Reforma Tributária: veja o que o texto aprovado na Câmara prevê para o setor imobiliário. Nova Lima (MG) e o fenômeno das mansões de luxo ‘multicômodos’. “Primo rico” compra casa que era de Neymar e provoca polêmica.
Reforma Tributária: veja o que o texto aprovado na Câmara prevê para o setor imobiliário
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17), por 328 votos a 18, um dos projetos de regulamentação da Reforma Tributária, que havia retornado do Senado com mudanças, e agora vai para sanção presidencial. A alíquota padrão foi fixada em 27,97%, com uma previsão de redução para não ultrapassar 26,50% até 2033.
O projeto contém detalhes sobre cada regime com redução ou isenção de incidência de imposto, a devolução de tributos para consumidores de baixa renda (cashback), a compra internacional pela internet e a vinculação dos mecanismos de pagamento com sistema de arrecadação.
Para o mercado imobiliário, o texto traz mudanças significativas, destacando a progressividade. Um regime de transição foi criado para oferecer mais segurança jurídica e previsibilidade nos investimentos, além da ampliação dos redutores de alíquota.
No setor de incorporação, o redutor subiu de 40% para 50%, enquanto no segmento de locação passou de 60% para 70%. Embora esses índices aumentem a carga tributária em relação ao cenário atual e fiquem abaixo do desejado pelo setor (60% para incorporação e 80% para locação), contribuem para atenuar o impacto no preço final dos imóveis.
Pessoas físicas que atuam como pequenos locadores e arrecadam menos de R$ 240 mil por ano com aluguéis, possuindo até três imóveis, estarão isentas dos novos impostos sobre consumo, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A ideia é aliviar a carga tributária sobre pequenos investidores imobiliários, incentivando a manutenção e ampliação do mercado de locação residencial.
Além disso, a reforma introduz um redutor social com descontos fixos na base de cálculo para facilitar o acesso a imóveis populares residenciais: R$ 100 mil na compra de novos, R$ 30 mil para lotes, e R$ 600 para aluguéis.
“A reforma tributária é um marco para a modernização do país, especialmente em um segmento estratégico como o da incorporação imobiliária. Nosso setor é responsável por 10% dos empregos formais gerados em 2024, contribui com 9% dos tributos do país, movimenta a economia e atende às demandas habitacionais da população”, declarou Luiz França, presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Apesar dos aumentos em relação ao cenário atual, os redutores ajudam a minimizar o impacto nos preços finais, na avaliação do setor. “A aprovação do texto na Câmara, preservando os principais pontos aprimorados no Senado, reflete o equilíbrio necessário para assegurar competitividade ao setor e benefícios diretos aos consumidores”, complementou França.
Fontes: Infomoney, Monitor Mercantil e Agência Câmara
Nova Lima (MG) e o fenômeno das mansões de luxo ‘multicômodos’
Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), Nova Lima vem ganhando destaque no cenário imobiliário por suas residências luxuosas e espaçosas. Segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem a maior proporção de domicílios com 10 ou mais cômodos no Brasil, refletindo o crescimento do mercado imobiliário de luxo na região.
Com uma população de pouco mais de 97 mil habitantes, Nova Lima foi identificada pelo ‘Mapa da Riqueza”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), como a cidade mais rica do país, com a maior renda per capita.
Com uma renda média de R$ 8.897, a cidade tornou-se um ímã para investimentos imobiliários luxuosos, que incluem a busca por espaço e exclusividade, impulsionando a construção de residências com mais cômodos.
A proporção de casas com pelo menos 10 cômodos em Nova Lima é de 21,71%, bem acima da média nacional de 5,11%. O interesse por imóveis de luxo e a disponibilidade de terrenos para construções amplas contribuem para esse cenário. A busca por qualidade de vida é uma característica marcante dos habitantes, que querem morar perto da capital, mas com conforto e tranquilidade.
“Primo rico” compra casa que era de Neymar e provoca polêmica
Thiago Nigro, conhecido como Primo Rico, famoso por seu canal de educação financeira no YouTube, comprou uma mansão de 40 milhões de reais em Barueri, São Paulo. A propriedade, localizada no condomínio Alphaville 2, pertencia ao jogador Neymar e a aquisição gerou controvérsia devido à mudança de postura de Nigro, que havia se manifestado contra a compra de imóveis, preferindo o aluguel.
Nigro, que em 8 de julho de 2023 compartilhou no Instagram que “não se deve comprar imóveis”, teve que justificar a decisão que surpreendeu seus seguidores. “É tão obsceno ler comentários dizendo que ensinei que alugar é melhor que comprar. O que ensinei foi: faça conta. Pode valer mais a pena alugar”, argumentou.
Quando fez a famosa publicação, Nigro era sócio da XP Investimentos, que prioriza investimentos em fundos imobiliários. Essa ligação levantou especulações sobre suas motivações, além de uma possível perda de imóvel no passado.
A mudança de postura pode indicar que Nigro agora se encaixa nas exceções que ele mesmo pregava: dispor de 40 milhões de reais. A mansão em Barueri não é única, pois o mercado local oferece residências até superiores a 100 milhões de reais.
A aquisição também levantou questões sobre o valor real do imóvel como investimento, já que a casa exigirá adequações – Neymar fez reformas que estão fora das normas do condomínio. Maíra Cardi, esposa de Nigro, manifestou a intenção de realizar mudanças significativas no local, o que pode impactar a valorização esperada do bem.
Fonte: Veja
Brasília se destaca na demanda por imóveis de médio padrão
Entre março de 2023 e março de 2024, Brasília foi a terceira cidade mais consistente na demanda por imóveis de médio padrão no Brasil (renda de R$ 12 mil a R$ 24 mil), de acordo ranking feito pelo grupo Sienge e CV CRM, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que mede a atratividade das cidades em relação a novos projetos imobiliários. A capital federal ficou atrás apenas de Goiânia (GO) e São Paulo (SP).
A redução da Demanda Direta e o aumento da Oferta de Terceiros foram fatores-chave para esse desempenho, segundo a pesquisa. Brasília também figura na nona posição no ranking de imóveis econômicos, tendo caído três posições desde o primeiro trimestre, e ocupa a quarta posição em imóveis de alto padrão. A cidade experimenta um ciclo positivo de incorporação, com indicadores positivos de Demanda e Dinâmica Econômica, refletindo uma população economicamente ativa e diversificada.
Um ponto de atenção no período foi a queda na Oferta de Terceiros em todos os padrões de imóveis, sinalizando um aumento no estoque disponível no mercado secundário. Nos segmentos médio e econômico, houve também uma redução na procura direta, indicando a necessidade de ajustes estratégicos no mercado local.
Fonte: Jornal de Brasília