Nova liberação do FGTS preocupa setor da construção, que alerta para impactos no funding da habitação. Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, ressurge como novo polo de escritórios. Caução lidera como garantia de aluguel, mas alternativas ganham espaço.
- Nova liberação do FGTS preocupa setor da construção, que alerta para impactos no funding da habitação
- Largo da Batata ressurge como novo polo de escritórios em São Paulo
- Em Belo Horizonte, venda de apartamentos subiu 8 por cento no ano passado
- Garantias de aluguel: caução lidera, mas alternativas ganham espaço
Nova liberação do FGTS preocupa setor da construção, que alerta para impactos no funding da habitação
O anúncio do governo sobre liberar o saldo bloqueado do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores que utilizaram o saque-aniversário, feito nesta segunda-feira (24), foi recebido com surpresa e preocupação pelo setor da construção civil. Para o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Renato Correia, a medida pode ser danosa para o FGTS e para o setor da habitação se for permanente.
“É sempre com muita preocupação que a gente vê esse tipo de saque extraordinário. Tudo isso preocupa muito o setor de construção e os fundings. Já temos o saque-aniversário, a alienação do saque-aniversário, um projeto de lei na Câmara permitindo mais saques extraordinários e agora mais essa novidade”, afirmou Correia. Ele ressalta que este movimento pode diminuir o orçamento para habitação, principal aplicação dos recursos do fundo.
A CBIC não participou das discussões da medida no governo. Desde a criação do saque-aniversário, a entidade critica o instrumento, argumentando que compromete a sustentabilidade do fundo.
“Gostaríamos mesmo que o FGTS voltasse a ser o que era antes. Quando o trabalhador for demitido ele pode sacar, quando ele pedir demissão ele não saca e os recursos ali depositados podem ser usados para financiar a casa própria desse mesmo trabalhador”, destacou Correia.
Pesquisas do setor mostram que o uso do FGTS para entrada na compra de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida caiu de 73% em 2020 para 30% em 2024. Isso pode comprometer o uso dos recursos do fundo para aquisição da moradia própria.
A CBIC, junto com outras entidades do setor, defende que o FGTS deveria ser direcionado prioritariamente para habitação popular, infraestrutura e saneamento, em vez de estimular o consumo.
Fonte: Folha de S.Paulo
Largo da Batata ressurge como novo polo de escritórios em São Paulo
A região do Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, já vem sendo chamada de “Faria Lima Nova”, por se destacar como um importante polo de expansão do mercado de escritórios da capital – situada, também, na extensa avenida que vai quase da região central à zona Sul.
O trecho emergente da Faria Lima, que fica entre as avenidas Rebouças e Pedroso de Morais, atrai investidores e empresas dos setores de TI, telecomunicações, indústria, financeiro e jurídico, segundo levantamento da Binswanger Brazil.
Para compreender o mercado, o setor dividiu a Faria Lima em três subáreas: Faria Lima Central (entre Av. Rebouças e o Museu da Casa Brasileira), Faria Lima Prime (do Museu até a Av. Hélio Pellegrino) e Faria Lima Nova (entorno do Largo da Batata). Cada região tem características distintas de idade e padrão dos empreendimentos.
A infraestrutura da região do Largo da Batata conta com fácil acesso, que inclui estações de metrô, corredores de ônibus e ciclovias. O transporte é um forte atrativo para empresas, diferente do que acontece na região prime da Faria Lima (entre a Avenida Cidade Jardim e a Rua Fiandeiras).
Essa “Faria Lima Nova”, apresenta também uma taxa de vacância de 14,6%, a mais alta entre as três subdivisões, oferecendo oportunidades para novos empreendimentos. O estoque atual é de aproximadamente 130 mil metros quadrados em nove empreendimentos, com potencial de crescimento.
O valor médio do metro quadrado locado é de R$ 172,88/m², posicionando-se entre os valores da Faria Lima Prime (R$ 262,18/m²) e Faria Lima Central (R$ 120,00/m²). “A Faria Lima Nova ainda não subiu tanto os preços, o que acaba atraindo empresas de mais variados segmentos”, explica Paulo Izuka, gerente de inteligência de mercado da Binswanger Brazil.
