Após Balneário Camboriú, corrida por prédios mais altos chega a São Paulo. Locação personalizada ganha força no mercado imobiliário. Em Porto Alegre, intenção de compra até R$ 350 mil predomina enquanto vendedores buscam valores mais altos.
Após Balneário Camboriú, corrida por prédios mais altos chega a São Paulo
São Paulo se prepara para uma nova era de arranha-céus, seguindo a tendência de cidades como Balneário Camboriú (SC) e Goiânia (GO). O atual prédio mais alto da capital paulista, o Platina 220 – com 172 metros-, deve cair para a quinta posição nos próximos anos.
Em 2026, a WTorre entregará o Alto das Nações, um empreendimento corporativo de 219 metros em Santo Amaro, na zona Sul de São Paulo. Cyrela, One e Benx também têm projetos residenciais que prometem superar o Platina em altura.
“Os compradores querem a vista, por isso as torres vão ficando cada vez mais altas”, explica Paulo Petrin, vice-presidente da One Innovation. A empresa planeja lançar um residencial de 209 metros em Pinheiros no segundo semestre.
Construir arranha céus têm seus desafios de engenharia – é preciso reforçar fundações, otimizar elevadores e adaptar revestimentos para condições adversas, garantindo funcionalidade e durabilidade. Mas a visibilidade que esses projetos trazem, compensa, afirma argumenta Gabriella Lorca, da WTorre. “O projeto vira um marco, a cidade ganha um novo ponto turístico”.
Stephane Domeneghini, da FG Talls, vê um movimento “irrefreável” de busca por prédios mais altos. Para ela, os benefícios superam as preocupações: “A sombra e o vento, para o Brasil, é algo até positivo”.
Entretanto, urbanistas como Valter Caldana, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alertam para os impactos no microclima local. “Não discuto se será melhor ou pior, mas será outra cidade”, afirma.
Os projetos em São Paulo são altos, mas ainda menores que os de Balneário Camboriú, que chegam a 300 metros. A FG planeja o edifício Senna, com 500 metros, em parceria com a família do piloto e Luciano Hang. A fundação do edifício já foi iniciada.
Fonte: Valor Econômico
Locação personalizada ganha força no mercado imobiliário
Em meio a um cenário econômico brasileiro desafiador, com dólar acima de 6 reais, bolsa em queda e taxa Selic a 12,5%, o mercado imobiliário brasileiro busca alternativas para atender às necessidades da classe média, seu maior público consumidor.
Nesse sentido, a locação flexível (flex stay) surge como uma tendência promissora para 2025. Este modelo oferece contratos personalizados, beneficiando inquilinos que temem compromissos longos em um contexto econômico incerto.
Diferente do AirBnb, limitado a 90 dias, a locação flexível pode variar de curta temporada a 30 meses, com vantagens como liberação de multas por saída antecipada. Os valores são similares aos aluguéis convencionais, mas com maior praticidade e menos burocracia.
“A ideia desse modelo é o de oferecer uma maior liberdade contratual, visando atender as demandas do inquilino e que, ao final, seja confortável para todo mundo”, explica Renata Firpo, especialista do setor e colunista do Real Estate da Veja.
Enquanto o mercado de luxo e o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) mantêm bom desempenho, a classe média enfrenta dificuldades, ressalta a coluna. O governo Lula recentemente aprovou mudanças no MCMV, alterando valores e faixas de enquadramento, o que deve ter algum impacto para este ano.
Apesar dos benefícios da locação flexível, é crucial atentar-se à Lei do Inquilinato ao celebrar contratos adaptáveis. O objetivo é evitar complicações legais e garantir que a proposta de facilitar o aluguel não se torne um problema para locadores e locatários.
Fonte: Veja
Em Porto Alegre, intenção de compra até R$ 350 mil predomina
Uma pesquisa realizada pela Loft, em parceria com a Offerwise, revelou uma significativa diferença entre as expectativas de compradores e vendedores de imóveis em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Em Porto Alegre, 45% dos potenciais compradores pretendem gastar até R$ 350 mil na aquisição de um imóvel, enquanto a maioria dos vendedores deseja receber entre R$ 351 mil e R$ 800 mil. A capital gaúcha também se destaca com o maior percentual (10%) de compradores interessados em pagar mais de R$ 2 milhões pela nova moradia.
“Essa disparidade entre o que se espera receber e o que se espera pagar pode levar a um tempo maior de negociação entre as partes, tornando o processo mais demorado”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft,
Dados do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) mostram que o preço médio das vendas nas cidades pesquisadas é de R$ 605 mil, alinhado com as expectativas dos vendedores, mas acima do que a maioria dos compradores pretende gastar.
A maioria dos entrevistados afirma que pretende recorrer a financiamento bancário por meio de programas do governo, como o programa Minha Casa, Minha Vida. O estudo também revelou que o perfil da maioria dos compradores dispostos a gastar até R$ 350 mil é composto por jovens adultos entre 25 e 34 anos, predominantemente das classes B, C e D/E.
A pesquisa, com 1.200 entrevistas, tem margem de erro de cinco pontos percentuais, num intervalo de confiança de 90%.
Fonte: Rádio Guaíba
QuintoAndar foca em imóveis usados para crescer em vendas
O QuintoAndar, conhecido por sua plataforma de aluguéis, está ampliando presença no segmento de compra e venda de imóveis. A empresa foca agora em unidades usadas com preços de R$ 900 mil a R$ 1 milhão. A operação cresceu 58% em 2024 e, segundo a startup, a expectativa é que o ritmo se sustente em 2025.
No ano passado, o QuintoAndar fechou 2.100 contratos de venda de imóveis por mês, o que se traduz em uma movimentação financeira mensal de R$ 1,2 bilhão.
“A ideia é facilitar o processo de compra e venda de imóveis no País”, explica Lucas Lima, vice-presidente de marketplace. A empresa utiliza inteligência de dados, cria anúncios com fotos detalhadas para contatar potenciais compradores com mais eficiência, e treina equipes de corretores para otimizar o processo, evitando visitas desnecessárias e contatos indesejados, segundo o executivo.
A remuneração do QuintoAndar é de 6% sobre o valor da venda, sendo que parte desse valor fica com o corretor. A empresa afirma proporcionar maior produtividade aos corretores, com uma média de 1,5 venda por mês, contra 0,3 do mercado tradicional.
Apesar do cenário de alta nos juros, a empresa mantém-se otimista para 2025. “Não é porque o teto ficou mais baixo que a gente vai voar mais baixo. O teto ainda está muito alto”, afirma Lima.
Fonte: Estadão