferentes estados, totalizando 5.208 unidades. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo”, afirma Caio Calfat, presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit) sobre o crescimento do setor.
Manoel Pereira, CEO da GAV, aposta no potencial de crescimento, especialmente entre a classe média. “É um produto que atenderia um bilionário, mas está chegando a todo tipo de cliente”, explica, destacando a democratização do modelo.
Empresas como Hot Beach Olímpia e Amazon Parques e Resorts investem em novos projetos, com diferenciais como sustentabilidade e flexibilidade de uso dos imóveis compartilhados. “Era um negócio desconhecido para o grupo, fomos aprendendo ao longo do tempo”, conta Rafael Alburquerque, diretor de multipropriedade do Hot Beach.
Segundo Albuquerque, o setor enfrentou dificuldades de financiamento, com poucos bancos e investidores dispostos a oferecer crédito, situação que só começou a mudar após a pandemia.
O amadurecimento do mercado trouxe importantes reflexões sobre o perfil dos compradores. A ideia inicial de multipropriedade acessível a todas as classes não se concretizou completamente. “O ganho médio da família brasileira não permite colocar o lazer como prioridade”, explica Albuquerque.
O executivo ressalta ainda os desafios com desistências, que levaram a procedimentos mais rigorosos para garantir a efetivação das vendas, já que cada cancelamento representa um prejuízo significativo para as empresas.
Fonte: Estadão
Intenção de compra de imóveis se mantém alta e atinge maior patamar em 2 anos no Brasil
A intenção de compra de imóveis no Brasil atingiu seu maior nível em quase dois anos, de acordo com a Pesquisa Raio-X FipeZAP. No terceiro trimestre de 2024, a parcela de pessoas que manifestaram intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses subiu para 42%, superando a média histórica de 38%.
Na pesquisa realizada entre 10 e 31 de outubro de 2024, com 873 participantes, 12% afirmaram ter adquirido um imóvel nos últimos 12 meses. A preferência por imóveis usados foi predominante, representando 70% das compras, embora um leve declínio tenha sido notado em relação ao trimestre anterior.
A participação de investidores entre os compradores caiu de 49% para 41%. Entre esses investidores, a motivação para alugar os imóveis adquiridos se manteve majoritária (66%). A perspectiva de “morar com alguém” também ganhou destaque, sendo citada por 76% dos respondentes com planos de compra.
Em relação ao destino dos imóveis, 87% dos compradores pretendem utilizá-los para moradia, enquanto apenas 13% visam o investimento. As transações classificadas como investimentos diminuíram para 45%, abaixo da média histórica de 43%.
Os descontos nas transações de imóveis mostraram uma leve queda. O percentual de transações com desconto caiu de 69% em junho para 67% em setembro de 2024. O desconto médio caiu de 8% para 7% no mesmo período e a expectativa de alta nos preços dos imóveis nos próximos 12 meses subiu para 40%, com a expectativa média de aumento fixada em 2,5%, conforme a recente pesquisa.
Fonte: Rádio Guaíba
Mulheres conquistam espaço no mercado imobiliário; conheça o perfil de Natasha Aguiar
Nos últimos anos, o protagonismo feminino no mercado imobiliário tem se intensificado, seguindo um movimento de busca crescente por igualdade de gênero neste setor. Aos 30 anos, Natasha Aguiar, jornalista e escritora, desponta como uma das vozes que impulsionam essa transformação, promovendo com seu trabalho a autonomia e a autoconfiança entre mulheres.
Com mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, Natasha utiliza sua plataforma para inspirar outras mulheres a conquistarem independência financeira e a superarem barreiras impostas por antigas crenças que relegam ao homem o papel de provedor. “O primeiro passo é querer, e o segundo é agir. Iniciei minha jornada cedo, construindo uma base sólida a partir do que era possível”.
Em entrevista ao jornal O GLOBO, a influencer destacou desafios pessoais, como a pressão para abandonar sua carreira em um relacionamento passado, dificuldade que profissionais femininas ainda enfrentam, principalmente diante da resistência de seus parceiros a mulheres fortes e independentes. “Cada um tem o seu caminho, e respeito as escolhas de cada mulher. Eu escolhi trabalhar e amo o que faço. Quero alguém que valorize essa minha trajetória, alguém que traga ainda mais força e equilíbrio para minha vida”, argumenta.
Natasha enfatiza que, embora cada mulher deva ser livre para escolher seu caminho, a independência financeira é um instrumento poderoso para a transformação social, tornando a independência da mulher um pilar para uma sociedade mais justa e equilibrada. “A liberdade financeira feminina permite que as mulheres tomem decisões com independência e voz ativa, impactando positivamente a sociedade”, afirma.
Fonte: O Globo