CUPOLA e CredAluga anunciam sociedade para atender imobiliárias. Incorporadoras brasileiras aumentam lucro e vendas no segundo trimestre. Vendas de imóveis novos em São Paulo crescem 15,3% no primeiro semestre.
CUPOLA e CredAluga anunciam sociedade para atender imobiliárias
A CUPOLA, hub de gestão imobiliária, anunciou sociedade com a CredAluga, fintech de garantia locatícia. As duas empresas já caminhavam lado a lado há algum tempo, com a CredAluga patrocinando eventos, treinamentos e conteúdos produzidos pela CUPOLA, em especial o CUPOLA Summit, tradicional evento do setor.
Segundo Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, a trajetória de parceria entre as duas empresas pavimentou um caminho natural para a sociedade. “Desde o início, testemunhamos a abordagem séria e responsável da CredAluga em um mercado que pedia a presença de uma empresa comprometida com o crescimento sustentável das imobiliárias”, afirmou.
Guilherme Blumer, cofundador da CredAluga, afirma que as empresas “têm claramente no seu DNA a crença nas imobiliárias como protagonistas”. Com escritórios em São Paulo e Minas Gerais, planeja lançar novos produtos financeiros para aumentar a rentabilidade das imobiliárias.
Fundada em 2007 como uma agência de marketing, a CUPOLA expandiu seus negócios adicionando serviços de consultoria, educação, tecnologia, e eventos voltados ao setor imobiliário.
Segundo Werneck, a sociedade com a CredAluga pretende ampliar o diálogo diário com o mercado, “contribuindo para a construção de novos produtos que tornem o aluguel uma solução de moradia cada vez mais simplificada”.
Fonte: Imobi Report
Incorporadoras brasileiras escalam em lucro e vendas no segundo trimestre
As incorporadoras brasileiras registraram aumento de lucro e vendas no segundo trimestre de 2024, principalmente pelo sucesso do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), mesmo diante dos juros ainda elevados no país. Segundo estudo feito pelo Valor Data, 30 empresas de capital aberto tiveram um aumento de 67% no lucro líquido, atingindo R$ 1,3 bilhão. A receita líquida cresceu 26%, totalizando R$ 13,86 bilhões.
As vendas líquidas do segmento subiram 29% no segmento econômico e 24% no médio e alto padrão. No entanto, os lançamentos no MCMV cresceram 37%, enquanto no médio e alto padrão (MAP), houve queda de 14%.
Entre as causas para esta queda estão atrasos na regulamentação da outorga onerosa, taxa paga à prefeitura para construir acima do limite básico em São Paulo, e as enchentes no Rio Grande do Sul (RS). A Cyrela, por exemplo, reduziu os lançamentos em 59%. Mesmo assim, a empresa conseguiu se destacar no mercado com um lucro de R$ 412 milhões.
A manutenção da Selic em 10,5% continua sendo fonte de preocupação para o setor de média e alta renda, já que pode limitar o crescimento. Na avaliação de Bruno Mendonça, do Bradesco BBI, a taxa dificilmente cairá em 2025.
A Moura Dubeux tem se destacado no mercado imobiliário do Nordeste, onde enfrenta menos concorrência e adota o modelo de condomínio fechado, no qual os compradores pagam o valor total da unidade durante a obra, reduzindo o impacto dos juros sobre o negócio. A estratégia permitiu à empresa superar sua meta de IPO de 2020 – de R$ 400 milhões em lançamentos anuais para R$ 1 bilhão, no ano passado.
No segmento do Minha Casa, Minha Vida, a Cury e a Direcional se mantêm como referências positivas. Enquanto a Cury aumentou o volume de operações, a Direcional destacou-se pela crescente velocidade de vendas, mantendo suas margens.
A Tenda e a MRV buscam retomar a lucratividade, com a MRV explorando parcerias estratégicas para sua subsidiária americana, Resia, no “sun belt” dos EUA.
Fonte: Valor Econômico
Venda de imóveis novos em São Paulo cresce 15,3 por cento no primeiro semestre
As vendas de imóveis novos em São Paulo cresceram 15,3% no primeiro semestre de 2024, com 47,1 mil unidades vendidas, segundo levantamento da consultoria Brain. No mercado geral, incluindo novos e usados, as transações subiram 12,5%, conforme o Ranking da Demanda Imobiliária da Loft, que utiliza dados de ITBI.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representou 37,6% das vendas de imóveis novos, enquanto no mesmo período de 2023 representou 30%. O valor geral de vendas (VGV) do MCMV também aumentou, passando de 13% para 18% na mesma comparação.
Nos primeiros seis meses do ano, os lançamentos de unidades cresceram 5,1%, com 41,5 mil novas unidades, totalizando R$ 20 bilhões, um aumento de 14,4% em relação ao ano anterior. O MCMV foi responsável por 54% deles, quase dobrando sua participação em relação a 2023.
O valor das unidades do MCMV subiu 138,6%, atingindo R$ 6 bilhões, com preço máximo das unidades saltando de R$ 264 mil para R$ 350 mil. A Barra Funda liderou os lançamentos com 2.648 novos imóveis, seguida por Vila Andrade, Mooca, Limão e Vila Sílvia. Já em relação aos imóveis novos e usados, Vila Andrade, Bela Vista e Tatuapé foram os bairros com mais transações.
O Brooklin registrou o maior aumento de vendas, com 61,8%, seguido por Morumbi (58,6%) e Ipiranga (46,7%). Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, o crescimento no Brooklin e Morumbi está ligado ao prolongamento da Avenida Chucri Zaidan, que atraiu novos empreendimentos.
O Ipiranga se destacou por preços competitivos e uma boa mistura de casas e prédios, atraindo diversos perfis de moradores. Outros bairros com aumento significativo de transações incluem Butantã e Cidade Líder.
Fonte: Valor Econômico
Com verba adicional para Minha Casa, Minha Vida, MRV pretende ampliar vendas
Após registrar um recorde de vendas de imóveis no segundo trimestre de 2024, a MRV projeta a continuidade positiva dos negócios como reflexo dos recentes ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo Ricardo Paixão, diretor financeiro e de relações com investidores da MRV&Co, as vendas no terceiro trimestre estão mantendo o ritmo positivo dos meses anteriores.
No início de agosto, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) alocou um adicional de R$ 22 bilhões do orçamento anual do fundo para financiar o programa habitacional. Essa injeção de recursos – com objetivo de fortalecer o MCMV – trouxe fôlego adicional para empresas como a MRV&Co, que atuam no segmento.
Os ajustes são vistos como um catalisador para o crescimento das vendas, permitindo que companhias focadas no segmento, como MRV, ampliem ainda mais a participação no mercado habitacional de interesse social. A empresa espera que os recursos adicionais para o MCMV ajudem a tornar os financiamentos mais acessíveis para os compradores.
Fonte: Valor Econômico