A região deve ganhar ainda mais destaque com o próximo leilão de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção), que permitirá aos desenvolvedores explorar áreas maiores do que as inicialmente permitidas.
O cenário macroeconômico aponta para um cenário animador, com a retomada do trabalho presencial, com empresas demandando escritórios com maior área por posto de trabalho, fatores que contribuem para a revalorização do mercado de imóveis comerciais na região.
Fonte: Exame
Em Belo Horizonte, venda de apartamentos subiu 8 por cento no ano passado
As vendas de apartamentos na capital mineira aumentaram 8% em 2024, na comparação com o ano anterior, totalizando 20.564 unidades, segundo o Data Secovi, instituto de pesquisas da CMI/Secovi-MG. O valor do metro quadrado de apartamentos prontos em Belo Horizonte subiu 4,2%, atingindo R$ 13,5 mil.
O padrão Econômico (até R$ 350 mil) liderou as vendas com 43,4% do total, seguido pelo Standard (R$ 350 mil a R$ 700 mil) com 34,2%. Os padrões Médio, Alto, Luxo e Superluxo representaram os 22,4% restantes.
Leonardo Matos, diretor da CMI/Secovi-MG, atribui o crescimento à demanda por residências adaptadas ao home office e áreas de lazer. A alta nos juros, a partir de setembro do ano passado, que deixou o financiamento mais caro, não impactou o setor. “Esse resultado se dá principalmente ao comportamento do consumidor, que busca, cada vez mais, por residências que atendam às necessidades, como espaço home office e áreas de lazer”, pontua.
Por outro lado, o representante do setor acredita que o setor não deve “sair ileso” dos possíveis impactos negativos do aumento da Selic, especialmente para clientes de médio padrão. “Com os juros em crescimento, as parcelas aumentam e isso poderá prorrogar o sonho da casa própria”, alerta Matos.
Em relação a valorização nos bairros de BH, Belvedere, Santa Lúcia e Lourdes registraram as maiores cifras, com preços acima de R$ 12,8 mil/m² e médias superiores a R$ 1,53 milhão por unidade.
A regional Centro-Sul concentrou 25,1% das vendas gerais de imóveis, seguida pela Oeste (18,8%) e Pampulha (14,9%). O total de imóveis negociados em 2024 chegou a 27,6 mil, um aumento de 7% em relação a 2023.
O segmento residencial representou 86% das unidades vendidas, com valor médio de R$ 636,7 mil. Pontos comerciais ficaram em segundo lugar, com 8% de participação nas vendas.
Fonte: Diário do Comércio
Garantias de aluguel: caução lidera, mas alternativas ganham espaço
O Índice de Confiança no Setor Imobiliário – Loft, realizado em parceria com a Offerwise, revela que a caução continua sendo a garantia mais usada para contratos de aluguel no Brasil, representando 27% das preferências. No entanto, outras opções estão ganhando relevância no mercado imobiliário.
Segundo a pesquisa, o fiador aparece como segunda opção mais popular (18%), seguido pelo seguro-fiança (14%). A cessão fiduciária (2%) e o título de capitalização (5%) também figuram entre as escolhas. O levantamento, realizado entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, abrangeu 1.200 entrevistados em Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, 15% dos entrevistados optam por “nenhum tipo de garantia”, indicando oportunidades para alternativas mais flexíveis e seguras no mercado.
Neste cenário, uma das novas opções é o Loft/Garantia Investe, lançado pela Loft em parceria com instituições financeiras e governamentais. O modelo tem como base os investimentos no Tesouro Direto, oferecendo maior rentabilidade e segurança em comparação à caução tradicional e ao título de capitalização.
O produto permite que o inquilino faça um investimento em títulos públicos, sem necessidade de análise de crédito. O valor fica bloqueado na B3 durante o contrato, podendo ser utilizado em casos de inadimplência ou danos ao imóvel.
Fonte: Portal VGV