Vendas de imóveis usados sobem 45% em São Paulo em maio. Reforma Tributária pode complicar financiamento de imóveis e impactar investidores, dizem especialistas. Taxa de vacância de escritórios no Rio é a menor desde 2016.
- Vendas de imóveis usados sobem 45 por cento no estado de São Paulo em maio
- Reforma Tributária pode complicar financiamento e impactar investidores
- Retorno a escritórios no Rio leva taxa de vacância ao menor nível desde 2016
- Realidade aumentada e “decorado-holograma” para atrair compradores de imóveis
Vendas de imóveis usados sobem 45 por cento no estado de São Paulo em maio
As vendas de casas e apartamentos residenciais usados no estado de São Paulo aumentaram 44,94% em maio, na comparação com abril, segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-SP). O crescimento fez com que o acumulado de 2024 ficasse positivo em 38,06%, o que significa uma recuperação deste segmento do mercado imobiliário paulista, especialmente no financiamento de imóveis.
Em maio, as vendas realizadas por meio de financiamento imobiliário superaram as transações à vista em São Paulo, atingindo 58,07% das negociações, tanto pela Caixa Econômica Federal como por bancos privados.
A maioria dos compradores (63,23%) optou por casas e apartamentos com valores até R$ 400 mil. O valor médio de venda acumulou uma alta de 108,21% em 12 meses, passando de R$ 550 mil em junho de 2023 para R$ 770 mil em maio de 2024.
A Pesquisa do CRECI divide o Estado de São Paulo em quatro regiões, todas apresentando aumento nas vendas em maio: capital (+55,08%), interior (85,08%), litoral (18,10%) e grande SP (17,89%).
Em relação às locações, o levantamento mostrou tendência diferente, com apenas o litoral tendo um aumento positivo de 21,18%, enquanto a capital apresentou queda de -39,77%. No interior, a queda foi de 6,19%, e na Grande SP, de 8,91%.
Fonte: Economic News
Reforma Tributária pode complicar financiamento e impactar investidores
Em discussão no Senado, o texto que regulamenta a Reforma Tributária pode encarecer os imóveis tanto para aluguel quanto para compra, segundo especialistas. Os preços devem subir caso o setor imobiliário não consiga uma alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com desconto de 60% sobre o IVA total.
Análises técnico-econômicas apontam que, na média, o aluguel aumentaria entre 5% e 10%. “Como consequência, menos famílias vão acessar o aluguel, porque vai ser necessário ter uma renda maior”, diz o presidente executivo do Secovi-SP, Ely Wertheim.
Outra consequência do texto da reforma no setor imobiliário é o possível aumento das parcelas mensais dos financiamentos imobiliários, tornando o acesso ao crédito mais desafiador. Segundo o especialista em finanças Marlon Glaciano, os bancos podem ajustar suas taxas de juros para compensar o aumento do risco, potencializando ainda mais os custos para os compradores. “Esse cenário pode desacelerar o mercado imobiliário, afetando tanto as vendas quanto a construção de novos imóveis”, alerta.
Para os investidores imobiliários, a reforma também traz desafios. A nova alíquota de desconto de aproximadamente 40% para ganhos de capital em imóveis deve implicar em uma tributação final em torno de 15%, modificação que se reflete na rentabilidade calculada tanto para transações de compra e venda quanto para receitas de aluguel.
Neste contexto, investimentos isentos de Imposto de Renda, como CRIs, LCIs e debêntures incentivadas, podem se mostrar mais atrativos. Outra estratégia é diversificar a carteira, investindo em empresas multinacionais, exportadoras ou ativos internacionais.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado decidiu criar um grupo de trabalho para analisar o texto da Reforma Tributária aprovado na Câmara, e vai realizar audiências públicas para embasar as sugestões de alterações ao projeto.
Fontes: E-Investidor/Estadão e Agência Senado
Retorno a escritórios no Rio leva taxa de vacância ao menor nível desde 2016
O mercado de escritórios do Rio de Janeiro – segundo mais importante do Brasil – passa por um reaquecimento, com retorno da ocupação de salas e lajes comerciais. Segundo pesquisa da Colliers, corretora de imóveis corporativos de atuação global, o percentual de vacância na capital fluminense caiu para 26,9% no segundo trimestre de 2024, o menor índice desde o terceiro trimestre de 2016.
A falta de novas construções por um período prolongado e os seguidos trimestres com mais locações do que devoluções de salas impulsionou o movimento positivo, avalia Paula Casarini, CEO da Colliers. Outro fator que contribui para a maior ocupação dos escritórios é a diminuição do “home office” nas maiores empresas do país, que tentam acabar com a modalidade que se popularizou durante a pandemia.
Escritórios mais bem localizados são os mais procurados, principalmente aqueles cujos proprietários são mais flexíveis em relação a períodos de carência e valores de aluguel. Para as empresas que estavam em salas virtuais e já perceberam a vantagem de voltar a ter seu próprio endereço, “o maior fator de convencimento é o desconto”, argumenta Lúcio Pinheiro, da Sergio Castro Imóveis.
Nos condomínios de padrão A+ e A, a absorção líquida das salas avançou 10.684 m² no segundo trimestre, de acordo com o levantamento da Colliers. Empresas dos setores financeiro, educacional e de tecnologia são as principais locatárias.
Fonte: Diário do Rio
Realidade aumentada e “decorado-holograma” para atrair compradores de imóveis
Focada em imóveis de alto padrão, a Coelho da Fonseca investe em realidade aumentada para apresentar e vender imóveis. Em parceria com a R2U, a imobiliária criou um ambiente que mescla elementos digitais ao espaço físico real, um recurso que se assemelha ao holograma. A tecnologia permite ao visitante uma experiência de apartamento decorado em imóvel que ainda está no contrapiso.
A novidade chega para driblar uma das grandes dificuldades em vender apartamento na planta, cru ou para reforma: conseguir visualizar o ambiente como o cliente gostaria. Após oito anos de tentativas e erros, a solução veio com o lançamento do Apple Vision Pro, óculos de realidade aumentada, no final de 2023.
Para apresentar a nova solução, a Coelho da Fonseca escolheu o empreendimento AG Art Residences, em Pinheiros (SP). Com os óculos, é possível visualizar como o apartamento ficaria finalizado, dando outra noção de espaço e permitindo várias opções diferentes de plantas para o apartamento.
O recurso pode ser usado em qualquer espaço – não precisa ser um apartamento pronto – mostrando também a área comum do prédio, como piscinas e academia. Incorporadores e até arquitetos podem usar o “decorado-holograma” como showroom de seus projetos em escala real.
Fonte: Exame