Mercado imobiliário inicia 2025 com demanda aquecida e oferta reduzida de anúncios, abrindo janela de oportunidades para o setor. Lula veta isenção para fundos de investimento na regulamentação da Reforma Tributária. ‘Êxodo corporativo’ em SP: Paulista perde espaço para novas regiões.
- Mercado imobiliário inicia 2025 com demanda aquecida e oferta reduzida de anúncios
- Reforma Tributária: Lula veta isenção para fundos de investimento
- ‘Êxodo corporativo’: Paulista perde espaço para novas regiões
- Filho de camelôs, Alex Sales foi da demissão ao sucesso, criando construtora de imóveis de luxo
Mercado imobiliário inicia 2025 com demanda aquecida e oferta reduzida de anúncios
O começo de 2025 traz oportunidades para o mercado imobiliário, com aumento na busca por apartamentos à venda e para locação. Segundo levantamento do DataZAP, o primeiro trimestre costuma registrar pico nas buscas por imóveis à venda, enquanto todo o primeiro semestre é estratégico para locações. Portanto, este início de ano abre um leque maior de oportunidades para corretores e imobiliárias.
“É no primeiro bimestre que observamos os maiores números de visualizações e cliques, refletindo um comportamento de demanda concentrada no início do ano”, afirma Gabriela Domingos, especialista em inteligência de mercado do Grupo OLX.
A pesquisa, que analisou o comportamento nos portais ZAP e VivaReal entre 2021 e 2024, revela uma disparidade entre oferta e demanda. Enquanto as visualizações e cliques em anúncios atingem seus maiores patamares, há menos divulgações de apartamentos disponíveis.
Esta situação cria uma janela de oportunidade para corretores e imobiliárias. “O fato de a oferta de anúncios ser reduzida e a demanda ser alta, em especial no mês de janeiro, configura uma oportunidade interessante para o mercado”, destaca Gabriela.
Para os profissionais do setor, este é o momento de intensificar esforços de marketing e captação de imóveis. A alta demanda pode resultar em negociações mais rápidas e potencialmente mais lucrativas, beneficiando tanto vendedores quanto locadores. Fonte: E-Investidor e Valor Investe
Reforma Tributária: Lula veta isenção para fundos de investimento
O primeiro texto da lei que regulamenta a Reforma Tributária foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (16). Seguindo orientação da equipe econômica, o presidente vetou alguns trechos do projeto aprovado antes pela Câmara e Senado em 2024. Esses vetos voltam agora ao Congresso, que pode derrubá-los ou manter a lei como está.
Entre os vetos da presidência está a isenção para fundos de investimento. A exclusão abrange fundos patrimoniais, imobiliários e do agronegócio, como FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e Fiagro (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio).
Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária, explicou que a decisão se baseou em questões jurídicas. “Não havia amparo constitucional para que esses fundos fossem considerados beneficiários do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços)”, afirmou durante coletiva de imprensa.
A medida foi fundamentada na Emenda Constitucional 132, que define as entidades que podem ter benefícios fiscais ou isenções tributárias. Segundo Appy, considerar esses fundos como não contribuintes seria inconstitucional.
A Advocacia Geral da União (AGU) endossou a decisão após avaliação jurídica. Os fundos foram excluídos das exceções aos novos tributos que entrarão em vigor com a reforma: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Fonte: InfoMoney
‘Êxodo corporativo’: Paulista perde espaço para novas regiões
A tradicional Avenida Paulista, que já abrigou 80% do setor bancário entre 1960 e 1970, enfrenta uma absorção líquida negativa no mercado imobiliário corporativo. O último lançamento na região ocorreu em 2021, sem novas construções no último trimestre de 2024, segundo o relatório MarketBeat São Paulo da Cushman & Wakefield.
Ao mesmo tempo, a Avenida Doutor Chucri Zaidan lidera o crescimento do mercado de escritórios em São Paulo, com absorção líquida de quase 24 mil metros quadrados no quarto trimestre de 2024, mais que o dobro da Avenida Brigadeiro Faria Lima – outro centro financeiro importante e disputado na capital.
“A Paulista manteve um perfil multiuso, enquanto a Faria Lima concentrou-se em serviços e escritórios. Com a demanda por espaços corporativos modernos, a Paulista perdeu terreno para novas regiões na zona sul”, explica Dennys Andrade, Head of Market Research & Business Intelligence da Cushman & Wakefield.
Apesar da baixa oferta de novos ativos, a Paulista ainda atrai múltiplos inquilinos, mantendo uma vacância de apenas 2,9%. Contudo, a absorção anual caiu pela metade entre 2023 e 2024.
O mercado imobiliário corporativo de São Paulo, em geral, apresentou um cenário positivo em 2024, com redução significativa da taxa de vacância para 17,35%, deixando claro um aquecimento do setor mesmo diante de incertezas econômicas.
Fonte: Exame
Filho de camelôs, Alex Sales foi da demissão ao sucesso, criando construtora de imóveis de luxo
Alex Sales, fundador da Alumbra Empreendimentos, construtora com sede em Santa Catarina, saiu de uma infância humilde em Vila Velha, Espírito Santo, para se tornar um empresário de sucesso no setor imobiliário de alto padrão. Em entrevista para a revista Veja ele contou como foi sua jornada empreendedora, que começou ainda na infância. Filho de camelôs, ele vendia bolos e “chupe chupe” para comprar uma bicicleta.
Após uma breve passagem pela área de tecnologia, Sales entrou no mercado imobiliário em Belo Horizonte. Mas, a primeira experiência não foi nada boa, e acabou em demissão. “Na ocasião, disseram que eu não teria perfil para atuar neste ramo”, conta.
Sales não se deu por vencido e logo procurou uma recolocação no mercado. “No primeiro dia fui até a incorporadora Brasil Brokers pedir emprego. Eles me aceitaram. No primeiro mês fiz 6 vendas e ganhei um carro de premiação”, conta. “Vi que tinha vocação pra isso. Daí decidi sair e criar minha própria corretora”, recorda.
Ao longo de 14 anos no setor, o executivo teve experiências valiosas, criando sua própria corretora e uma plataforma para comercialização de imóveis de distratos. Mas o caminho do empreendedorismo também o levou à falência: um investimento em uma parceria com multinacional francesa, na área de concretagem, foi por água abaixo. “Cheguei ao ponto de não ter como pagar contas e nem comer direito ou simplesmente viver. Mas felizmente nunca desisti”.
Sales conta que deu a volta por cima pegando suas economias e voltando ao mercado imobiliário como consultor e investindo em uma plataforma de vendas digitais. “Em 2021, fundei a construtora Alumbra Empreendimentos em Balneário Camboriú, Santa Catarina”, conta.
Os empreendimentos da Alumbra têm apartamentos entre R$ 850 mil e R$ 6 milhões, estão localizados em cidades litorâneas e regiões de alto poder aquisitivo. A empresa que, segundo o empreendedor, atingiu R$ 260 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV), no ano passado, é fruto do desejo de “usar a construção civil para transformar a vida de famílias”.
O empresário destaca o seu comprometimento social, tirando um percentual da receita dos projetos de luxo para criar lares a pessoas em situação de vulnerabilidade. “Até 2030, vamos tirar 250 pessoas da rua, atuando em Santa Catarina e região”, enfatiza Sales. “Alcancei o meu propósito e agora quero mostrar para outras pessoas que é possível”.
Fonte: Veja